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quinta-feira, 1 de abril de 2021

Devaneios cruzadísticos │ Ruy Cinatti

Ruy Cinatti nasceu em Londres em 1915, no dia 8 de Março. Neto do então Cônsul Geral português, Demétrio Cinatti. Morreu em Lisboa, no dia 12 de Outubro de 1986. Foi um poeta, antropólogo e agrónomo português.

Em criança veio para Lisboa e formou-se em Agronomia. Foi meteorologista, secretário do governador de Timor, chefe dos Serviços Agronómicos no mesmo território e investigador da Junta de Investigação do Ultramar. Ficou definitivamente ligado a Timor, terra que amava e visitou por diversas vezes.

Doutorou-se em 1961 na Universidade de Oxford, Inglaterra, em Antropologia Social e Etnografia.

A sua passagem pela Universidade de Oxford serviu-lhe de pretexto para desenvolver o estudo do povo timorense. Filmou no território imagens hoje recolhidas na Cinemateca.

Foi co-fundador, em 1940, de “Os Cadernos de Poesia”, e em 1942 da revista “Aventura.” Recebeu o Prémio Antero de Quental em 1958, pela obra "O Livro do Nómada Meu Amigo", o Prémio Nacional de Poesia, em 1968, pela obra "Sete Septetos" e o Prémio Camilo Pessanha, em 1971, com "Uma Sequência Timorense".

No manifesto «A Poesia É Só Uma» demarcou-se, quer do neo-simbolismo da Presença, quer do neo-realismo e do surrealismo, apresentando um «programa de autenticidade poética», nas palavras de Jorge de Sena.

Em 1974, entusiasmou-o a Revolução de Abril, mas em breve anteviu o perigo duma invasão de Timor pela Indonésia e lançou publicamente o seu aviso contra as tentações de aventureirismo político por parte dos movimentos timorenses. 

A invasão de Timor em Dezembro de 1975, embora prevista, deixou-o profundamente abalado. Pareceu ter perdido a razão. E foram de novo a poesia e as convicções religiosas que o conduziram na escuridão. 

Muito amigo da poeta Sophia de Mello Breyner, Cinatti era visita frequente da casa, na Travessa das Mónicas, à Graça, em Lisboa, onde a poeta viveu com Francisco Sousa Tavares e os cinco filhos durante décadas.

Sophia escreveu para ele a seguinte dedicatória na 3ª Edição do seu livro de poemas "Coral":

Para o Ruy Cinatti porque neste livro
De folha em folha passam gestos seus
Assim como de folha em folha em arvoredo
A brisa perde ao sussurrar seus dedos

Este mês, convido os meus amigos a resolver este problema e, no final, encontrar o nome (3 palavras nas horizontais) de uma obra do poeta português Ruy Cinatti (1915 - 1986).


HORIZONTAIS: 1 – Chaves falsas; Maça. 2 – Calças; Abundância. 3 – Prosa; Acontecia. 4 – Toma; Traição. 5 – Elemento de formação de palavras que exprime a ideia de hióide; Exclamação que designa aprovação. 6 – Agasta [Cabo Verde]; Atitude. 7 – Franco; Preposição que designa meio. 8 – Senda; Vales. 9 – Passe; Diz-se da folha que se desenvolve junto da raiz. 10 – Eternidade; Firma. 11 – Penúria [popular]; Grande.

VERTICAIS: 1 – Cachaço; Inocentes [figurado]. 2 – Ervilha [regionalismo]; Responsável; Partícula. 3 – Que revela tranquilidade e serenidade [coloquial]; Urdir [figurado]; Palavra que, no dialecto provençal, significava sim. 4 – Cainha; Nata. 5 – Laçada; Mulher solteira [coloquial]. 6 – Aquele que domina [figurado]; Reza. 7 – Firmai; Difícil. 8 – Despacho; Amigo. 9 – Preposição que designa modo; Catafalco; Elemento de formação de palavras que exprime a ideia de fibra. 10 – Baixa; Como; Ligas. 11 – Esfomeado [Brasil]; Estremo.

Clique Aqui para abrir e imprimir o PDF.


Aceito respostas até dia 25 de Abril, por mensagem particular no Facebook ou para o meu endereço electrónico, boavida.joaquim@gmail.com. Em data posterior, apresentarei a solução, assim como os nomes dos participantes. 

Vemo-nos por aqui?

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