domingo, 26 de outubro de 2014

Não há livro como o primeiro


No passado sábado, à TVI24 estreou “Palavra de Escritor”, rubrica que tem o mérito de quebrar o generalizado fastio com que as operadores de televisão parecem encarar os livros, a leitura e os escritores.

Na emissão inicial de “Palavra de Escritor” esteve José Luís Peixoto que com Pedro Pinto, responsável pela rubrica, falou do seu mais recente livro, “Galveias”, título que se explica por ser Galveias, localidade do Alto Alentejo, a terra onde José Luís Peixoto nasceu e a que está preso por compreensíveis vínculos.

Já respondi à chamada. Acabei de ler "Galveias". Li de leve, gostei de leve...

José Luís Peixoto quis homenagear as gentes da sua terra. Fez questão de, é o autor que o diz, chamar tudo pelos seus nomes. excepto a tal "Coisa sem Nome". Um mistério.

Estamos perante uma escrita sensível, humana, que nos dá a conhecer bem - e este é talvez o grande mérito - a ruralidade portuguesa.

E, por vezes, os livros são como o amor. Não há livro como o primeiro. José Luís Peixoto é um escritor, desta nova geração, que eu acompanho de perto e um dos que mais aprecio. E nenhum livro dele, dos que li até agora, se compara com o primeiro, "Cemitério de Pianos". Aguardemos, portanto.

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