Há dois dias, liguei a televisão quando estava a transmitir, num dos canais, em directo da Assembleia da República, a discussão do Orçamento para 2012.
De repente, a minha alma exaltou. «Malabarice é filho de malabarismo com aldrabice», disse o bloquista Louçã, que então discursava.
Malabarice, que palavra curiosa!
Percebi, depois, que respondia ao nosso Primeiro-Ministro que antes havia dito “O Orçamento para 2012 não tem malabarices com as cativações como aconteceu no passado".
Eu não sei onde é que o nosso Primeiro-Ministro foi buscar este vocábulo. Será que o nosso Primeiro-Ministro anda a ler Mia Couto? Não vejo outra fonte de inspiração possível. Se foi, está de parabéns.
Mia Couto tem já no panorama da literatura portuguesa um estatuto incontestado que se deve não só à forma como descreve e trata os problemas, mas principalmente à inventiva poética da sua escrita, numa permanente descoberta de novas palavras.
Mia Couto é um mágico da língua, criando, apropriando, recriando, renovando a língua portuguesa.
Mas agora, pelos vistos, Mia Couto tem, quando menos se esperava, um concorrente de peso na recriação da língua portuguesa.
De repente, a minha alma exaltou. «Malabarice é filho de malabarismo com aldrabice», disse o bloquista Louçã, que então discursava.
Malabarice, que palavra curiosa!
Percebi, depois, que respondia ao nosso Primeiro-Ministro que antes havia dito “O Orçamento para 2012 não tem malabarices com as cativações como aconteceu no passado".
Eu não sei onde é que o nosso Primeiro-Ministro foi buscar este vocábulo. Será que o nosso Primeiro-Ministro anda a ler Mia Couto? Não vejo outra fonte de inspiração possível. Se foi, está de parabéns.
Mia Couto tem já no panorama da literatura portuguesa um estatuto incontestado que se deve não só à forma como descreve e trata os problemas, mas principalmente à inventiva poética da sua escrita, numa permanente descoberta de novas palavras.
Mia Couto é um mágico da língua, criando, apropriando, recriando, renovando a língua portuguesa.
Mas agora, pelos vistos, Mia Couto tem, quando menos se esperava, um concorrente de peso na recriação da língua portuguesa.
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