quinta-feira, 26 de setembro de 2024

Devaneios cruzadísticos │ Aquilino Ribeiro

"Terras do Demo" é o título de uma obra do escritor português Aquilino Ribeiro (1885-1963), pedido com a resolução do passatempo de Palavras Cruzadas, referente ao mês de Setembro de 2024. 

"A serra é agreste, primitiva, mas tem carácter, sem dúvida. Comprazes-te em pintar-lhe as virtudes e encantos sem sombras, e não serei eu que te acoime de parcial. As tintas escuras são para o novelista e tens razão. Decerto que eu, ao chamar-lhe Terras do Demo, não quis designá-las por terras do pecado, porque o pecado seja ali mais grado ou revista aspecto especial que não tenha algures. Nada disso. A serra é portuguesa no bem e no mal. Chamei-lhe assim porque a vida ali é dura, pobrinha, castigada pelo meio natural, sobrecarregada pelo fisco mercê de antigos e inconsiderados erros e abusos, porque em poucas terras como esta é sensível o fadário da existência."
Aquilino Ribeiro

Recebi respostas de: Alabi; Aleme; António Amaro; Antoques; Arjacasa; Bábita Marçal; Caba; Candy; Donanfer II, El-Danny; Elvira Silva; Fumega; Gilda Marques; Homotaganus; Horácio; Jani; João Carlos Rodrigues; Joaquim Pombo; José Bento; José Bernardo; Juse; Mafirevi; Magno; Manuel Amaro; Maria de Lourdes; My Lord; Neveiva; Odemi; Olidino; Paulo Freixinho; PAR DE PARES; Reduto Pindorama (Agagê, Joquimas e Samuca); Ricardo Campos; Rui Gazela; Russo; Sepol; Seven; Socrispim; Somar; TRIO SUL-MINAS (Crispim, Loanco e O. K.), Virgílio Atalaya e Zabeli.

Obrigado a todos. Até breve!

domingo, 1 de setembro de 2024

Devaneios cruzadísticos │ Aquilino Ribeiro

Aquilino Ribeiro, escritor português, nasceu em Sernancelhe, na Beira Alta, a 13 de Setembro de 1885, e faleceu em Lisboa, a 27 de Maio de 1963. Passados 44 anos da sua morte, em Setembro de 2007, os seus restos mortais foram trasladados para o Panteão Nacional.

Estudou em Lamego e em Viseu, e em 1901 foi para Lisboa. Ex-seminarista, dedicou-se ao jornalismo, tendo colaborado, entre outras publicações, com "Jornal do Comércio", "O Século", "Diário de Lisboa" e "República", e pertencido ao grupo que, em 1921, fundou "Seara Nova". Ligou-se ao movimento republicano e interveio activamente na revolução, chegando mesmo a ser preso. Fugiu para Paris, frequentou a Sorbonne e escreveu o seu primeiro livro, intitulado "Jardim das Tormentas" (1913).

Regressado a Portugal depois da eclosão da Grande Guerra em 1914, exerceu a carreira de professor e foi conservador na Biblioteca Nacional até 1927. Obrigado de novo, por razões políticas, a sair do País, só regressou definitivamente em 1933.

Foi, em 1956, eleito o primeiro presidente da Associação Portuguesa de Escritores (APE), como prova do reconhecimento de que a sua obra gozava, mas também do consenso reunido à volta de uma figura tornada carismática pela sua postura cívica. No momento em que se preparava para ser alvo de uma homenagem pública nacional, promovida por várias cidades e sugerida pelo cinquentenário da publicação de "O Jardim das Tormentas", morreu subitamente, em 1963.

A vastíssima obra de Aquilino Ribeiro abrange domínios variados que vão do romance, da novela e do conto às memórias, aos estudos etnográfico e histórico, à biografia, à polémica ou à literatura infantil.

Desses traços, o mais evidente seria, ao nível do estilo, a tendência para a integração de um manancial vocabular regional na sua própria escrita, fez com que, em 1988, o Centro de Estudos Aquilinianos editasse um Glossário Aquiliniano. Até o AlegriaBreve iniciou, há anos, um Dicionário Aquiliniano, com muito proveito.

De entre os numerosos títulos que Aquilino publicou, merecem especial destaque "Terras do Demo" (1919), "O Malhadinhas" (primeira versão em 1922), "Andam Faunos pelos Bosques" (1926), "O Romance da Raposa" (1929), "Cinco Réis de Gente" (1948), "A Casa Grande de Romarigães" (1957) e "Quando os Lobos Uivam" (1959).

Este mês, convido os meus amigos a solucionar este passatempo de Palavras-Cruzadas e encontrar, no final, o título (3 palavras nas Horizontais) de uma obra do escritor português Aquilino Ribeiro (1885-1963).


HORIZONTAIS: 1 – Mundos [figurado]; Toque. 2 – Difira; Germinar. 3 – Feixe; Mais [antiquado]; Pisa. 4 – Símbolo de ástato; Causas; Grande quantidade [figurado]. 5 – Queixas; Trabalhadores [popular]; Molesta. 6 – Pesar; Convinham. 7 – Contracção de De+o; Importância; Passa. 8 – Casa; Cegarrega [regionalismo]; Entre nós. 9 – Falso; Sucedia; Bater. 10 – Arrepiar; Demónio. 11 – Emprego [Angola]; Seguras. 

VERTICAIS: 1 – Lagoa [Angola]; Curtas. 2 – Publica; Carrega. 3 – Abundância; Sufixo nominal de origem latina que tem sentido diminutivo, por vezes pejorativo; De bronze. 4 – Responsável; Alas [Arquitectura]; Vontade [Açores]. 5 – Arraial; Adivinhar. 6 – Devasso; Lumbago. 7 – Consigo; Nesse tempo. 8 – Útil; Tira [colquial]; Contracção de De+a. 9 – Desaparecem [Angola]; Multidão; Entregar. 10 – Atam; Abate. 11 –Balelas; Círculos.

Clique Aqui para abrir e imprimir o PDF com o passatempo.

Produções AlegriaBreve http://alegriabreve47.blogspot.pt/ 

O problema não segue, ainda, o novo Acordo Ortográfico


Aceito respostas até dia 25 de Setembro, inclusive, por mensagem particular no Facebook ou para o meu endereço electrónico, boavida.joaquim@gmail.com. Em data posterior, apresentarei a solução, assim como os nomes dos participantes. 

Vemo-nos por aqui?