quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

D. Duarte I, o rei conselheiro

O Rei D. Duarte I nasceu em Viseu em 1391 e morreu em Santarém em 1438. Era filho de D. João I e, desde cedo, foi preparado para ser rei. Coroado rei no ano de 1433, teve um reinado pequeno (5 anos) e atormentado. Todavia, com grande sentido de Estado, com uma grande seriedade na gestão pública. 

D. Duarte I foi autor de uma obra de natureza filosófica, de que o Leal Conselheiro é um exemplo. Nele o rei aconselha as pessoas que conhece a trilhar o melhor caminho. Filhai-o (palavra bonita) com o ABC da lealdade, diz ele no prefácio. 

Foi também o autor da Lei Mental, um lei que fazia reverter para a Coroa todos bens sempre que não existia um filho varão. Em poucos anos, a Coroa enriqueceu à custa desta lei. Mental porquê? Porque ela já andava na mente do seu pai, o Rei D. João I. Só que este, politico sagaz, sabia que a sua publicação lhe levantaria problemas e, por isso, sempre a adiou. D. João I era politico; D. Duarte I era filósofo.

Toda a sua vida foi o resultado do cumprimento de um dever. Um sentimento forte da responsabilidade - "Cumpri contra o Destino o meu dever".

É isso que decorre do poema que o poeta Fernando Pessoa lhe dedicou na Mensagem. O poema não é bonito (pode não ser), mas define profundamente a personalidade do Rei Duarte I. Define bem a sua alma. “almou meu ser”=deu alma à minha maneira de ser. “

D. DUARTE, REI DE PORTUGAL


Meu dever fez-me, como Deus ao mundo.
A regra de ser Rei almou meu ser,
Em dia e letra escrupuloso e fundo.

Firme em minha tristeza, tal vivi.
Cumpri contra o Destino o meu dever.
Inutilmente? Não, porque o cumpri.

Fernando Pessoa, in Mensagem

Nunca é inútil que o homem cumpra o seu dever. É a afirmação de que a consciência do dever cumprido é, por si só, suficiente e constitui um prémio inegável.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Diálogos poéticos: Cesário Verde & Nuno Júdice
















De Tarde

Naquele pic-nic de burguesas,
Houve uma coisa simplesmente bela,
E que, sem ter história nem grandezas,
Em todo o caso dava uma aguarela.

Foi quando tu, descendo do burrico,
Foste colher, sem imposturas tolas,
A um granzoal azul de grão-de-bico
Um ramalhete rubro de papoulas.

Pouco depois, em cima duns penhascos,
Nós acampamos, inda o Sol se via;
E houve talhadas de melão, damascos,
E pão-de-ló molhado em malvasia

Mas, todo púrpuro a sair da renda
Dos teus dois seios como duas rolas,
Era o supremo encanto da merenda
O ramalhete rubro das papoulas!

Cesário Verde






















CESÁRIO VERDE 

(variante sem burguesas)

Naquele piquenique de deusas, serviram
ambrósia e sanduíches de cisne, com
molho de via láctea a mistura. Vénus,
de véu na cabeça, desatou-o; e os seus
cabelos derramaram-se pelo copo, para
que Vulcano se engasgasse, ao beber,
e Marte lhe batesse nas costas, fazendo
inchar mais ainda a sua corcunda. Mas
quando a pálida Diana, num crescente
de lua, tirou a saia, e os sátiros saíram
de dentro das pregas, todos olharam
para o lado, e foi a coisa mais bela da
merenda: os seus seios soltos, e os doces
melões, servidos na bandeja do céu.

Nuno Júdice, in A Matéria do Poema

domingo, 25 de janeiro de 2015

Manuel da Nóbrega e a cidade de São Paulo



Completam-se hoje 461 anos sobre a fundação da cidade de São Paulo, no Brasil, pelo padre Manuel da Nóbrega. Mas quem foi esta personagem?

Manuel da Nóbrega nasceu em Sanfins do Douro no ano de 1517 e morreu no Rio de Janeiro, no ano de 1570. Foi um sacerdote jesuíta português, chefe da primeira missão jesuíta à América. Era filho de um Juiz de Fora. Viveu 31 anos em Portugal e 21 no Brasil. É considerado o Grande Apóstolo do Brasil. São Francisco Xavier no Oriente, Manuel da Nóbrega no Ocidente. 

