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sexta-feira, 21 de julho de 2017

Devaneios Cruzadísticos - Eugénio de Andrade

"Póvoa de Atalaia" é o nome da aldeia portuguesa onde nasceu o poeta Eugénio de Andrade,  pedido com a resolução do passatempo referente ao mês de Julho de 2017.

O poeta refere-se a ela abundantemente, quer em prosa, quer na poesia. Duas marcas impressivas do poeta sobre a terra que o viu nascer, uma aldeia com balcões de pedra onde as mães tecem o riso das crianças, uma aldeia de abundante só o sol e a água.


[…] Sou filho de camponeses, passei a infância numa daquelas aldeias da Beira Baixa que prolongam o Alentejo e, desde pequeno, de abundante só conheci o sol e a água. Nesse tempo, que só não foi de pobreza por estar cheio de amor vigilante e sem fadiga da minha mãe, aprendi que poucas coisas há absolutamente necessárias. São essas coisas que os meus versos amam e exaltam. A terra e a água, a luz e o vento consubstanciaram-se para dar corpo a todo o amor de que a minha poesia é capaz […]

Excerto de Antologia Breve, de Eugénio de Andrade.


Póvoa de Atalaia

O dia cresceu tanto que não tarda
que a sombra nos dê pelos joelhos,
as mães tecem o riso das crianças,
pelo balcão entornam os cabelos.

Eugénio de Andrade│Escrita da Terra


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Respostas de: Aleme; António Amaro; Antoques; Arjacasa; Bábita; Baby; Caba; Corsário; Dupla Algarvia (Anjerod e Mister Miguel); El-Nunes; Fumega; Homotaganus; Horácio; Jani; João Bentes; João Carlos Rodrigues; Joaquim Pombo; José Bento; José Bernardo; Lurdes Polido; Mafirevi; Magno; Magriço; Manuel Amaro, Manuel Carrancha; My Lord; Olidino; Osair Kiesling; Raquel Atalaya; Ricardo Campos; Rui Gazela; Russo; Salete Saraiva, Somar e Virgílio Atalaya.

Até breve!

quarta-feira, 12 de julho de 2017

Um telefonema (provável) para minha Mãe.

-Bom dia, mãezinha, é para lhe dar um grande beijinho de parabéns, faz hoje 93 anos. Beijinho grande.

- Obrigado, filho. Como estais?

- Estamos bem. Mãezinha. Gostava tanto de estar agora ao pé de si, dar-lhe muitos beijinhos, dizer que gosto muito de si.

- E a Nela vai bem?

- Sim, vai bem. Mãezinha, neste dia, lembro todas as cartas que, ao longo do tempo, me escreveu, sempre carregadas de sábios conselhos. Obrigado, mãezinha.

- E o Nuno está bom?

- Sim, está bem. Mãezinha, gostava tanto de estar ao pé de si, dar-lhe as flores mais lindas do mundo. Gosto muito de si, mãezinha.

- Hoje, já rezei hoje 3 terços pela nossa Catarina que Deus tenha. Lembro-me dela a toda a hora.

- A Catarina está sempre nos nossos corações.

- Filho, reza muito por mim, para que Deus, nosso Senhor, me dê uma morte santa.

- Mãezinha, quero-a ao pé de mim ainda por muitos anos. Gosto muito de si. Não esqueça de preparar o prato de arroz-doce...com muita canela. Mãezinha, gosto muito de si. Adeus.

- Adeus, filho.

- Adeus, mãezinha.

terça-feira, 4 de julho de 2017

O dia em que visitei Camilo na cadeia


Este edifício é a antiga Cadeia da Relação do Porto. Estamos no dia 3 de Julho de 2017. Ou será de 1861? Ter um dia diferente era o meu desejo. Tinha-me proposto a tal e assim fiz.
 

Subi, a correr, ao 3º piso, para visitar o senhor Camilo Castelo Branco, ali preso, a aguardar julgamento, acusado do crime de adultério.  


Não o encontrei. Teria ido dar um passeio a cavalo pela cidade? Estará à conversa, em privado,  com o Rei D. Pedro V? Deparei-me com um quarto vazio, uma mesa apenas e uma réstia de luz a varrer o lajedo. 


Coitado do senhor Camilo, valia-lhe a vista sobre o casario da cidade, a Sé, o Paço Episcopal, o Rio Douro. A Ponte D. Luís veio mais tarde.


Será que o senhor Camilo desceu ao 2º andar para se encontrar com a amada Ana Plácido? Podia tentar novamente um rapto espectacular, fugir, andar a monte, pouco lhe importavam as convenções sociais. Sempre foi rebelde e truculento. Não estavam. Nem ele, nem a sua amada. 

Vim encontrá-los abraçados a um canto da praça rectangular que está em frente ao edificio da cadeia. 


O Largo chama-se "Amor de Perdição" e a estátua é da autoria do escultor Francisco Simões. 

Ali, abraçados para sempre!

sábado, 1 de julho de 2017

Devaneios cruzadísticos

Este mês. o passatempo proposto é muito simples. Nem nome de um escritor, nem nome de uma obra literária, nem um verso singelo! Somente, o que vos peço, meus amigos, é o nome de uma localidade!

Convido-vos, pois, a solucionar este passatempo de palavras-cruzadas e, no final, descobrir o nome de uma aldeia portuguesa (3 palavras nas horizontais), onde nasceu um poeta português do século XX.

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HORIZONTAIS: 1 – Conselheiro espiritual [coloquial]; Metamorfose [figurado]. 2 – Aterro. 3 – Graceja; Assobio; Darmstádio [símbolo]. 4 – Levante; Costume; Raso. 5 – Matriz; Carícia. 6 – Como à pressa [popular]; Pequena povoação. 7 – Limpo; Mondar cuidadosamente (a erva). 8 – Sufixo nominal, de origem latina, de sentido aumentativo; Pão [Moçambique]; Pátria. 9 – Preposição que designa origem; Lugar elevado; Responsável. 10 – Guarda. 11 – Gergelim (planta oleaginosa); Aparelho. 

VERTICAIS: 1 – Causa; Desgastas. 2 – Alegre [figurado]. 3 – Rádio [símbolo]; Período; Aquelas. 4 – Pinote; Pequena argola; Liga. 5 – Retoque; Desejam. 6 – Conselho; Chamada. 7 – Dedique; Borda. 8 – Sulco; Sova; Geme. 9 – Te + o [contracção]; Concorrente; Sopro. 10 – Deter. 11 – Canta [figurado]; Molho.


Clique  Aqui  para imprimir o passatempo.


Aceito respostas até dia 20 de Julho, por mensagem particular no Facebook ou para o meu endereço electrónico, boavida.joaquim@gmail.com. Em data posterior, apresentarei a solução, assim como os nomes dos participantes.

Amigos, vemo-nos por aqui?