sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Devaneios cruzadísticos │ Clarice Lispector

O mês de Dezembro ficou indubitavelmente marcado na vida de Clarice Lispector. A escritora nasceu na Ucrânia no dia 10 de Dezembro de 1920 e morreu no Brasil (Rio de Janeiro) no dia 9 de Dezembro de 1977. De origem judaica, Clarice chegou ao Brasil quando tinha 1 ano e dois meses de idade, com a família, para fugir à perseguição aos judeus durante a Guerra Civil Russa de 1918-1921. Mais tarde, naturalizou-se brasileira.

Sempre que questionada acerca da sua nacionalidade, Clarice afirmava não ter nenhuma ligação com a Ucrânia "Naquela terra eu literalmente nunca pisei: fui carregada de colo" A sua verdadeira pátria foi o Brasil. 

Em 1943, casou-se com um diplomata de carreira, o que lhe permitiu permanecer, por algum tempo, em países da Europa. Como esposa do diplomata, Clarice esteve em Itália, onde serviu durante a Segunda Guerra Mundial, como assistente voluntária junto ao corpo de enfermagem da Força Expedicionária Brasileira. Esteve, ainda, em Inglaterra, Estados Unidos da América e Suíça. 

Teve dois filhos, um deles, o Pedro, teve, na sua adolescência, problemas de atenção e agitação, diagnosticados como esquizofrenia. Clarice sentia-se de certa forma culpada pela doença do filho e teve muitas dificuldades em lidar com esta situação. 

Em 1959, separou-se do marido, que ficou na Europa, tendo ela voltado para o Rio de Janeiro com os seus filhos, onde ficou a morar para sempre. 

Faleceu no dia 9 de Dezembro de 1977, um dia antes de seu 57° aniversário. Ainda na manhã de seu falecimento, mesmo sob sedativos, Clarice ditava frases para a sua amiga Olga Borelli. 

Amava a língua portuguesa. Escreveu ela em A Descoberta do Mundo (Livro de crónicas)

«Esta é uma confissão de amor: amo a língua portuguesa. Ela não é fácil. Não é maleável. E, como não foi profundamente trabalhada pelo pensamento, a sua tendência é a de não ter subtilezas e de reagir às vezes com um verdadeiro pontapé contra os que temerariamente ousam transformá-la numa linguagem de sentimento e de alerteza. E de amor. A língua portuguesa é um verdadeiro desafio para quem escreve. Sobretudo para quem escreve tirando das coisas e das pessoas a primeira capa de superficialismo.[…]» 

Este mês de Dezembro, convido os meus amigos a solucionar este passatempo de palavras-cruzadas e, no final, encontrar o título (4 palavras nas horizontais) dum romance desta escritora brasileira, Clarice Lispector (1920 – 1977).


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HORIZONTAIS: 1 – Motivo; Despovoar. 2 – Indisposição [popular]. 3 – Ides; Qualquer líquido alcoólico; Pedra de amolar. 4 – Dádiva; Suplica; Angústia. 5 – Concilio; Ocasião. 6 – Carnificina. 7 – Poesia [figurado]; Abate. 8 – Causa; Joeira; Dia. 9 – Contracção de + a; Costumara; Ermo. 10 – Guia [figurado]. 11 – Abalo; Trabalho de noite.

VERTICAIS: 1 – Abatida [figurado]; Vara para tirar fruta das árvores. 2 – Solfeja. 3 – Uno; Gritara [popular]; Érbio [símb. químico]. 4 – Graça [figurado]; Sufixo nominal, de origem latina, que tem sentido diminutivo; Emprego. 5 – Vagar; Queimado. 6 – Credenciar. 7 – Ressoa; Indícios. 8 – Grande quantidade (de coisas); Interjeição que exprime dúvida; Levante. 9 – Dura; Delongas; Vestígio. 10 – Tratantes. 11 – Intriga [Cabo Verde]; Abrigo.

Clique Aqui para abrir e imprimir o PDF.


Aceito respostas até dia 20 de Dezembro, por mensagem particular no Facebook ou para o meu endereço electrónico, boavida.joaquim@gmail.com. Em data posterior, apresentarei a solução, assim como os nomes dos participantes.

Vemo-nos por aqui?

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