Com 14 anos de idade foi estudar para a cidade de Salamanca. Esteve lá até aos 21 anos, num tempo em que ainda não havia Universidade em Coimbra. Quando a Universidade se instalou definitivamente na cidade de Coimbra, em 1536, concorreu para Professor. Reprovou. Depois, concorreu para entrar na Ordem dos Cónegos de Santa Cruz, mas também reprovou. Desanimado, ingressou na Companhia de Jesus, recentemente criada (1540). Há varias teorias para estes chumbos. Fala-se em protecção de outros candidatos, mas há quem diga que ele, não obstante as suas qualidades, que eram muitas, sofria de gaguez! 

Em 1542 fundou a Companhia de Jesus, em Coimbra, onde ingressou. Vivia, como outros, isto foi ao principio, como um mendigo. Como pregador, viajou por Portugal, pela Galiza e o resto da Espanha. Há notícia que passou pela minha Beira Baixa, pela Covilhã, talvez pelo Fundão.

Mais tarde, veio a fazer parte da grande expedição para o Brasil, comandada pelo Tomé de Sousa. Um grande expedição composta por 1500 pessoas, onde iam representadas todas as profissões, incluindo um encadernador. Uma espantosa epopeia. Manuel da Nóbrega veio a fundar a cidade de São Paulo, hoje a maior cidade da América do Sul. Foi no dia 25 de Janeiro de 1554. 

Uma cidade criada, não à volta de um rio, ou de um entroncamento, mas sim ao redor de um colégio. O Colégio de São Paulo. Lutou pela libertação dos escravos. Foi um dos primeiros defensores dos direitos humanos. Ajudou ainda a criar a cidade da Baia de Todos os Santos. Foi muito ajudado, na sua missão, pelo padre José Anchieta, outro grande vulto da nossa História.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Palavras cruzadas com história - escultor Francisco Simões

O Parque dos Poetas em Oeiras foi idealizado pelo escultor Francisco Simões e pelo escritor David Mourão-Ferreira, nos anos 80.

E o escultor Francisco Simões é o autor das 20 estátuas dos poetas do século XX da 1ª Fase do Parque e, ainda, das estátuas da Ilha dos Amores (Canto IX de "Os Lusíadas") que podem ser vistas na 4ª Fase do mesmo Parque.

Da sua obra fazem parte também, entre outras, o grupo de 10 esculturas e painéis em mármore “Mulheres de Lisboa”, na estação do Metropolitano de Lisboa, no Campo Pequeno, o busto da pintora Vieira da Silva, na estação do Rato, e o monumento a Camilo Castelo Branco e ao "Amor de Perdição", no Porto, junto à antiga Cadeia da Relação.

Francisco Simões é um escultor que, como ele diz, sempre teve um grande fascínio pela Literatura, pela Poesia. Quem quiser conhecer melhor a obra do escultor Francisco Simões, clique Aqui para consultar o sítio existente na INTERNET.

Francisco Simões é o nome do escultor português que era pedido com a resolução do problema de Palavras-Cruzadas deste mês. E esta é a solução completa do passatempo:


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Recebi respostas de: Aleme, Anjerod, António Amaro, Antoques, Arnaldo Sarmento, Bábita Marçal, Baby, Caba, Carlos Costeira, El-Nunes, Elvira Silva, Filomena Alves, Horácio, Jani, João Rodrigues, Joaquim Pombo, José Bernardo, Mafirevi, Magno, Manuel Amaro, Manuel Caleiro, Manuel Carrancha, Mister Miguel, Olidino, Osair Kiesling, Paulo Freixinho, Ricardo Campos, Russo, Salete Saraiva e Virgílio Atalaya.
A todos agradeço. Até breve!

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

"Percam-se as causas, salvem-se os princípios"


Mouzinho da Silveira, aqui retratado numa nota de 500$00 de boa memória, foi um estadista e político português, uma das personalidades maiores da Revolução Liberal de 1820.

