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domingo, 17 de julho de 2011

Os livros que eu li

Como anunciado, acabei ler, já há uns dias, o Dom Casmurro, do Machado de Assis.

O livro foi publicado em 1900 e é um dos romance mais conhecidos de Machado de Assis. Narra em primeira pessoa a história de Bentinho que, por circunstâncias várias, se vai fechando em si mesmo e passa a ser conhecido como Dom Casmurro. A história é a seguinte: Órfão de pai, criado com desvelo pela mãe (D. Glória), protegido do mundo pelo círculo doméstico e familiar (tia Justina, tio Cosme, José Dias), Bentinho é destinado à vida sacerdotal, em cumprimento de uma antiga promessa de sua mãe.

A vida do seminário, no entanto, não o atrai. Como tal, inicia o namoro com Capitu, filha dos vizinhos. Apesar de comprometida pela promessa, também D. Glória sofre com a ideia de separar-se do filho único. Por expediente de José Dias, Bentinho abandona o seminário e, em seu lugar, ordena-se um escravo.

Correm os anos e com eles o amor de Bentinho e Capitu. Entre o namoro e o casamento, Bentinho forma-se em Direito e estreita a sua amizade com um ex-colega de seminário, Escobar, que casa com Sancha, amiga de Capitu.

Do casamento de Bentinho e Capitu nasceu Ezequiel. Escobar morre e, durante seu enterro, Bentinho julga estranha a forma pela qual Capitu contempla o cadáver. A partir daí, os ciúmes vão aumentando e precipita-se a crise. À medida que cresce, Ezequiel torna-se cada vez mais parecido com Escobar. Bentinho, muito ciumento, chega a planear o assassinato da esposa e do filho, seguido de suicídio, mas não tem coragem. A tragédia dilui-se na separação do casal.

Capitu viaja com o filho para a Europa, onde morre anos depois. Ezequiel, já adolescente, volta ao Brasil para visitar o pai, que apenas constata a semelhança entre ele e o antigo colega de seminário. Ezequiel volta a viajar e morre no estrangeiro. Bentinho, cada vez mais fechado nas suas dúvidas, passa a ser chamado de casmurro pelos amigos e vizinhos e põe-se a escrever a sua vida (o romance).

Até meio do romance, sucedem-se os estratagemas de Bentinho para não seguir a vida eclesiástica. Eu estava curioso para ver a fórmula final que o autor ia encontrar para fechar este enredo. Por instantes, pensei no António da “Manhã Submersa”, do Vergílio Ferreira. Não, o Machado de Assis não foi por aí. Com pena minha…

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