terça-feira, 26 de dezembro de 2023

Devaneios cruzadísticos │ Urbano Tavares Rodrigues

"Bastardos do Sol" é o título (3 palavras) de uma obra do escritor português Urbano Tavares Rodrigues (1923-2013), pedido com a resolução do passatempo de Palavras-Cruzadas, referente ao mês de Dezembro de 2023.


Recebi respostas de: Alabi; Aleme; António Amaro; Antoques; Arjacasa; Bábita Marçal; Caba; Candy; El-Danny; Elvira Silva; Filomena Alves; Fumega; Gilda Marques; Homotaganus; Horácio; Jani; João Carlos Rodrigues; Joaquim Pombo; José Bento; José Bernardo; Juse; Mafirevi; Magno; Manuel Amaro; Manuel Ramos; Maria de Lourdes; My Lord; Neveiva; Olidino; Paulo Freixinho; PAR DE PARES; Reduto Pindorama (Agagê, Joquimas e Samuca); Ricardo Campos; Rui Gazela; Russo; Sepol; Seven; Socrispim; Solitário; Somar; TRIO SUL-MINAS (Crispim, Loanco e O. K.), Virgílio Atalaya e Zabeli.

A todos, obrigado.

Até ao próximo "devaneio"!?

quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

Os 2 amores de Manuel António Pina

Quando eu era criança, o Natal entristecia-me. A desusada agitação dos adultos, a mãe metida na cozinha, o cheiro a fritos (as filhoses, as rabanadas, os sonhos) pela casa, as prendas, que me pareciam apenas uma rotina cabisbaixa (e porquê não poder abri-las antes da meia-noite?), o desolador menu da ceia (bacalhau!, eu que imaginava a felicidade sob a forma de um bife com batatas fritas!), tudo me fazia detestar o Natal. 

Só a construção do presépio me animava; com musgo e com algodão em rama imaginava campos e colinas cobertos de neve; um sinuoso caminho de serradura subia até à gruta, onde o Menino jazia deitado num ninho de pintarroxo (ainda hoje o tenho, a esse ninho); a vaca e o burro eram desproporcionados em relação ao tamanho do Menino, mas os meus pais sempre se recusaram a comprar outros; e o Rei Mago preto tinha-se partido noutro Natal e, no seu lugar, estava agora um jogador do Sporting, com bola e tudo!

Como a infância, o Natal é algo que só podemos ter quando o perdemos. Quando somos crianças, o Natal é próximo de mais, e real de mais, para ser verdadeiro. Só a memória (e a memória construímo-la como construímos um presépio: com pedaços) o torna verdade. E só a memória nos permite saber, enfim, algo essencial: que o Menino da manjedoura éramos nós.

Manuel António Pina,  Ao Natal Chega-se Partindo, JN, 23/12/2005


Este texto dá-nos a saber (por isso o escolhi) que o poeta Manuel António Pina, para além de gostar muito de gatos, era simpatizante do Sporting.

Não concluiria, sem mais, por esta simpatia clubista do poeta que muito amamos - que não tem nada de especial - se não tivesse tido a oportunidade de a confirmar por outra via. Não é um mero palpite, portanto.

A história é contada por Germano Silva, o homem que mais sabe da história da cidade do Porto, com livros publicados, guia turístico, para além de ilustre jornalista. 

Germano Silva um portista convicto, Manuel António Pina, sportingusita desde menino, do tempo em que ele fazia o presépio pelo Natal em casa de seus pais, no Sabugal.

Eram grandes amigos, apesar ao amor clubista que os separava. Um pormenor que não beliscava em nada a amizade que existia entre eles. Bonito!

quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

Sem eira nem beira

Está vendo essas três camadas de telhas? Elas se chamam Eira, Beira e Tribeira, respectivamente, de cima para baixo. Antigamente, quem tinha as três fileiras eram os mais ricos, quem tinha duas era mais ou menos e quem tinha uma era pobre, sem recursos. Daí vem a expressão "Sem eira nem beira" !



sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

Devaneios cruzadísticos │ Urbano Tavares Rodrigues

Para terminar em beleza este ano de 2023, o AlegriaBreve assinala mais um centenário do nascimento de um grande escritor da Língua Portuguesa, o escritor Urbano Tavares Rodrigues. Nasceu na cidade de Lisboa, em 6 de Dezembro de 1923.

Passou a infância e a adolescência na região do Alentejo,tendo frequentado a escola primária em Moura e, anos mais tarde, tirou a licenciatura em filologia românica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

Urbano Tavares Rodrigues não é apenas o grande escritor do Alentejo, das suas gentes e das suas paisagens, é também o romancista e contista de Lisboa e de outras atmosferas cosmopolitas que, como jornalista e professor universitário, bem conheceu, viajando por todo o mundo.

Urbano Tavares Rodrigues, que foi afastado do ensino universitário durante as ditaduras de Salazar e Caetano, participou activamente na resistência e foi preso e encarcerado por várias vezes nos anos sessenta.

Catedrático jubilado da Faculdade de Letras de Lisboa, membro da Academia das Ciências, tem uma obra literária e ensaística muito vasta e traduzida em inúmeros idiomas, do francês e do espanhol ao russo e ao chinês. Obteve diversos prémios, entre eles o de Vida Literária da Associação Portuguesa de Escritores, o prémio Fernando Namora, o Ricardo Malheiros da Academia das Ciências, etc.

Em 6 de Agosto de 2013, foi internado no Hospital dos Capuchos, em Lisboa, onde faleceu três dias depois, aos 89 anos de idade.

Estava casado com Maria Judite de Carvalho (1921 - 1998), que foi igualmente uma ilustre escritora portuguesa, condecorada pelo Estado português.