José Xavier Mouzinho da Silveira nasceu em Castelo de Vide em 12 de Julho de 1780 e morreu em Lisboa em 4 de Abril de 1849. Era um homem com fama de enérgico, rude, seco, independente, mas de uma grande seriedade. Nasceu uns anos antes da Revolução Francesa (1789) e morreu 2 anos antes da Regeneração (1851). É difícil escolher um período tão mau para viver! Tempo dramático. “eu vim ao Mundo para assistir às mudanças que hão-de transformar o Mundo”, disse ele. 

Licenciou-se em Direito. Foi juiz em Marvão e em Setúbal. Aqui casou com uma filha de um pescador. Era maçónico. Manteve-se afastado da Politica até bastante tarde. Só por volta dos 40-50 anos foi chamado para a Politica, depois da Revolução Liberal de 1820. Veio para a Política pela mão de Manuel Fernandes Tomás, homem seriíssimo. Tão sério que, passados 2 anos, veio a morrer de fome, por causa de uma lei que ele mesmo fez publicar a proibir a remuneração dos cargos políticos!

Mouzinho da Silveira entrou, assim, para a Política pela mão de Manuel Fernandes Tomás, a principal figura da Revolução Liberal. E com muito sucesso, primeiro como Administrador da Alfândega.

Entretanto, as Cortes exigiram o regresso do rei D. João VI a Portugal. Mouzinho da Silveira foi para o Governo, para a pasta das Fazenda. Está no Governo quando acontece a Vilafrancada. É preso no Castelo de São Jorge. Depois, com a Abrilada ele volta ao Governo. Como era pedreiro-livre veio a ser dispensado pelo Rei D. João VI.

O terror Miguelista leva-o até Paris, para estudar Filosofia, onde está 3 anos. D. Pedro IV chama-o a Londres. Depois, acompanha-o até aos Açores, onde faz parte do Governo Sombra, na pasta da Fazenda e da Justiça. Febrilmente, inicia a sua produção legislativa. 20 e tal Decretos…Legisla, legisla…

Porém, Mouzinho da Silveira foi muito atacado numa polémica à volta do Vinho do Porto. Ele opunha-se à venda forçada do vinho, para gerar receitas, por entender que a propriedade privada é inviolável. “Percam-se as causas, salvem-se os princípios”, disse ele a propósito. Retirou-se da politica, vivendo os últimos dez anos da sua vida afastado dela. Foi um grande arquitecto, entre outros, da sociedade que saiu da Revolução Liberal. Um homem de princípios!

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

O poeta, o criado e o burro

(Foto do Google)
O homem que está cima de um burro é esse mesmo que estás a pensar: o poeta José Régio. A sua faceta de coleccionador de arte sacra e popular ficou na história. Quando o poeta foi para Portalegre, para ser professor de Português e Francês no Liceu, ficou hospedado num quarto de uma pensão. Depois, à medida que a colecção ia aumentando, o espaço alugado foi alargando sempre até ao dia em que o poeta ficou proprietário da totalidade do prédio. 

Hoje, é a Casa Museu José Régio em Portalegre. Lá podemos ver a grande maioria do acervo artístico que o poeta foi adquirindo ao longo dos cerca de 40 anos que foi aqui professor. Muitas das peças mantêm ainda o lugar determinado pelo poeta antes de regressar a Vila do Conde, sua terra natal. 

Muitas compras eram feitas nas aldeias ao redor da cidade de Portalegre, que o poeta percorria, aos fins de semana, muitas vezes de burro, acompanhado por um criado. Regateava muito a compra das peças. Para bom sucesso da estratégia, recomendava ao criado que o acompanhava: “Nunca me trates por Doutor, senão eles pedem-me muito dinheiro!”.

domingo, 11 de janeiro de 2015

O livro mais triste de Portugal

Anteontem, vi num dos canais da televisão um programa (25 minutos) dedicado ao poeta António Nobre. Ao final do mesmo dia, uma mão amiga deixou no Facebook uma Petição Pública contendo um apelo para a recuperação da casa onde morreu o poeta, situado na Foz, no Porto. Há coincidências felizes. O poeta António Nobre é uma das grande figuras da Literatura Portuguesa e, todavia, injustamente esquecido.

