A Revista LER Livros & Leitores, de Setembro 2012, traz uma entrevista com o colombiano Jerónimo Pizarro, radicado em Portugal há cerca de 10 anos. Já é hoje considerado um dos mais notáveis investigadores pessoanos. Na dita entrevista, o investigador dá-nos uma perspectiva rigorosa sobre a real dimensão do espólio do poeta dos heterónimos, depois de décadas de trocas de opiniões e argumentos entre os pessoanos. E faz isso sempre a partir dos originais de Fernando Pessoa. O poeta só deixou organizado um livro: Mensagem. E uma arca com 30.000 papéis. A maior parte é prosa.
«Pessoa morreu em 1935, nós estamos em 2012. Não há qualquer coisa de incompreensível nisso», pergunta o entrevistador.
«Pois. Essa é a perplexidade que tive quando vivi a minha epifania. A minha relação com Pessoa começou em 2003 quando encontro um espólio trilingue amplamente inédito. Para mim, há quase uma década que é praticamente incompreensível termos tanto material por tratar e termos consciência, mesmo que seja uma consciência de poucas pessoas, de ainda termos trabalho para 40 ou 50 anos, ou muito mais». Responde o entrevistado.
Leram bem?. Trabalho para 40 ou 50 anos, ou muito mais!!!
«Pessoa morreu em 1935, nós estamos em 2012. Não há qualquer coisa de incompreensível nisso», pergunta o entrevistador.
«Pois. Essa é a perplexidade que tive quando vivi a minha epifania. A minha relação com Pessoa começou em 2003 quando encontro um espólio trilingue amplamente inédito. Para mim, há quase uma década que é praticamente incompreensível termos tanto material por tratar e termos consciência, mesmo que seja uma consciência de poucas pessoas, de ainda termos trabalho para 40 ou 50 anos, ou muito mais». Responde o entrevistado.
Leram bem?. Trabalho para 40 ou 50 anos, ou muito mais!!!
Para mim, o drama é que vou morrer sem, à data, se conhecer toda a obra do autor da Mensagem.
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