quarta-feira, 31 de julho de 2019

Concerto de Paris 2019

O Concerto de Paris 2019 realizou-se no passado dia 14 de Julho, para assinalar a Tomada da Bastilha (14/7/1789). Num cenário fabuloso, teve lugar, como é tradição, no Champ de Mars, aos pés da Torre Eiffel, com o Rio Sena por perto. Espectáculo aberto ao público, grátis, calcula-se que tenham assistido 500 mil pessoas. Esta foi já a 7ª Edição.

L´ORCHESTRE NATIONAL DE FRANCE e CHOEUR DE RADIO FRANCE e, ainda, alguns dos melhores cantores e solistas da actualidade. 

É o maior concerto de música clássica ao ar livre do mundo. Este ano teve, como tema, a tolerância, a valorização das diferenças. Foi um mote para a Paz, cada vez mais urgente. 

Direcção de orquestra: ALAIN ALTINOGLU, nascido em Paris, de ascendência arménia. 

A RTP2 transmitiu este concerto no passado dia 27, com locução de Margarida Mercês de Mello.


Clique Aqui para ver....e desfrutar!


Como é tradição, o espectáculo começou com «MARCHA HUNGARA - LA DAMNATION DE FAUST» -  Hector Berlioz. Seguiram-se:


PRÉLUDE ET «HABANERA»
CARMEN - Georges Bizet
ORCHESTRE NATIONAL DE FRANCE e GAELLE ARQUEZ



«JE VEUX VIVRE»
ROMÉO ET JULIETTE - Charles Gounod
L´ORCHESTRE NATIONAL DE FRANCE e ALEKSANDRA KURZAC



«LE VEAU D´OR»
FUST – Charles Gounod
L´ORCHESTRE NATIONAL DE FRANCE e RENÉ PAPE



«VA PENSIERO»
NABUCCO – Giuseppe Verdi
L´ORCHESTRE NATIONAL DE FRANCE ET CHOEUR DE RADIO FRANCE



«LA MAMMA»
ORCHESTRATION DIDIER BENNETI
Charles Aznavour / Robert Call
ROBERTO ALAGNA e XUEFEI YANG (na guitarra clássica)



«DANSE DU SABRE»
GAYANEH – Aram Khatchaturian
L´ORCHESTRE NATIONAL DE FRANCE



«VEDRO COM DILETTO»
IL GIUSTINO – Antonio Vivaldi
L´ORCHESTRE NATIONAL DE FRANCE E JAKUB JÓZEF ORLINSKI



«ADAGIO»
CONCERTO D´ARANJUEZ – Joaquin Rodrigo
L´ORCHESTRE NATIONAL DE FRANCE e XUEFEI YANG (na guitarra clássica)



«OUVERTURE & VIVO»
LA GAITÉ PARISIENNE – Jacques Offenbach
L´ORCHESTRE NATIONAL DE FRANCE



«LE MULETIER ET LA JEUNE PERSONNE»
LA PÉRICHOLE - Jacques Offenbach
L´ORCHESTRE NATIONAL DE FRANCE, GAELLE ARQUEZ e ROBERTO ALAGNA



«ADAGIO»
CONCERTO º 23 POUR PIANO ET ORCHESTRA
Wolfgang Amadeus Mozart
L´ORCHESTRE NATIONAL DE FRANCE, KHATIA BUNIATISHVILI



«RACHEL, QUAND DU SEIGNEUR»
LA JUIVE – Fromental Halévy
L´ORCHESTRE NATIONAL DE FRANCE, ROBERTO ALAGNA



«ODE À LA LUNE»
RUSALKA – Antonin Dvorak
L´ORCHESTRE NATIONAL DE FRANCE, Gautier Capuçon (violoncelista)



«TONIGHT»
WEST SIDE STORY – Leonard Bernstein
L´ORCHESTRE NATIONAL DE FRANCE, CHEN REISS E CHRISTIAN ELSNER



«DANSE HONGROISE Nº 5»
Johannes Brahms
L´ORCHESTRE NATIONAL DE FRANCE



«L´HEURE EXQUISE»
LA VEUVE JOYEUSE – Franz Lehár
L´ORCHESTRE NATIONAL DE FRANCE, ROBERTO ALAGNA e ALEKSANDRA KURZAK



«ODE À LA JOIE»
SYMPHONIE nº 9 - Ludwig Beethoven
L´ORCHESTRE NATIONAL DE FRANCE ET CHOEUR DE RADIO FRANCE
GAELLE ARQUEZ, CHEN REISS, CHRISTIAN ELSNER, RENÉ PAPE

Manda a tradição que se encerre com a “Marselhesa”, de Berlioz, com todo o elenco em palco. Uma canção patriótica, que é da Revolução Francesa, adoptada pela França como hino nacional. 