É o poeta de um só livro, o "", cuja publicação ocorreu em 1892. Em rigor, há outro livro, “Despedidas”, com os primeiros poemas, que o poeta guardou só para si, mas o irmão Augusto veio a publicar após a morte do poeta. 

O "" teve duas edições em vida do poeta, sendo a segunda bastante alterada. Aliás, esta segunda edição abre logo com o poema "Memória" que não constava da primeira. Poemas muito auto-biográficos, muito longos. Existe uma Fotobiografia do poeta António Nobre, da autoria do escritor Mário Cláudio, muito interessante de consultar. 

Podemos descobrir o poeta António Nobre no Museu Quinta de Santiago, em Leça da Palmeira, na foz do rio Leça. O edifício, onde está o Museu, tem uma história que merece ser contada.  O Dr. Santiago de Carvalho era um advogado de Guimarães, que veio aqui construir um palácio com a ajuda de um arquitecto italiano. Casa com uma vista soberba sobre a foz do rio Leça, que se perdeu, mais tarde, com as obras da construção do Porto de Leixões. O casal ficou desanimado, mais ainda com a morte de um filho. O Dr. Santiago morreu a seguir e a viúva foi morar para outro lado. Ficou na casa um busto soberbo do filho do sala, da autoria do arquitecto Teixeira Lopes. Mais tarde, a casa veio à posse da Câmara Municipal de Matosinhos que instalou ali o Museu António Nobre.

O poeta António Nobre amava profundamente esta terra. Numa carta a um amigo, dizia: “Tenho educado a minha alma em Leça”. Foi estudar para Coimbra com 18 anos. Chumbou dois anos seguidos. Foi estudar para Paris, onde se licenciou. Concorreu à carreira diplomática, onde teve a ajuda do amigo Eça de Queirós. Porém, não chegou a exercer, porque, entretanto, ficou profundamente doente. Morreu aos 33 anos, vítima de uma tuberculose pulmonar.

No Museu podemos ver muitos documentos pessoais: uma carta para a irmã, dois dias antes de morrer; alguns poemas inéditos. Na Praia da Boa Nova, ali perto,  podemos ver uma lápide numa rocha com uma estrofe do poeta. Foi um homem só. Correu o mundo, mas sempre com saudades da sua terra, que não dos políticos: «...Nada me importas, País! seja meu Amo/O Carlos ou o Zé da T´resa...Amigos/Que desgraça nascer em Portugal!». Um imenso vazio...uma profunda melancolia. 

É tempo de revisitar este livro de poemas que tem direito a figurar entre as grandes obras da Literatura Portuguesa. Mas, cuidado! É o poeta que nos avisa:  «...tende cautela, não vos faça mal/Que é o livro mais triste que há em Portugal!».

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Amiga dele para sempre

Publica o seu primeiro romance, ‘O Dia dos Prodígios’, em 1980. Vergílio Ferreira foi um dos seus primeiros leitores. Como?

Conhecia bem a sua mulher, a Regina Kasprzykowsky, que era minha colega no Liceu D. Leonor. E lembrei-me de lhe perguntar, como eu admirava muito a obra do Vergílio, se ela podia mostrar ao marido. Ela mostrou-se reticente mas levou. E nessa tarde, telefonaram-me. Ele pediu à Regina para perguntar que autores é que eu tinha lido para escrever aquilo. E depois ele próprio veio ao telefone e fez a pergunta, começando a falar comigo. Disse-me que já tinha começado a ler. Devolveu-lhe o telefone e ela disse-me que ele daí por uns dias me falaria. Era a porta-voz do adiamento. Só que ele no dia seguinte telefonou e disse que tinha lido tudo. Foi muito bom. Desejo a toda a gente que tenha um dia equivalente. É como uma espécie de bandeira que a gente leva a vida toda. Convidou-me para ir falar com ele e eu fui. E fui amiga dele para sempre. 

Excerto da entrevista do Jornal “O Sol" à escritora Lídia Jorge, 11 de Outubro de 2014

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Os três Reis do Oriente


« […] A estrela ergueu-se muito devagar sobre o Céu, a Oriente. O seu movimento era quase imperceptível. Parecia estar muito perto da terra. Deslizava em silêncio, sem que nem uma folha se agitasse. Vinha desde sempre. Mostrava a alegria, a alegria una, sem falha, o vestido sem costura da alegria, a substância imortal da alegria.
E Baltasar reconheceu-a logo, porque ela não podia ser de outra maneira».