Convido os meus amigos a solucionar este passatempo de Palavras-Cruzadas e encontrar, a final, o título (3 palavras nas horizontais) de uma obra do escritor português Urbano Tavares Rodrigues (1923-2013).

HORIZONTAIS: 1 – Partida; Giros. 2 – Ira; Adivinhai. 3 – Enlace; Sigla de Banco de Portugal; Grande quantidade de (coisas) [popular]. 4 – Difícil; Sinceros; Culpada. 5 – Prova; Antiga moeda portuguesa, do valor de 4800 réis [plural]. 6 – Espúrios. 7 – Devastações; Sopro. 8 – Mais [antiquado]; Lendas; Contracção de D + o. 9 – Modo [figurado]; Resplendor [figurado]; Preposição que designa privação. 10 – Próximo; Decorrido (o tempo). 11 – Empregos [Angola]; Coriscos.

VERTICAIS: 1 – Deita; Roças. 2 – Dificuldade [figurado]; Fofa. 3 – Levante; Procede; Muitos [figurado]. 4 – Explica; Veio da madeira; Dente queixal [regionalismo]. 5 – Redondeza; Espécie de bigorna de cuteleiro. 6 – Pessoa ou coisa muito grande. 7 – Inferior; Cheiro. 8 – Sufixo nominal, de origem latina, que exprime a ideia de semelhança; Cerdas; Ministra. 9 – Oferecer; Luto; Parte. 10 – Idolatras; Aptidão [figurado]. 11 – Essências; Zombarias [figurado].

Clique  Aqui para abrir e imprimir o PDF com o passatempo.


Aceito respostas até dia 25 de Dezembro, inclusive, por mensagem particular no Facebook ou para o meu endereço electrónico, boavida.joaquim@gmail.com. Em data posterior, apresentarei a solução, assim como os nomes dos participantes. 

Vemo-nos por aqui?

quinta-feira, 30 de novembro de 2023

Misericórdia



Acabei de ler "Misericódia" de Lídia Jorge, que muito apreciei e me tocou pela sua actualidade

Em abril de 2020, a mãe de Lídia Jorge, Maria dos Remédios, faleceu de Covid-19. Vivia na Santa Casa da Misericórdia de Boliqueime. Antes, tinha-lhe deixado um pedido: que escrevesse um livro intitulado “Misericórdia”. A ideia, à partida, seria refletir sobre o fim da vida.

Bela escrita e muito humana personalidade! E estou contente com os merecidos prémios com que a têm galardoado.


domingo, 26 de novembro de 2023

Devaneios cruzadísticos │ Mário-Henrique Leiria

"Lisboa ao voo do pássaro" é o título (4 palavras) de uma obra do escritor português Mário-Henrique Leiria (1923-1980), pedido com a resolução do passatempo de Palavras-Cruzadas, referente ao mês de Novembro de 2023.

Deixo-vos este poema do nosso homenegeado, que o emérito recitador Mário Viegas declama (clique Aqui )

A Nêspera

Uma nêspera
estava na cama
deitada
muito calada
a ver
o que acontecia

chegou a Velha
e disse
olha uma nêspera
e zás comeu-a

é o que acontece
às nêsperas
que ficam deitadas
caladas
a esperar
o que acontece

Mário Henrique Leiria, em “Novos Contos do Gin


Recebi respostas de: Alabi; Aleme; António Amaro; Antoques; Arjacasa; Bábita Marçal; Caba; Candy; El-Danny; Elvira Silva; Filomena Alves; Fumega; Gilda Marques; Homotaganus; Horácio; Jani; João Carlos Rodrigues; Joaquim Pombo; José Bento; José Bernardo; Juse; Mafirevi; Magno; Manuel Amaro; Manuel Ramos; Maria de Lourdes; My Lord; Neveiva; Olidino; Paulo Freixinho; PAR DE PARES; Reduto Pindorama (Agagê, Joquimas e Samuca); Ricardo Campos; Rui Gazela; Russo; Seven; Socrispim; Somar; TRIO SUL-MINAS (Crispim, Loanco e O. K.), Virgílio Atalaya e Zabeli.

A todos, obrigado.

Até ao próximo "devaneio"!?

quarta-feira, 15 de novembro de 2023

É-se feliz na Austrália?

Hoje, pela primeira vez, ouvi na rtp2 este poema, declamado por João Reis.

"É-se feliz na Austrália, desde que lá se não vá.". Não podia estar mais de acordo. À Pessoa!


OXFORD SHORES


Quero o bem, e quero o mal, e afinal não quero nada.

Estou mal deitado sobre a direita, e mal deitado sobre a esquerda

E mal deitado sobre a consciência de existir.

Estou universalmente mal, metafisicamente mal,

Mas o pior é que me dói a cabeça.

Isso é mais grave que a significação do universo.


Uma vez, ao pé de Oxford, num passeio campestre,

Vi erguer-se, de urna curva da estrada, na distância próxima

A torre-velha de uma igreja acima de casas da aldeia ou vila.

Ficou-me fotográfico esse incidente nulo

Como uma dobra transversal escangalhando o vinco das calças.

Agora vem a propósito...

Da estrada eu previa espiritualidade a essa torre de igreja

Que era a fé de todas as eras, e a eficaz caridade.

Da vila, quando lá cheguei, a torre da igreja era a torre da igreja,

E, ainda por cima, estava ali.


É-se feliz na Austrália, desde que lá se não vá.

quarta-feira, 1 de novembro de 2023

Devaneios cruzadísticos │ Mário-Henrique Leiria

Evocamos mais um centenário do nascimento de um escritor da Língua Portuguesa. E, meus amigos, vai ser assim até ao final do ano de 2023. Como temos salientado, o ano de 1923 foi muito fértil no aparecimento de grandes talentos.

