Passam, hoje, 59 anos sobre a morte de Sebastião da Gama, o poeta da Arrábida. Faleceu no Hospital de S. Luís, em Lisboa, no dia 7 de Fevereiro de 1952, pelas 8h30 da manhã.
A tuberculose, de que padecia desde a sua junventude, vencera-o, pondo fim a um percurso de 27 anos, cheio de escrita e de leitura.
Bem, por mim, gostaria só de corrigir a hora oficial da sua morte. O poeta morreu, não às 8h30, mas sim pelas 9h15. É ele que o diz no:
A tuberculose, de que padecia desde a sua junventude, vencera-o, pondo fim a um percurso de 27 anos, cheio de escrita e de leitura.
Bem, por mim, gostaria só de corrigir a hora oficial da sua morte. O poeta morreu, não às 8h30, mas sim pelas 9h15. É ele que o diz no:
Poema da minha esperança
Que bom ter o relógio adiantado!...
A gente assim, por saber
que tem sempre tempo a mais,
não se rala nem se apressa.
O meu sorriso de troça,
Amigos!,
quando vejo o meu relógio
com três quartos de hora a mais!...
Tic-tac... Tic-tac...
(Lá pensa ele
que é já o fim dos meus dias.)
Tic-tac...
(Como eu rio, cá p'ra dentro,
de esta coisa divertida:
ele a julgar que é já o resto
e eu a saber que tenho sempre mais
três quartos de hora de vida.)
Sebastião da Gama, in Serra-Mãe
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