Sophia de Mello Breyner, “Os Três Reis do Oriente”, in Contos Exemplares

domingo, 4 de janeiro de 2015

Recomeçar


Sísifo

Recomeça…
Se puderes,
Sem angústia e sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro,
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.

E, nunca saciado,
Vai colhendo
Ilusões sucessivas no pomar
E vendo
Acordado,
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças.

Miguel Torga, in Diário XIII, Coimbra 27 de Dezembro de 1977


No início de cada ano, fica sempre bem um poema que nos fale em "Recomeçar".  E este poema de Miguel Torga convoca-nos justamente nesse sentido: a não desistir, a não descansar, a recomeçar, sempre que for preciso.

Curiosamente, este poema é muitas vezes conhecido por "Recomeçar", mas o seu título é Sísifo, o homem que, segundo a mitologia grega, foi condenado pelos deuses a empurrar um rochedo por uma montanha acima, mas quando estava quase lá, o rochedo caia para trás, e Sísifo tinha que recomeçar. E assim sucessivamente. 

Miguel Torga não escolheu o título por mero acaso. Sísifo representa as diversas situações da nossa vida: quando estamos prestes a cumprir um objectivo, algo, porém, nos obriga a começar de novo. Sísifo é então o símbolo do recomeço.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Palavras-Cruzadas com história

Bom ano, amigos. Como diz o poeta, "Para ganhar um ano-novo que mereça este nome,você, meu caro, tem de merecê-lo". Sejam felizes!

Este mês, o tema vai ser a escultura. Vamos falar de um escultor português ainda vivo. Um escultor que tem um grande fascínio pela Literatura, em particular, pela Poesia. Um escultor que tem um carinho muito especial pelos nossos escritores, pelos nossos poetas, o que se reflecte decisivamente, como veremos no final, na sua obra artística.

O desafio deste mês é, pois, resolver este problema de Palavras-Cruzadas e, no final, encontrar, na diagonal, o nome do escultor português que vos quero apresentar, nascido no ano de 1946 (duas palavras).


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HORIZONTAIS: 1 – Califórnio [s. q.]; Desenraízas (planta). 2 – Érbrio [s.q.]; Liga. 3 – Representa por gestos; Raivas. 4 – Branqueie; Juntei. 5 – Sua Alteza [abrev.]; Cádmio [s. q.]; Aparência [fig.]. 6 – Mealheiro [pop.]; Inspecção Periódica Obrigatória [sigla]. 7 – Dama de companhia; Praseodímio [s. q.]; Ministério da Cultura [sigla]. 8 – Muitos [fig.]; Alegria. 9 – Guardas; Indivisíveis. 10 – Altar cristão; O mais [antiq.]. 11 – Tranquilidade [pl.] ; Aqueles. 

VERTICAIS: 1 – Importunar [fig.]. 2 – Grande confusão [fig.]; Isto é [abrev.]; Responsável. 3Rendimento Mínimo Garantido [sigla]; Ostentam. 4 – Poeta e cantor ambulante entre os Gregos antigos. 5 – Escarnece; Melancolia sem causa aparente. 6International Trade Centre [sigla]; Raso. 7 – Ofendi; Apenas. 8 – Interjeição para impor silêncio. 9 – Jaqueta; Confederação Nacional de Agricultura [sigla]. 10 – Ástato [s. q.]; Luto; Juízo [fig.]. 11 – Mordazes.

Clique  Aqui para imprimir.

Caso não seja possível aceder ao documento, poderá proceder do seguinte modo: Seleccione o diagrama e o enunciado, clique no botão direito do rato, seleccione a opção copiar ou copy e cole directamente numa folha word para imprimir.

Aceito respostas até dia 20 de Janeiro, por mensagem particular no Facebook ou para o meu endereço electrónico, boavida.joaquim@gmail.com. Em data posterior, apresentarei a solução, assim como os nomes dos decifradores. Desfrutem! Bom Ano, Sejam felizes!