Neste mês, homenageamos Mário-Henrique Leiria, que foi um ilustre poeta, escritor, tradutor, pintor, crítico de arte e editor português. Nasceu em Lisboa a 2 de Janeiro de 1923.

Destacou-se no panorama artístico e literário português do século XX ao tomar parte das actividades do Grupo Surrealista Dissidente, ao lado de Mário Cesariny, Cruzeiro Seixas e outros, tendo participado nas duas exposições colectivas de 1949 e 1950. 

Mário-Henrique Leiria teve desde cedo uma ligação conturbada com o Estado Novo: foi preso várias vezes ao longo da vida, tanto em Portugal como posteriormente no Brasil, para onde se autoexilou em 1961 e de onde regressou mais tarde, nos anos 70.

Morreu  no dia 9 de Janeiro de 1980, em Lisboa, em casa da mãe para onde tinha voltado, vítima de uma doença óssea degenerativa. Tinha 57 anos. 

Ficaram para a posteridade e para glória da literatura iconoclasta portuguesa Os Contos do Gin-Tonic (1973) e Os Novos Contos do Gin (1974). São considerados incontornáveis marcos da literatura surrealista.

Convido os meus amigos a solucionar este passatempo de Palavras-Cruzadas e encontrar, a final, o título (5 palavras nas horizontais) de uma obra do escritor português Mário-Henrique Leiria (1923-1980).



HORIZONTAIS: 1 – Curral de porcos; Variedade de alface [Botânica]. 2 – Vantagem; Honreis. 3 – Contracção de a + o; Criam. 4 – Espevitadas [figurado]; Abreviatura de folha. 5 – Saudar; Prefixo que exprime a ideia de separação; Aspiração [figurado]. 6 – Segue cegamente a opinião de outrem; Consentimento. 7 – Interjeição que exprime a ideia de enfado [Angola]; Porque [arcaico]; Longe. 8 – Então; Mentira [Brasil, coloquial]. 9 – Enche; Contracção de d + o. 10 – Espertalhão; Suavidade [figurado]. 11 – Casa; Pesado.

VERTICAIS: 1 – Mato; Esconda. 2 – Indigno; Boa sorte inesperada [coloquial]; Pessoa notável na sua especialidade [figurado]. 3 – Luto; Cara [popular]; Sigla de Cuidados de Saúde Primários. 4 – Rasto; Vigor [Angola]. 5 – Preposição que designa tempo; Abates. 6 – Imbecil; Retesa. 7 – Liga; Uno. 8 – Badalas; Pessoa chata [Brasil, coloquial]. 9 – Muito; Sentinela; Imoral. 10 – Interjeição que exprime espanto [Brasil]; Avidez; Bater. 11 – Agasalho [figurado]; Juízo [figurado].

Clique Aqui para abrir e imprimir o PDF com o passatempo.


Aceito respostas até dia 25 de Novembro, inclusive, por mensagem particular no Facebook ou para o meu endereço electrónico, boavida.joaquim@gmail.com. Em data posterior, apresentarei a solução, assim como os nomes dos participantes. 

Vemo-nos por aqui?

quinta-feira, 26 de outubro de 2023

Devaneios cruzadísticos │ Guerra Junqueiro

"Os Simples" é o título (2 palavras) de uma obra do poeta português Guerra Junqueiro (1850-1923), pedido com a resolução do passatempo de Palavras-Cruzadas, referente ao mês de Outubro de 2023.


Recebi respostas de: Alabi; Aleme; António Amaro; Antoques; Arjacasa; Bábita Marçal; Caba; Candy; El-Danny; Filomena Alves; Fumega; Gilda Marques; Homotaganus; Horácio; Jani; João Carlos Rodrigues; Joaquim Pombo; José Bento; José Bernardo; Juse; Mafirevi; Magno; Manuel Amaro; Manuel Ramos; Maria de Lourdes; My Lord; Neveiva; Olidino; Paulo Freixinho; PAR DE PARES; Reduto Pindorama (Agagê, Joquimas e Samuca); Ricardo Campos; Rui Gazela; Russo; Sepol; Seven; Socrispim; Solitário; Somar; TRIO SUL-MINAS (Crispim, Loanco e O. K.), Virgílio Atalaya e Zabeli.

A todos, obrigado.

Até ao próximo "devaneio"!?

domingo, 1 de outubro de 2023

Devaneios cruzadísticos │ Guerra Junqueiro

O AlegriaBreve homenageia o poeta Guerra Junqueiro neste ano em que se comemora o centésimo aniversário do seu desaparecimento. O Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) apresenta uma significativa coleção do poeta, que hoje faz parte do seu acervo.

Na cidade do Porto, podemos visitar, na Rua D. Hugo, a Fundação Guerra Junqueiro e a Casa Museu Guerra Junqueiro, que ficam uma à frente da outra, justamente nas traseiras da Sé do Porto, onde se encontra o restante acervo. Foi um grande colecionador de obras de arte, que podemos (como aconteceu comigo) admirar na Casa-Museu.

Guerra Junqueiro nasceu em Freixo de Espada à Cinta, em 15 de Setembro de 1850, no seio de uma família abastada, e veio a morrer em Lisboa, em 7 de Julho de 1923.

Formou-se em Direito na Universidade de Coimbra e, ainda estudante, colaborou na "Folha", de João Penha, onde deixou poemas dispersos.

Foi deputado, eleito 3 vezes pelo Partido Progressista (1878-90), pertenceu ao Grupo do Cenáculo, aos Vencidos da Vida e ao movimento cesarista Vida Nova. Depois da crise do Ultimato (1890), aderiu ao ideal republicano e foi ministro de Portugal na Suíça (1911-14). Junqueiro apontou atormentadamente a uma pessoa - o rei D. Carlos - que conhecia mal, mas lhe passou a merecer um ódio espontâneo e teimoso. Foi considerado, por muitos, um dos instigadores do Regicídio. Sem dúvida, o poema “O Caçador Simão” é um verdadeiro incentivo ao regicídio. 

