“O fim duma viagem é apenas o começo doutra. É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu já, ver na Primavera o que se vira no Verão, ver de dia o que se viu de noite, com sol onde primeiramente a chuva caía, ver a seara verde, o fruto maduro, a pedra que mudou de lugar, a sombra que aqui não estava. É preciso voltar aos passos que foram dados, para os repetir, e traçar caminhos novos ao lado deles. É preciso recomeçar a viagem. Sempre."
A minha relação de amor-ódio com o José Saramago não pára nunca. Nestas férias, li a Viagem a Portugal, livro agora reeditado pela Caminho. Não é um guia turístico, como ele diz, mas (tenho a certeza) vai ajudar nas minhas (raras) investidas pelo país. O livro é um deleite. Uma agradável surpresa.
Viagem a Portugal é uma colecção de crónicas escritas, em 1981, ao longo da sua viagem por todas regiões de Portugal Continental. Entra nas igrejas e museus, passeia por ruínas e castelos, fala sobre estilos arquitectónicos, conhece azulejistas, pintores, escultores. Ele escreve dando as suas opiniões. Conta incidentes, faz amizades pelo caminho. Esta edição não traz fotos, o que é uma pena, mas sei que existe uma edição com fotografias tiradas por Maurício Abreu, que então acompanhou o Saramago. Tenho agora a certeza que há muito pouca gente em Portugal que tenha entrado em tantas igrejas. Chega a impressionar os quilómetros que ele anda para conhecer uma pequena capela por algum motivo em especial e o número de portas a que tinha de bater para ter a chave da igreja. Para um ateu, como o Saramago, é obra…
Viagem a Portugal é uma colecção de crónicas escritas, em 1981, ao longo da sua viagem por todas regiões de Portugal Continental. Entra nas igrejas e museus, passeia por ruínas e castelos, fala sobre estilos arquitectónicos, conhece azulejistas, pintores, escultores. Ele escreve dando as suas opiniões. Conta incidentes, faz amizades pelo caminho. Esta edição não traz fotos, o que é uma pena, mas sei que existe uma edição com fotografias tiradas por Maurício Abreu, que então acompanhou o Saramago. Tenho agora a certeza que há muito pouca gente em Portugal que tenha entrado em tantas igrejas. Chega a impressionar os quilómetros que ele anda para conhecer uma pequena capela por algum motivo em especial e o número de portas a que tinha de bater para ter a chave da igreja. Para um ateu, como o Saramago, é obra…
Sem comentários:
Enviar um comentário