Cruzeiro Seixas, um dos protagonistas mais importantes do movimento surrealista em Portugal, deixou-nos no dia 8 de Novembro findo, com quase 100 anos. Celebraria depois de amanhã, quinta-feira, dia 3 de Dezembro de 2020, justamente 100 anos!
A sua morte foi anunciada pela Fundação Cupertino de Miranda, que guarda o espólio visual e literário do artista, em Vila Nova de Famalicão, onde pode ser visitado.
Nasceu na Amadora, no dia 3 de Dezembro de 1920. A sua obra é facilmente identificada, pela sua marca pessoal e intransmissível, pelo carácter distintivo que imprime em todas as suas peças.
Frequentou a Escola António Arroio, em Lisboa, onde fez amizade com Mário Cesariny, Marcelino Vespeira, Júlio Pomar e Fernando Azevedo.
Em meados da década de 1940 aproximou-se do neo-realismo, de que se afastou quando aderiu aos princípios do surrealismo. Juntamente com Mário Cesariny, António Maria Lisboa, Carlos Calvet, Pedro Oom e Mário-Henrique Leiria, entre outros, integrou o Grupo Surrealista de Lisboa, resultante da cisão do recém-formado movimento surrealista português.
Em 1951 fixou-se em Angola, desenvolvendo actividade no Museu de Luanda. Data desse tempo o início da sua produção poética. Realizou as primeiras exposições individuais, que levantaram um acalorado movimento de opinião. Regressou a Portugal em 1964, tendo recebido uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian em 1967.
Figura controversa, dele disse Mário Cesariny, seu amigo muito especial: «O Cruzeiro Seixas é como se tivesse o cérebro dividido, Metade é todo luz, faz coisas muito belas. A outra metade é uma confusão total, não se percebe nada. Quando aquilo se baralha, é de fugir».
Viveu os últimos tempos da sua vida na Casa do Artista, em Lisboa. Ironicamente, a designação de artista aborrecia-o. Julgava-se antes um «Homem que faz desenhos e pinta». Morreu a 8 de Novembro de 2020 no Hospital de Santa Maria, em Lisboa.
O AlegriaBreve preparou-se para o homenagear em vida, na comemoração do centenário do seu nascimento, mas ele achou melhor partir, para assim ficar mais perto do Sol.
Convido os meus amigos a resolver este problema e, no final, encontrar o nome (5 palavras nas horizontais) de um álbum, editado em 2000, com poemas e desenhos do poeta e pintor português Cruzeiro Seixas (1920 – 2020).
HORIZONTAIS: 1 – Una; Come à pressa [popular]. 2 – Demónio [regionalismo]; Palavra que, no dialecto provençal, significava sim. 3 – Desgasta; Indigno; Embora. 4 – Sacrifica; Percebei. 5 – Abreviatura de opus; Bandear-se. 6 – Entre nós; Acontecer; Difícil; Como. 7 – Comoções [figurado]; Afastado. 8 – Estafa; Salvo. 9 – Iça; Somai; Vela. 10 – Piedade; Cala. 11 – Brilho no olhar de alguém enfurecido [figurado]; Ocidente.
VERTICAIS: 1 – Continuar; Abatida. 2 – Interjeição que exprime espanto [Brasil]; Partidas. 3 – Sepultura [Moçambique]; Liga. 4 – Paga; Julga; Alternativa. 5 – Índigo; Símbolo da resistividade eléctrica; Interjeição que exprime enfado [Angola]. 6 – Épocas; Designação de um asceta mendicante na Índia. 7 – Simpatia [figurado]; Uno; Seguro. 8 – Dente queixal [regionalismo]; Fim [figurado]; Até. 9 – Nome da vigésima segunda letra do alfabeto grego; Tiras. 10 – Bendizes; Interjeição que exprime dor. 11 – Ajustes; Zuna.
Clique Aqui para abrir e imprimir o PDF.
Dicionário adoptado: http://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa-aao
Aceito respostas até dia 25 de Dezembro, por mensagem particular no Facebook ou para o meu endereço electrónico, boavida.joaquim@gmail.com. Em data posterior, apresentarei a solução, assim como os nomes dos participantes.
Vemo-nos por aqui?
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