«MARSEILLAISE»
COUPLET N. 1 & 2
Hector Berlioz / Rouget L´Isle
L´ORCHESTRE NATIONAL DE FRANCE ET CHOEUR DE RADIO FRANCE

Até ao próximo! 

domingo, 28 de julho de 2019

Homenageando ainda, durante este mês de Julho, o poeta Daniel Faria


sexta-feira, 26 de julho de 2019

Devaneios cruzadísticos │Daniel Faria

"Dos Líquidos" é o título da obra do poeta Daniel Faria, pedido com a resolução do passatempo referente ao mês de Julho de 2019.


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Recebi respostas de: Aleme; António Amaro; Antoques; Arjacasa; Bábita Marçal; Baby; Caba; Candy; Corsário; El-Danny; El-Nunes; Fernando Semana; Fumega; Gilda Marques; Homotaganus; Horácio; Jani; João Carlos Rodrigues; Joaquim Pombo; José Bento; José Bernardo; Juse; Mafirevi; Magno; Manuel Amaro; Manuel Carrancha; Maria de Lourdes; My Lord; Neveiva; Olidino; O. K.; Paulo Freixinho; Reduto Pindorama (Agagê, Joquimas e Samuca); Ricardo Campos; Rui Gazela; Russo; Salete Saraiva; Seven; Socrispim; Somar; Virgílio Atalaya e Zabeli.

Premiado: Joaquim Pombo, São Domingos de Rana
Prémio Porto Editora

Até ao próximo!

quarta-feira, 17 de julho de 2019

O poeta que quis ser monge

O AlegriaBreve continua, neste mês de Julho, com a poesia de Daniel Faria, o poeta que quis ser monge.


sábado, 13 de julho de 2019

O poeta que quis ser monge

O AlegriaBreve está ainda, todo este mês, com Daniel Faria, assinalando os 20 anos da morte do poeta que quis ser monge.

Tenho Saudades do Calor ó Mãe

Tenho saudades do calor ó mãe que me penteias
Ó mãe que me cortas o cabelo — o meu cabelo
Adorna-te muito mais do que os anéis

Dá-me um pouco do teu corpo como herança
Uma porção do teu corpo glorioso — não o que já tenho —
O que em ti já contempla o que os santos vêem nos céus
Dá-me o pão do céu porque morro
Faminto, morro à míngua do alto

Tenho saudades dos caminhos quando me deixas
Em casa. Padeço tanto
Penso tanto
Canto tão alto quando calculo os corpos celestes

Ó infinita ó infinita mãe


Daniel Faria, in "Dos Líquidos"

sexta-feira, 12 de julho de 2019

Postal de aniversário para a minha mãezinha

Mãezinha, eu sei que está no céu, cheia de doçura, de contas no regaço, olhando por nós; 

Mãezinha, lembro todas as cartas que me escreveu ao longo da vida, sempre com bons conselhos, que eu, pecador me confesso, nem sempre segui; 

Mãezinha, falávamos pouco, mas sabíamos exactamente o que um queria dizer ao outro; 

Mãezinha, não me esqueci de nada do que me ensinou, guardo bem a sua voz no meu coração; 

Mãezinha, hoje eu queria dizer-lhe tanta coisa e não sou capaz; 

Mãezinha, quando eu morrer, prepare, como ninguém mais sabe, o prato de arroz-doce com canela; 

Um beijinho pelos 95 anos!


terça-feira, 9 de julho de 2019

O poeta que quis ser monge

No mês em que o AlegriaBreve assinala os 20 anos da morte de Daniel Faria, o poeta que quis ser monge.

Amo o caminho que estendes por dentro das minhas divisões.
Ignoro se um pássaro morto continua o seu voo
Se se recorda dos movimentos migratórios
E das estações.
Mas não me importo de adoecer no teu colo
De dormir ao relento entre as tuas mãos.

Daniel Faria, em “Dos Líquidos”

segunda-feira, 8 de julho de 2019

Diálogos poéticos

O AlegriaBreve está evocando, este mês, a memória de Daniel Faria, o poeta que quis ser monge. E, por vezes, os participantes nos "devaneios cruzadísticos" surpreendem. É o caso do meu amigo António Amaro que se sentiu inspirado com um poema de Daniel Faria, o poema cujo primeiro verso é "Conserto a palavra com todos os sentidos em silêncio". Então, o meu amigo respondeu assim:

Conserto a palavra com Daniel
Em concerto de som com o Faria
Vem assim numa espécie de tropel
Este verbo que eu desconhecia.
Nesta corrida louca de corcel,
Atropelo de espanto e de magia,
Fico a cismar nos versos aqui lidos
Numa ânsia de ler mais assim contidos.

António Amaro