Este poeta, que muitos acusaram de sarcasta gratuito, não se incomodou em rasgar, e para sempre, os seus melhores versos, se com isso pudesse fazer as pazes com a sua consciência. Amansou desse modo uma versão da "Pátria", que veio a ser publicada depois a sua morte (1925) e que quase nenhum valor poético apresenta. Mas quando lhe falaram de atentado estético contra um poema intocável, a que ele roubou centenas de versos (como nos conta Raul Brandão nas suas "Memórias"), Junqueiro, enfiado no seu barretinho de lã, roído de remorsos e escanzelado, limitou-se a exclamar indignado: «não posso aparecer no outro mundo como acusador!»

A seguir à sua morte foi muito criticado. Todavia, deve reconhecer-se que qualquer comentário a Junqueiro tem de observar atentamente o contexto histórico-político do período em que ele escreveu. Ultimamente, tem vindo a ser, com toda a justiça, redimido. Junqueiro foi um homem do seu tempo. Fez-se com a pele do seu tempo. Um nome grande da Língua Portuguesa.
 
Convido os meus amigos a solucionar este passatempo de Palavras-Cruzadas e encontrar, a final, o título (2 palavras nas horizontais) de uma obra do poeta português Guerra Junqueiro (1850-1923).


HORIZONTAIS: 1 – Respeites; Estragado. 2 – Aguentas; Carapuça. 3 – Consentimento; Frustrar [figurado]. 4 – Preposição que designa falta; Significar; Sufixo nominal, de origem grega, que exprime a ideia de caminho. 5 – Limitais; Aqueles. 6 – Brilho [figurado]; Abundância. 7 – Sufixo nominal, de origem latina, que tem sentido diminutivo, por vezes pejorativo; Puros. 8 – Escarneces; Feixe; Descanso. 9 – Estúpido; Flua. 10 – Pessoa sem importância [popular]; Ter. 11 – Causas; Solícito.

VERTICAIS: 1 – Pensão hereditária atribuída pelas autoridades portuguesas na Índia [História, plural]; Malandro. 2 – Alimento; Ameaçador. 3 – Abarracamento; Destino [popular]. 4 – Conta; Interjeição que exprime incitação; Defeito. 5 – Sucedes; Cintilas. 6 – Hábil; Muitos [figurado]. 7 – Vadio [popular]; Símbolo de germânio. 8 – Batelada; Graça [figurado]; Suavidade [figurado]. 9 – Grito; Crítica. 10 – Danado; Curas. 11 – Tarda; Nada.

Clique AQUI para abrir e imprimir o PDF com o passatempo.


Aceito respostas até dia 25 de Outubro, inclusive, por mensagem particular no Facebook ou para o meu endereço electrónico, boavida.joaquim@gmail.com. Em data posterior, apresentarei a solução, assim como os nomes dos participantes. 

Vemo-nos por aqui?

terça-feira, 26 de setembro de 2023

Devaneios cruzadísticos │ Millôr Fernandes

"Fábulas Fabulosas" é o título (2 palavras) de uma obra do escritor brasileiro Millôr Fernandes (1923-2012), pedido com a resolução do passatempo de Palavras-Cruzadas, referente ao mês de Setembro de 2023.

No passado dia 18, nosso o querido amigo Carlos Costeira (Corsário) partiu para a longa viagem! Leva na asa a nossa saudade! Ilustre charadista, colaborador destes "devaneios" desde a primeira hora. Que Deus o tenha recebido em sua mão, na sua mão direita. Até um dia, Amigo!


Recebi respostas de: Alabi; Aleme; António Amaro; Antoques; Arjacasa; Bábita Marçal; Baby; Caba; Candy; Corsário; El-Danny; Elvira Silva; Filomena Alves; Fumega; Gilda Marques; Homotaganus; Horácio; Jani; João Carlos Rodrigues; Joaquim Pombo; José Bento; José Bernardo; Juse; Mafirevi; Magno; Manuel Amaro; Manuel Carrancha; Manuel Ramos; Maria de Lourdes; My Lord; Neveiva; Olidino; Paulo Freixinho; PAR DE PARES; Reduto Pindorama (Agagê, Joquimas e Samuca); Ricardo Campos; Rui Gazela; Russo; Salete Saraiva; Sepol; Seven; Socrispim; Solitário; Somar; TRIO SUL-MINAS (Crispim, Loanco e O. K.), Virgílio Atalaya e Zabeli.

A todos, obrigado.

Até ao próximo "devaneio"!

sexta-feira, 1 de setembro de 2023

Devaneios cruzadísticos │ Millôr Fernandes

O AlegriaBreve evoca, com a simpatia de sempre, a celebração de mais um centenário do nascimento de um nome relevante da Língua portuguesa e da Cultura brasileira: Millôr Fernandes.

Nasceu em 16 de agosto de 1923, no subúrbio do Rio de Janeiro. Seu pai era um espanhol naturalizado brasileiro. Porém, faleceu em 1925, deixando o escritor órfão. Assim, para sustentar os filhos, a mãe foi obrigada a trabalhar como costureira.

Millôr iniciou sua vida escolar em 1931 e, três anos depois, apaixonou-se pelas revistas em quadrinhos. Nessa época, já mostrava seu talento como desenhista. No entanto, em 1935, perdeu também a sua mãe. Então, ainda menino, foi morar com a família de seu tio materno.

