terça-feira, 22 de novembro de 2011

A modernidade de Fialho de Almeida

                (Retrato pintado por Columbano Bordalo Pinheiro)
                                        
Li no jornal “Público” de hoje que está decorrer em Lisboa, de 21 a 25 do corrente mês, no Palácio da Independência, sede da Sociedade Histórica da Independência de Portugal (SHIP), o Colóquio Internacional Portugal no Tempo de Fialho de Almeida.

Pretende chamar a atenção não apenas para um prosador de elevado mérito mas também para um dos mais esquecidos precursores da nossa modernidade.

Fialho de Almeida nasceu em Vila de Frades em 7 de Maio de 1857 e morreu em Cuba em 4 de Março de 1911. Foi jornalista e escritor pós-romântico português.

Realizou os estudos secundários num colégio de Lisboa, entre 1866 e 1871. Empregou-se numa farmácia e formou-se em Medicina entre 1878 e 1885.

No entanto, não seguiu a carreira profissional, tendo-se dedicado ao jornalismo e à literatura. Em 1893, voltou à sua terra natal, onde desposou uma senhora abastada, que faleceu logo no ano seguinte. Tornou-se lavrador em Cuba, mas continuou a publicar artigos para jornais e a escrever vários contos e crónicas. Entre as suas obras mais notáveis, encontram-se os cadernos periódicos Os Gatos, redigidos entre 1889 e 1894, que seguiram a mesma linha crítica d'As Farpas, de Ramalho Ortigão.

Todavia, a obra de Fialho de Almeida tem sido vista como fragmentária e de qualidade desigual, mas esse carácter, um tanto anárquico, é justamente um dos aspectos que levou a primeira geração modernista, sobretudo Fernando Pessoa, a render-lhe homenagem.

Segundo consta do citado artigo, várias das comunicações deste congresso associam justamente Fialho de Almeida a Fernando Pessoa, em particular ao seu semi-heterónimo Bernardo Soares, seu confesso admirador. Muito interessante…

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