quarta-feira, 21 de março de 2018

Devaneios cruzadísticos │Carlos Drummond de Andrade

O título do poema do poeta brasileiro Carlos Drummond de Andrade, pedido com a resolução do passatempo referente ao mês de Março de 2018, é 

Para sempre

Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.

Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.

Carlos Drummond de Andrade, in “Lição de coisas”



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Recebi respostas de: Aleme; António Amaro; Antoques; Arjacasa; Bábita; Baby; Caba; Corsário; Dupla Algarvia (Anjerod e Mister Miguel); El-Nunes; Fernando Semana; Fumega; Gilda Marques; Homotaganus; Horácio; Jani; João Bentes; João Carlos Rodrigues; Joaquim Pombo; José Bento; José Bernardo; Lulopes; Mafirevi; Magno; Magriço; Manuel Amaro, Manuel Carrancha; Manuel Ramos; Maria de Lurdes; My Lord; Neneiva; Olidino; Osair Kiesling; Paulo Freixinho; Ricardo Campos; Rui Gazela; Russo; Salete Saraiva, Seven, Socrispim, Somar e Virgílio Atalaya.

A todos obrigado. Até ao próximo!

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