Em 1948, o autor viajou aos Estados Unidos, onde conheceu Walt Disney (1901-1966). Nesse mesmo ano, casou-se com Wanda Rubino. Já em 1951, fez uma viagem pelo Brasil, durante quarenta e cinco dias, em companhia do escritor Fernando Sabino (1923-2004), com o intuito de conhecerem melhor o país. Em 1952, Millôr viajou para a Europa, conheceu a Itália e, em seguida, Israel.

A primeira peça teatral do autor — "Uma mulher em três actos" — estreou em 1953. A partir de então, ele iniciou uma carreira bem sucedida no teatro. Também apresentou o programa de televisão Universidade do Méier, na TV Itacolomi, em 1959. No ano seguinte, sua peça "Um elefante no caos" estreou após censura. Com ela, Millôr Fernandes ganhou o prémio de melhor autor da Comissão Municipal de Teatro.

Da década de 1960 até à sua morte, ocorrida em 27 de Março de 2012, na Zona Sul do Rio de Janeiro, o teatro foi um dos principais meios de expressão do artista.

Os textos de Millôr Fernandes, tanto a prosa quanto as peças de teatro, são caracterizados pelo humor, muitas vezes ácido. A ironia também está presente em sua obra, marcada por um espírito provocador, que leva os leitores e, também, o público de teatro a reflectirem sobre a realidade e a sair da zona de conforto a que todos recorremos em nosso dia a dia.

Autor multifacetado, obteve sucesso de crítica e de público em todas os géneros em que se aventurou, deixando-nos uma obra vastíssima.

Convido os meus amigos a solucionar este passatempo de Palavras-Cruzadas e encontrar, a final, o título (2 palavras nas horizontais) de uma obra do escritor brasileiro Millôr Fernandes (1923-2012).


HORIZONTAIS: 1 – Espias; Rebuçados (doce) [Brasil]. 2 – Louca. 3 – Mitos; Grande quantidade (de coisas ou de pessoas [popular]. 4 – Sublime. 5 – Lado do navio de onde vem o vento [Náutica]; Interjeição usada como saudação [Brasil]; Interjeição que exprime enfado [Angola]. 6 – Tolera [figurado]; Fixa. 7 – Passada; Simples; Pose. 8 – Encaracola. 9 – Malícia [figurado]; Desvairo. 10 – Incríveis. 11 – Importuna [Brasil]; Folhoso.

VERTICAIS: 1 – Grupo de camelos; Queima. 2 – Interjeição que exprime espanto; Julga. 3 – Roga pragas [Angola]; Irmão. 4 – Elemento de formação de palavras que exprime a ideia de agulha; Pronunciado; Mais [antiquado]. 5 – Soletra; Alvorada. 6 – Contracção de Em+a; Conjunção que exprime equivalência. 7 – Assento; Acréscimo. 8 – Prefixo que exprime a ideia de movimento; Queda; Preposição que designa tempo. 9 – Fome [coloquial]; Sopra [Angola]. 10 – Escavava; Chefe político, no Oriente. 11 – Fecha [Guiné-Bissau]; Vexo,


Clique Aqui para abrir e imprimir o PDF com o passatempo.


Aceito respostas até dia 25 de Setembro, inclusive, por mensagem particular no Facebook ou para o meu endereço electrónico, boavida.joaquim@gmail.com. Em data posterior, apresentarei a solução, assim como os nomes dos participantes. 

Vemo-nos por aqui?

domingo, 27 de agosto de 2023

Devaneios cruzadísticos │ Mário Cesariny

"Pena Capital" é o título (2 palavras) de uma obra do poeta português Mário Cesariny (1923-2006), pedido com a resolução do passatempo de Palavras-Cruzadas, referente ao mês de Agosto de 2023.

Deixo-vos com este poema do poeta, cujo centenário do seu nascimento evocámos:
 
Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto tão perto tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura

Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco

Mário Cesariny, in Pena Capital


Recebi respostas de: Aleme; António Amaro; Antoques; Arjacasa; Bábita Marçal; Baby; Caba; Candy; Corsário; El-Danny; Filomena Alves; Fumega; Gilda Marques; Homotaganus; Horácio; Jani; João Carlos Rodrigues; Joaquim Pombo; José Bento; José Bernardo; Juse; Mafirevi; Magno; Manuel Amaro; Manuel Carrancha; Manuel Ramos; Maria de Lourdes; My Lord; Neveiva; Olidino; Paulo Freixinho; PAR DE PARES; Reduto Pindorama (Agagê, Joquimas e Samuca); Ricardo Campos; Rui Gazela; Russo; Salete Saraiva; Sepol; Seven; Socrispim; Solitário; Somar; TRIO SUL-MINAS (Crispim, Loanco e O. K.), Virgílio Atalaya e Zabeli.

A todos, obrigado.

Até ao próximo "devaneio"!

sexta-feira, 25 de agosto de 2023

O poeta que gostava de gatos e ....do Sporting!


Se já era um dos meus mais queridos poetas, agora ainda mais: o poeta Manuel António Pina era do simpatizante do Sporting. Despertou-me a curosidade uma reportagem que a RTP3 realizou, esta manhã, na Feira do Livro do Porto, cuja abertura acontece hoje e se realiza nos jardins do Palácio de Cristal.

Manuel António Pina é o autor homenageado na 10.ª edição da Feira do Livro do Porto, que já faz parte, como é sabido,  da agenda cultural da cidade. 

Tem lá um stand que chamam da Amizade, com duas mesas de matraquilhos! Numa, confrontam-se Manuel António Pina e Germano Silva; na outra, Sporting e Porto. Para celebrar a amizade entre dois homens, enormes homens de Cultura...mas com gostos clubísticos distintos.

Na Net, encontrei um texto, donde retirei este pedacinho:

(...) Era um homem de uma cultura imensa, mas de interesses e prazeres variados e sem grande paciência para os meios culturais. Sousa Dias gosta de contar a história da ida ao estádio do Leiria, onde o Sporting de Pina disputava a Supertaça com o FC Porto dos seus amigos. Numa área de serviço a meio caminho, Pina insiste em comprar um boné e um cachecol do Sporting (....)

