domingo, 26 de fevereiro de 2017

A luta entre o Carnaval e a Quaresma


Pieter Bruegel o Velho | A Luta entre o Carnaval e a Quaresma (1559)
Museu de História da Arte em Viena
Imagem do Google

A obra "A luta entre o Carnaval e a Quaresma" representa um festival realizado no sul da Holanda. No lado esquerdo da pintura vê-se uma pousada, e no lado direito uma igreja. Esta justaposição é destinada a ilustrar os dois lados da natureza humana: o prazer e a castidade religiosa, assim como, o contraste entre os dois. Perto da igreja vêm-se crianças sentadas e bem comportadas. Perto da pousada estão bêbados barulhentos. O homem gordo no meio da pintura, com uma torta na cabeça, é a representação do "carnaval". A pintura representa um tema comum na Europa do século XVI, a batalha entre o Carnaval e a Quaresma, e com o seu humor e sagacidade, é uma crítica satírica sobre os conflitos da Reforma. 
(Fonte: Wikipédia)

sábado, 25 de fevereiro de 2017

Lembrando, neste dia, Cesário Verde que nasceu na cidade de Lisboa no dia 25 de Fevereiro de 1855, num poema em que o poeta nos brinda com uma mulher mulher fatal, frívola, calculista...

Cinismos

Eu hei de lhe falar lugubremente 
Do meu amor enorme e massacrado, 
Falar-lhe com a luz e a fé dum crente. 

Hei de expor-lhe o meu peito descarnado, 
Chamar-lhe minha cruz e meu Calvário, 
E ser menos que um Judas empalhado. 

Hei de abrir-lhe o meu íntimo sacrário 
E desvendar a vida, o mundo, o gozo, 
Como um velho filósofo lendário. 

Hei de mostrar, tão triste e tenebroso, 
Os pegos abismais da minha vida, 
E hei de olhá-la dum modo tão nervoso, 

Que ela há de, enfim, sentir-se constrangida, 
Cheia de dor, tremente, alucinada, 
E há de chorar, chorar enternecida! 

E eu hei de, então, soltar uma risada. 

Cesário Verde l O Livro de Cesário Verde

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Devaneios Cruzadísticos l David Mourão-Ferreira

"Barco Negro" é o nome dum poema do poeta português David Mourão-Ferreira, pedido com a resolução do passatempo do mês de Fevereiro de 2017.

Este foi um dos poemas, entre outros, que o poeta escreveu para a voz de Amália Rodrigues e que ela cantou magnificamente. Tal como o poema "Abandono", conhecido pelo "Fado Peniche", que eu gosto particularmente.

Todavia, não se pense que DMF só escreveu letras para fados, facto que (contou o poeta com muita graça) levou o Reitor da Faculdade de Letras, onde ele era professor, a dar-lhe o seguinte conselho: "ó homem, deixe-se de fadistices e dedique-se às aulas e aos alunos!".

DMF  é um dos destacados poetas do século XX, o poeta do lirismo, uma poesia que já se apelidou de "revalorização do lirismo", em alternativa à poesia social. Merece, sem dúvida, não ser esquecido.


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Respostas de: Aleme; António Amaro; Antoques; Arjacasa; Bábita; Baby; Caba; Corsário; Dupla Algravia (Anjerod e Mister Miguel); El-Nunes; Filomena Alves; Fumega; Gilda Marques; Homotaganus; Horácio; Jani; João Alberto Bentes; João Carlos Rodrigues; Joaquim Pombo; José Bento; José Bernardo; Lurdes Polido; Mafirevi; Magno; Manuel Amaro, Manuel Carrancha; Manuel Ramos; Olidino; Osair Kiesling; Ricardo Campos; Rui Gazela; Russo; Salete Saraiva e Virgílio Atalaya.

Até breve!

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Devaneios cruzadísticos l David Mourão-Ferreira

Se fosse vivo, David Mourão-Ferreira faria 90 anos no próximo dia 24. Nasceu no dia 24 de Fevereiro de 1927 em Lisboa, onde veio a falecer a 16 de Junho de 1966.

Foi um escritor e poeta português, sendo considerado, com todo o mérito, um dos grandes poetas do Século XX. Publicou os primeiros textos poéticos na revista "Seara Nova" em 1945.

Na sua obra, são famosos alguns dos poemas que compôs para a voz de Amália Rodrigues, com destaque para o poema “Abandono” que nos fala de um preso político na cadeia de Peniche.

Foi autor de alguns programas de televisão de que se destaca “Imagens da Poesia Europeia” para a RTP. Foi um dos grandes comunicadores da nossa televisão.

David Mourão-Ferreira tem uma vasta obra literária, que foi, por várias vezes, reconhecida com prémios literários.

Sendo inteiramente justa esta pequena homenagem, convido os meus amigos a solucionar este passatempo de palavras-cruzadas e, no final, encontrar o título (2 palavras na horizontal) de um poema deste distinto poeta português, que foi  David Mourão-Ferreira (1927 – 1996).


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HORIZONTAIS: 1 – Teimas. 2 – Qualquer embarcação; Protelam. 3 – Vestígio; Dinheiro [coloquial]; Entre nós. 4 – Rim [regionalismo]; Remoinho de água [regionalismo]; Igual. 5 – Pessoa muito simpática [coloquial]; Fenda. 6 – Variedade de carbonato de cálcio; Opinião política [figurado]. 7 – Interjeição que exprime impaciência; Comilão [popular]. 8 – Natural; Fundador [figurado]; Elemento de formação de palavras que exprime a ideia de sede. 9 – Amerício [símbolo químico]; Sombrio; Único. 10 – Escalas; Matas. 11 – Estagnar.

VERTICAIS: 1 – Enganas [coloquial]. 2 – Antiga moeda espanhola de prata; Sussurro. 3 – Érbio [símbolo químico]; Frui; Berílio [símbolo químico]. 4 – Sufixo nominal que entra na formação de muitos substantivos, especialmente os que designam artes; Graceje; E não. 5 – Habito; Pondera. 6 – Levante; Página [abreviatura]. 7 – Caruma; Raivas. 8- Segui; Pertencer; Saúde. 9 – Interjeição que exprime dor; Endoideces [coloquial]; Seguia. 10 – Arrancar; Mágoa. 11 – Zangados [regionalismo].



Clique  Aqui  para imprimir.

Aceito respostas até dia 20 de Fevereiro, por mensagem particular no Facebook ou para o meu endereço electrónico, boavida.joaquim@gmail.com. Em data posterior, apresentarei a solução, assim como os nomes dos participantes.

Vemo-nos em breve?