É tragédia, é pranto, é ternura;
É esse filho morto no regaço
Duma mãe que pretende num abraço
Sonegar o seu filho à sepultura
Paradoxo de ver numa mortalha
O filho antes da mãe, que subverte
A ordem natural que a vida verte
E sem explicação que aqui valha.
O drama pessoal aqui vivido,
Que o génio verteu em pedra calma
E o drama espalhou por toda a parte
É esse deslimite sem sentido,
Esculpido na pedra e na alma,
Que faz da tragédia obra d’arte
António Amaro Rodrigues (18-4-2013)
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