Faz hoje 114 anos que faleceu Eça de Queirós, na sua casa de Neuilly-sur-Seine, perto de Paris.
«[…] Eram três horas do dia 16 de Agosto. Fazia um calor horríveL As duas janelas do quarto, que davam sobre o jardim, estavam abertas. Estendido numa cama de solteiro, colocada a meio do quarto, Eça tinha os olhos quase cerrados. A um lado da cama, chorando, estava Emilia. A prima de Eça disse-lhe que o marido estava a morrer, interrogando-a sobre se não seria melhor mandar chamar um padre. Emília concordou. Pouco depois, chegava o padre Lanfand, que deu a extrema-unção a um Eça inconsciente. As crianças, de um orfanato vizinho, cantavam o Miserere. Eram quatro horas e trinta e cinco minutos da tarde. Eça acabava de morrer […].
Maria Filomena Mónica, in “Eça de Queirós”
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