quarta-feira, 1 de setembro de 2021

Devaneios cruzadísticos │ Maria Judite de Carvalho

O AlegriaBreve evoca, este mês, o centenário de nascimento da escritora portuguesa Maria Judite de Carvalho, autora que permanece ainda desconhecida do grande público, apesar da notória qualidade e profundidade da sua escrita.

Maria Judite de Carvalho nasceu em Lisboa a 18 de Setembro de 1921. Os seus pais viviam na Bélgica, razão pela qual foi criada e educada, desde os três meses de idade, por tias paternas. A sua educação decorreu num ambiente austero e de extrema contenção. Aos quatro anos morreu-lhe uma das tias, aos oito a mãe, que mal conheceu, e pouco depois o meio irmão, pelo lado materno. Com dez anos, foi a vez de uma outra tia e, aos quinze anos, o pai foi dado como desaparecido. Frequentou o Colégio Feminino Francês e concluiu o ensino secundário no Liceu Maria Amália. Matriculou-se em Filologia Germânica.

Em 1944, conheceu Urbano Tavares Rodrigues, com quem casou em 1949. Pouco tempo depois, por razões profissionais do marido, foram para França, onde viveram em Montpellier e em Paris. Em 1950 veio a Lisboa ter a sua única filha, Isabel Fraga, a qual deixou ao cuidado dos avós paternos. 

Quando regressou a Portugal, trabalhou na revista Eva, primeiro enquanto secretária, depois como redactora e chefe de redacção, até 1974, altura em que a revista faliu. Entre 1968 e 1986, altura em que se reformou, foi também redactora do Diário de Lisboa.

A obra de Maria Judite de Carvalho incide predominantemente sobre casos humanos de solidão feminina, os quais reflectem um quotidiano social e um registo sentidamente amargo, muitas vezes temperado pela ironia ou pela mordacidade.

«Flor discreta» da nossa literatura, como lhe chamou Agustina Bessa-Luís, a obra de Maria Judite de Carvalho foi várias vezes galardoada, destacando-se o Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco, o Prémio da Crítica da Associação Portuguesa de Críticos Literários, o Prémio P.E.N. Clube Português de Novelística e o Prémio Vergílio Ferreira.

Nas palavras do marido, o escritor Urbano Tavares Rodrigues, a nossa homenageada "Vivia como espectadora, sempre céptica e desencantada... Uma dor funda sempre a acompanhou, tendo atingido os limites do sofrimento, nos últimos anos da sua vida..." Maria Judite de Carvalho morreu em Lisboa em 1998.

Assim, convido os meus amigos a resolver este problema e, no final, encontrar o título (2 palavras nas horizontais) de uma obra da escritora portuguesa Maria Judite de Carvalho (1921-1998).



HORIZONTAIS: 1 – Toques; Desordem. 2 – Insigne. 3 – Símbolo de ósmio; Gasta; Sopro. 4 – Ofertas; Empunhai; Pão [Moçambique]. 5 – Assentimento; Memórias [figurado]. 6 – Apaixonados [figurado]. 7 – Sem juízo [figurado]; Conjunto de plantas consideradas mágicas no candomblé e noutros cultos afro-brasileiros [Brasil]. 8 – Incapazes; Conta; Sufixo nominal, de origem latina, que tem sentido diminutivo. 9 – Pertences; Maças; Mais [antiquado]. 10 – Atrevimentos [figurado]. 11 – Abate; Doce.

VERTICAIS: 1 – Amigo [Cabo Verde]; Fim [figurado]. 2 – Maricas [popular]. 3 – Adivinha; Setas; Interjeição que exprime aceitação [Brasil]. 4 – Bem-quer; Queixais; Seguro. 5 – Magra; Venda. 6 – Descompostura. 7 – Princesa ou grande senhora muçulmana, no Oriente; Mira. 8 – Amarra; Idade; Preposição que designa ausência. 9 – Interjeição que exprime espanto [Angola]; Respeito; Como. 10 – Acomodada. 11 – Tocas; Grupo.

Clique Aqui para abrir e imprimir o PDF.


Aceito respostas até dia 25 de Setembro, inclusive, por mensagem particular no Facebook ou para o meu endereço electrónico, boavida.joaquim@gmail.com. Em data posterior, apresentarei a solução, assim como os nomes dos participantes. 

Vemo-nos por aqui?

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