Segundo notícias vindas a público, o espólio de Sophia de Mello Breyner será doado a 26 de Janeiro de 2011 pela família da escritora à Biblioteca Nacional. No mesmo dia, se inaugurará uma exposição sobre a sua vida e obra.
Nesse espólio, existem cadernos que contêm poemas escritos a lápis ou tinta permanente, datados da adolescência de Sophia, do período entre 1932 e 1941.
Revelam os esboços dos primeiros poemas de Sophia. Numa folha solta, dobrada de um desses cadernos, está mesmo o primeiro poema escrito, intitulado “Primeira noite de verão”.
«Comecei a escrever numa noite de Primavera, uma incrível noite de vento leste e Junho. Nela o fervor do universo transbordava e eu não podia reter, cercar, conter-nem podia desfazer-me em noite, fundir-me na noite.
No gume da perfeição, no imenso halo de luz azul e transparente, no rouco da treva, na quasi palavra de murmúrio da brisa entre as folhas, no íman da lua, no insondável perfume das rosas, havia algo de pungente, algo de alarme.Como sempre a noite de vento leste misturava extasi e pânico».
(Primeira noite de Verão, 9/5/1934).
Nesse espólio, existem cadernos que contêm poemas escritos a lápis ou tinta permanente, datados da adolescência de Sophia, do período entre 1932 e 1941.
Revelam os esboços dos primeiros poemas de Sophia. Numa folha solta, dobrada de um desses cadernos, está mesmo o primeiro poema escrito, intitulado “Primeira noite de verão”.
«Comecei a escrever numa noite de Primavera, uma incrível noite de vento leste e Junho. Nela o fervor do universo transbordava e eu não podia reter, cercar, conter-nem podia desfazer-me em noite, fundir-me na noite.
No gume da perfeição, no imenso halo de luz azul e transparente, no rouco da treva, na quasi palavra de murmúrio da brisa entre as folhas, no íman da lua, no insondável perfume das rosas, havia algo de pungente, algo de alarme.Como sempre a noite de vento leste misturava extasi e pânico».
(Primeira noite de Verão, 9/5/1934).
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