Manuel António Pina, um poeta que gostava muito de gatos e, também, do Sporting! 

terça-feira, 1 de agosto de 2023

Devaneios cruzadísticos │ Mário Cesariny

O poeta Mário Cesariny nasceu há 100 anos. O sol nasceu para o poeta em Lisboa, a 9 de Agosto de 1923. É considerado um dos principais representantes do surrealismo português.

O programa de comemoração do centenário do seu nascimento inclui exposições, filmes, conversas, espectáculos e lançamento de edições especiais. As celebrações arrancam precisamente este mês e vão percorrer o país.

Poeta, pintor e referência fundamental do surrealismo português, é tido como uma das maiores vozes da poesia portuguesa do século XX, sendo de destacar ainda o seu trabalho de antologista, compilador e historiador, um tanto polémico, das atividades surrealistas em Portugal.

Desde o final da adolescência, Cesariny e os amigos frequentaram várias tertúlias nos cafés de Lisboa e descobriram o neo-realismo e depois o surrealismo. Em 1947 Cesariny viajou até Paris onde, graças a uma bolsa, frequentou a Académie de la Grande Chaumière.

Foi por essa altura, encontrando-se em Paris, que Cesariny visitou André Breton. Ao abandonar Paris, no mesmo ano de 1947, e influenciado por Breton, impulsionou a criação do Grupo Surrealista de Lisboa, tendo a seu lado figuras como António Pedro, José Augusto França e Alexandre O´Neill.

O grupo, que se reunia na Pastelaria Mexicana, surgiu como forma de protesto libertário contra o movimento do neo-realismo, dominado pelo Partido Comunista Português.

Mais tarde, fundou o antigrupo (dissidente) "Os Surrealistas", sendo seguido por António Maria Lisboa,  Artur do Cruzeiro Seixas e outros. 

Na década de 1950, Cesariny dedicou-se à pintura, mas também, e sobretudo, à poesia, que escreveu nos cafés. Tem colaboração na revista "Pirâmide" (1959-1960). O seu editor é Luiz Pacheco, com quem mais tarde (nos anos 1970) se incompatibilizaria por completo. É também durante esse período que começou a ser incomodado e a ser vigiado pela Polícia Judiciária, por "suspeita de vagabundagem", obrigado a humilhantes apresentações e interrogatórios regulares, devido à sua homossexualidade, que vivencia diariamente, de modo franco e destemido. Só a partir de 25 de Abril de 1974 deixará de ser perseguido e atormentado pela polícia.

Doou, em vida, o seu espólio à Fundação Cupertino de Miranda e, por testamento, deixou um milhão de euros à Casa Pia. Em 2005, foi distinguido com o Grande Prémio Vida Literária APE/CGD e ainda nesse ano, em 21 de Novembro, foi distinguido com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade de Portugal.

Mário Cesariny morreu em 26 de Novembro de 2006, em Lisboa. Foi sepultado no Talhão dos Artistas do Cemitério dos Prazeres, em Lisboa. Em 8 de dezembro de 2016, os restos mortais do poeta foram trasladados para um jazigo individual, no mesmo cemitério, numa cerimónia presidida pelo Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa.

Convido os meus amigos a solucionar este passatempo de Palavras-Cruzadas e encontrar, a final, o título (2 palavras nas horizontais) de uma obra do poeta português Mário Cesariny (1923-2006).


HORIZONTAIS: 1 – Aceites; Enérgico [figurado]. 2 – Desconhecido. 3 – Dor; Sem juízo [figurado]. 4 – Padre católico [Timor-Leste]; Glória [figurado]; Partícula. 5 – Sempre que; Revista; Aquelas. 6 – Agasta [Cabo Verde]; Desterrado. 7 – Predisse; Banho; Andar. 8 – Liga; Orla; Difícil. 9 – Afastai; Assunto. 10 – Essencial. 11 – Destino; Oculta.

VERTICAIS: 1 – Embates; Música. 2 – Insigne. 3 – cunhado [antiquado]; Garupa. 4 – Interjeição que exprime alegria; Antiga unidade de medida de capacidade usada pelos Hebreus; Passavas. 5 – Apenas; Solta; Terra [figurado]. 6 – Coisa nenhuma [Brasil, coloquial]; Afastai. 7 – Ponderei; Fim [figurado]; Interjeição usada para interromper. 8 – Centro; Prefixo que exprime ideia de fora; Igual. 9 – Ladra [regionalismo]; Sova [Brasil]. 10 – Cotas. 11 – Macios; Círculo em forma de moeda, nos escudos [Heráldica].

Clique Aqui  para abrir e imprimir o PDF com o passatempo.


Aceito respostas até dia 25 de Agosto, inclusive, por mensagem particular no Facebook ou para o meu endereço electrónico, boavida.joaquim@gmail.com. Em data posterior, apresentarei a solução, assim como os nomes dos participantes. 

Vemo-nos por aqui?

quarta-feira, 26 de julho de 2023

Devaneios cruzadísticos │ António Quadros

"ALÉM DA NOITE" é o título (3 palavras) de uma obra do filóssofo e escritor português António Quadros (1923-1993), pedido com a resolução do passatempo de Palavras-Cruzadas, referente ao mês de Julho de 2023.

"A Paixão de Fernando P.", romance inédito de António Quadros, de que vos falei na apresentação do problema no primeiro dia do mês, já pode ser adquirido (e só aqui) na Livraria da Fundação António Quadros (nºs de telefone é 965552247 - 243999310). O meu livro já vem a caminho.


