Caro Fernando Paulouro,
Já fui assinante do Jornal do Fundão, hoje não, do que me penitencio. De todo o modo, graças à gentileza de amigos, tenho lido o jornal, nos últimos tempos. Ainda recentemente, li uma referência elogiosa a um livro que fala da aldeia onde eu nasci. Orca Terra, de Rosa Salvado Mesquita.
Posso dizer, ainda, que, nos últimos dias, andei às voltas com uns recortes do Jornal do Fundão, do ano de 1992! Um muito interessante debate, terçado nas páginas desse jornal, a propósito de um artigo (17/1/92) que o padre António Morão escreveu quando saiu livro “O Evangelho segundo Jesus Cristo”, de José Saramago. Esse artigo teve duas respostas (31/1/92) e o padre Morão replicou (7/2/92). Recuperei esse acalorado debate para documento Word. Não se podia perder. Tenho uma grande admiração pelo padre António Morão. Quando passava férias na terra dos meus avós, foi da boca dele que eu, pobre inculto, com 15 anos, ouvi pela primeira vez falar da existência do PCP e do Álvaro Cunhal. Foi ele que me deu a conhecer a Vida e Morte Severina , de João Cabral de Melo Neto e, ainda, a música de Chico Buarque e o nome de escritores como Jorge Amado.
Bem, mas a razão desta minha missiva, hoje, é outra.
Quero falar do livro que foi mais vendido na última Feira do Livro de Lisboa. Venceu ainda, como se sabe, um dos principais prémios literários em Portugal. Quem sou eu para falar deste livro, reconhecidamente um grande livro, tanto mais tratando-se da primeira experiência literária dum jovem escritor.
Dois pequenos excertos do livro:
«…pequena aldeia com nome de mamífero, encalacrada num sopé da Serra da Gardunha, voltada para sul…» - pág. 12.
“O inspector perguntou-lhe: «Confirma que se deslocou à casa onde vive a sua avô, mãe de seu pai, Laura de Jesus Mendes, situada numa aldeia com nome de mamífero, concelho do Fundão». Duarte respondeu: «Sim.»”– pág. 177.
Não oferece dúvidas de que aldeia fala o autor nesta sua narrativa: ORCA.
E a questão que se coloca é (espero não estar a cometer nenhuma injustiça, caso já o tenham feito): quando é que o Jornal do Fundão nos fala deste livro e do seu autor com raízes familiares no concelho do Fundão?
Tenho a certeza que o padre Morão, lá onde está (rodeado de livros por todo o lado) já leu este romance do João Ricardo Pedro e divertiu-se imenso.
Já fui assinante do Jornal do Fundão, hoje não, do que me penitencio. De todo o modo, graças à gentileza de amigos, tenho lido o jornal, nos últimos tempos. Ainda recentemente, li uma referência elogiosa a um livro que fala da aldeia onde eu nasci. Orca Terra, de Rosa Salvado Mesquita.
Posso dizer, ainda, que, nos últimos dias, andei às voltas com uns recortes do Jornal do Fundão, do ano de 1992! Um muito interessante debate, terçado nas páginas desse jornal, a propósito de um artigo (17/1/92) que o padre António Morão escreveu quando saiu livro “O Evangelho segundo Jesus Cristo”, de José Saramago. Esse artigo teve duas respostas (31/1/92) e o padre Morão replicou (7/2/92). Recuperei esse acalorado debate para documento Word. Não se podia perder. Tenho uma grande admiração pelo padre António Morão. Quando passava férias na terra dos meus avós, foi da boca dele que eu, pobre inculto, com 15 anos, ouvi pela primeira vez falar da existência do PCP e do Álvaro Cunhal. Foi ele que me deu a conhecer a Vida e Morte Severina , de João Cabral de Melo Neto e, ainda, a música de Chico Buarque e o nome de escritores como Jorge Amado.
Bem, mas a razão desta minha missiva, hoje, é outra.
Quero falar do livro que foi mais vendido na última Feira do Livro de Lisboa. Venceu ainda, como se sabe, um dos principais prémios literários em Portugal. Quem sou eu para falar deste livro, reconhecidamente um grande livro, tanto mais tratando-se da primeira experiência literária dum jovem escritor.
Dois pequenos excertos do livro:
«…pequena aldeia com nome de mamífero, encalacrada num sopé da Serra da Gardunha, voltada para sul…» - pág. 12.
“O inspector perguntou-lhe: «Confirma que se deslocou à casa onde vive a sua avô, mãe de seu pai, Laura de Jesus Mendes, situada numa aldeia com nome de mamífero, concelho do Fundão». Duarte respondeu: «Sim.»”– pág. 177.
Não oferece dúvidas de que aldeia fala o autor nesta sua narrativa: ORCA.
E a questão que se coloca é (espero não estar a cometer nenhuma injustiça, caso já o tenham feito): quando é que o Jornal do Fundão nos fala deste livro e do seu autor com raízes familiares no concelho do Fundão?
Tenho a certeza que o padre Morão, lá onde está (rodeado de livros por todo o lado) já leu este romance do João Ricardo Pedro e divertiu-se imenso.
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