Recebi respostas de: Aleme; António Amaro; Antoques; Arjacasa; Bábita Marçal; Baby; Caba; Candy; Corsário; El-Danny; Fumega; Gilda Marques; Homotaganus; Horácio; Jani; João Carlos Rodrigues; Joaquim Pombo; José Bento; José Bernardo; Juse; Mafirevi; Magno; Manuel Amaro; Manuel Carrancha; Manuel Ramos; Maria de Lourdes; My Lord; Neveiva; Olidino; PAR DE PARES; Reduto Pindorama (Agagê, Joquimas e Samuca); Ricardo Campos; Rui Gazela; Russo; Salete Saraiva; Sepol; Seven; Socrispim; Solitário; Somar; TRIO SUL-MINAS (Crispim, Loanco e O. K.), Virgílio Atalaya e Zabeli.

A todos, obrigado.

Até ao próximo "devaneio"!

sexta-feira, 14 de julho de 2023

Dá-me tempo!


Quem és tu oh tempo?

Quem és?

Queres-me, ainda, que sejas breve?

Se me queres, dá-me tempo

faz grande a minha jornada

dá-me o amor, hoje e sempre

como se fosses um único pássaro

a voar na brisa a tocar meu rosto …

A vida é breve, muito breve

deixa-me desfrutar o tempo, que me resta…

O tempo não pára, carrega lembranças,

sonhos e experiências …

Não tem caminho de volta

segue sempre em frente

o tempo do tempo, é o presente, é o agora…

Espreito à janela vejo gente

apressada de malas na mão …

Será que vão viajar? Ou desceram

para outra direcção, outra estação?

Começamos a vida com uma malinha na mão

os anos passam e a bagagem vai aumentando

escolhemos muitas coisas q’recolhemos pelo caminho…

Podemos aliviar o peso, esvaziando a mala

mas o que temos para tirar? Aquilo que plantamos.

A essência da vida não se compra

ela vai subindo degrau a degrau

quero mais tempo, oh tempo,

vivendo o tempo, de dentro para fora..

A vida flui como um rio, transporta-nos

à verdade, à velhice e, esta à sabedoria …

Sem caminho de volta, o tempo segue,

sempre em frente…

O tempo do tempo é o agora

não olhe para o retrovisor da vida

não lembre o que já passou…

Siga olhando para cima, para o lado

para a frente, para a gente.

Tu oh tempo, que me persegues

posso pedir-te mais tempo?

O tempo é o presente, cada dia é

só por si, uma vida…

Fica um pouco mais! Um pouco mais!

Dá-me tempo!



Mariana Asper 
11-06-23


Um poema que nos fala da brevidade das nossas vidas. A autora implora, quase em desespero, por mais tempo. Não deixa de ser curioso que o poema venha, na minha modesta opinião, ao encontro da ideia que se encontra subjacente ao título deste blogue. A vida é breve, um breve instante à escala cósmica. É, todavia, a que nos coube. Curta, sem dúvida. Injusto? Talvez. Uma vida breve. Uma alegria breve.

sábado, 1 de julho de 2023

Devaneios cruzadísticos │ António Quadros

O ano de 1923 foi muito fértil no que toca ao nascimento, há 100 anos, de grandes nomes da Cultura e da Literatura portuguesa. Alguns deles já foram aqui homenageados (Eugénio de Andrade, Natália Correia, Eduardo Lourenço). Outros nomes, assim desejamos, serão aqui evocados até ao final do ano, para que não sejam esquecidos.

Neste mês, o AlegriaBreve evova outro nome grande, no ano em que se celebra o centenário do seu nascimento. António Gabriel de Castro e Quadros Ferro, conhecido como António Quadros, foi um filósofo, historiador, escritor, fundador e director do IADE, professor universitário e tradutor português.

António Quadros nasceu em 14 de Julho de 1923, em Lisboa. Era filho de António Ferro e de Fernanda de Castro, ambos escritores.

Pensador, crítico e professor, também poeta e ficcionista, foi um dos fundadores da extinta Sociedade Portuguesa de Escritores. Fundou a actual Associação Portuguesa de Escritores e o IADE - Instituto de Arte, Decoração e Design. Foi director das Bibliotecas Itinerantes da Fundação Calouste Gulbenkian.

António Quadros foi ainda membro-correspondente da Academia das Ciências de Lisboa e da Academia Brasileira de Filosofia, membro da INSEA (International Society for Education through Art), órgão consultivo da UNESCO, de que foi delegado em Portugal até 1981, membro da Alta Autoridade para a Comunicação Social, etc.

Recebeu diversos prémios pela sua actividade literária e colaborou em diversos jornais, como o Diário de Notícias, Diário Popular, Jornal de Letras, bem como nas revistas Ler, Rumo, Persona,Colóquio, Contravento, Litoral, Atlântico, Ensaio, Leonardo.

"A Paixão de Fernando P.", romance inédito de António Quadros, escrito na sua casa de Vale de Óbidos, Rio Maior, está a caminho do prelo. O livro será colocado à venda nos dias 12, 13 e 14 de Julho, no congresso «Nos Cem Anos de António Quadros» (Lisboa e Rio Maior) e, posteriormente, na Livraria da Fundação António Quadros.

António Quadros, recorde-se, foi um dos mais importantes estudiosos e divulgadores de Fernando Pessoa.

Convido os meus amigos a solucionar este passatempo de Palavras-Cruzadas e encontrar a final, o título (3 palavras nas horizontais) de uma obra do filósofo e escritor António Quadros (1923-1993).


HORIZONTAIS: 1 – Discreta; Longe. 2 – Fama [figurado]; Pule. 3 – Contracção de De+a; Ateia; Sopro. 4 – Estima; Interjeição usada como saudação [Brasil]; Pão [Moçambique]. 5 – Retiro; Aprovação [figurado]. 6 – Inquieto; Nata. 7 – Esposa; Sem juízo [figurado]. 8 – Passado; Funda; Sujeita. 9 – Passe; Ignorância [figurado]; Interjeição que exprime espanto [Brasil]. 10 – Atitude; Veste. 11 – Íntegros; Perfumes.

VERTICAIS: 1 – Trespasses; Delicados. 2 – Emparceira. 3 – Lado do navio de onde vem o vento; Azar; Terra [figurado]. 4 – Remoinho de água [regionalismo]; Estorvos. 5 – Começo; Opinião política [figurado]. 6 – Justificação; Magoa [antiquado]. 7 – Alça; Ar. 8 – Ala [arquitectura]; Ergo. 9 – Além; Atrai; Uno. 10 – Pomposa. 11 – Espiritual; Realces.

Clique Aqui  para abrir e imprimir o PDF com o passatempo.


Aceito respostas até dia 25 de Julho, inclusive, por mensagem particular no Facebook ou para o meu endereço electrónico, boavida.joaquim@gmail.com. Em data posterior, apresentarei a solução, assim como os nomes dos participantes. 

Vemo-nos por aqui?

segunda-feira, 26 de junho de 2023

Devaneios cruzadísticos │ Joaquim Pessoa

"AMOR COMBATE" é o título (2 palavras) de uma obra do poeta português Joaquim Pessoa (1948-2023), pedido com a resolução do passatempo de Palavras Cruzadas, referente ao mês de Junho de 2023.


Recebi respostas de: Aleme; António Amaro; Antoques; Arjacasa; Bábita Marçal; Baby; Caba; Candy; Corsário; Donanfer II, El-Danny; Elvira Silva; Filomena Alves; Fumega; Gilda Marques; Homotaganus; Horácio; Jani; João Carlos Rodrigues; Joaquim Pombo; José Bento; José Bernardo; Juse; Mafirevi; Magno; Manuel Amaro; Manuel Carrancha; Manuel Ramos; Maria de Lourdes; My Lord; Neveiva; Olidino; Paulo Freixinho; PAR DE PARES; Reduto Pindorama (Agagê, Joquimas e Samuca); Ricardo Campos; Rui Gazela; Russo; Salete Saraiva; Sepol; Seven; Socrispim; Solitário; Somar; TRIO SUL-MINAS (Crispim, Loanco e O. K.), Virgílio Atalaya e Zabeli.

A todos, obrigado.

Até ao próximo "devaneio"!  

quinta-feira, 1 de junho de 2023

Devaneios cruzadísticos │ Joaquim Pessoa

Morreu no passado dia 17 de Abril de 2023, aos 75 anos, o poeta Joaquim Pessoa, autor de poemas como "Lisboa, menina e moça" e "Amélia dos olhos doces". Quem não conhece? Motivo sobejamente suficiente para o AlegriaBreve salientar, neste espaço, a sua vida e obra.

Nascido no Barreiro a 22 de Fevereiro de 1948, Joaquim Pessoa destacou-se profissionalmente como poeta, artista plástico, publicitário e como estudioso de arte pré-histórica.

Formado em Marketing e Publicidade, foi director criativo e director-geral de várias agências de publicidade e autor ou coautor de diversos programas de televisão, como "1000 Imagens", "Rua Sésamo" e "45 Anos de Publicidade em Portugal", entre outros.

Joaquim Pessoa foi também director da Sociedade Portuguesa de Autores, entre 1988 e 1994, director literário da Litexa Editora, director do jornal "Poetas & Trovadores", colaborador das revistas "Sílex" e "Vértice".

Juntamente com Ary dos Santos, Fernando Tordo, Carlos Mendes, Paulo de Carvalho e Luiz Villas-Boas, entre outros, fundou a cooperativa artística “Toma Lá Disco”.

Foi galardoado com o mais importante prémio português de poesia – o Prémio da Associação Portuguesa de Escritores e da Secretaria de Estado da Cultura.

É considerado uma das vozes mais destacadas da poesia portuguesa do pós 25 de Abril, sendo considerado um renovador nesta área. O amor e a denúncia social são uma constante nas suas obras.

Convido os meus amigos a solucionar este passatempo de Palavras-Cruzadas e encontrar a final, o título (2 palavras nas horizontais) de uma obra do poeta português Joaquim Pessoa (1948-2023).


HORIZONTAIS: 1 – Explicação; Pessoa sem ânimo [figurado, pejorativo]. 2 – Ordenada. 3 – Caricia; Pertences. 4 – Orvalho [regionalismo]; Toque; Indigna. 5 – Devoção; Passas. 6 – Cavaleiro do exército alemão ou austríaco, armado de lança. 7 – Pessoa pouco inteligente [Brasil, coloquial]; Água potável [Angola]. 8 – Sufixo nominal utilizado na terminologia geológica para exprimir a ideia de rocha; Condigo; Muito. 9 – Consigo; Conversa. 10 – Luta [figurado]. 11 – Juízo [figurado]; Alegria [figurado].

VERTICAIS: 1 – Pura; Mandioca-doce. 2 – Ocasião. 3 – Amparo [figurado]; Rude [figurado]. 4 – Chega; Renque; Resplendor [figurado]. 5 – Valias; Parte. 6 – Escuro. 7 – Fosco; Inchar. 8 – Desenvolvido; Preposição que designa causa; Sujeito. 9 – Suave; Fundas. 10 – Lengalenga. 11 – Queimas; Preferis.

Clique  Aqui para abrir e imprimir o PDF com o passatempo.


Aceito respostas até dia 25 de Junho, inclusive, por mensagem particular no Facebook ou para o meu endereço electrónico, boavida.joaquim@gmail.com. Em data posterior, apresentarei a solução, assim como os nomes dos participantes. 

Vemo-nos por aqui?