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segunda-feira, 1 de novembro de 2021

Devaneios cruzadísticos │ Herberto Helder

Herberto Helder foi um poeta português, considerado por alguns o "maior poeta português da segunda metade do século XX", o que eu, lamento, não subscrevo. E todavia é reconhecidamente um dos mais importantes poetas da segunda metade do século XX.

Nasceu a 23 de Novembro de 1930 no Funchal, ilha da Madeira, no seio de uma família de origem judaica. Em 1946, com 16 anos, viajou para Lisboa para frequentar o 6º e o 7º ano do curso liceal. Em 1948, matriculou-se na Faculdade de Direito de Coimbra e em 1949 mudou para a Faculdade de Letras onde frequentou, durante três anos, o curso de Filologia Românica, não tendo terminado o curso.

Três anos mais tarde regressou a Lisboa, começando por trabalhar durante algum tempo na Caixa Geral de Depósitos (não sabia que tive, como colega, tão ilustre figura!) e depois como angariador de publicidade, sendo que durante esse tempo viveu, por razões de ordem vária e pessoal, numa «casa de passe».

Em 1958, publicou o seu primeiro livro, "O Amor em Visita". Durante os anos que se seguiram viveu em França, Holanda e Bélgica, países nos quais exerceu profissões pobres e marginais, tais como: operário no arrefecimento de lingotes de ferro numa forja, criado numa cervejaria, cortador de legumes numa casa de sopas, empacotador de aparas de papéis e policopista. Em Antuérpia, viveu na clandestinidade e foi guia dos marinheiros no sub mundo da prostituição.

Teve uma vida muito agitada, trabalhou em mais países, sendo fastidioso a sua descrição pormenorizada. É considerado uma figura misantrópica, tendo, em torno de si, pairado sempre uma atmosfera algo misteriosa, uma vez que sempre recusou prémios e se negou a dar entrevistas. Em 1994, por exemplo, foi o vencedor do Prémio Pessoa, que recusou, tendo vivido os últimos anos no mais cioso do anonimato.

Faleceu a 23 de Março de 2015, em Cascais, aos 84 anos. Menos de dois meses após a sua morte, em Maio de 2015, foi publicado o último livro de originais do poeta, "Poemas canhotos", que tinha terminado pouco antes de morrer.

Assim, convido os meus amigos a resolver este problema e, no final, encontrar o título (4 palavras nas horizontais) de uma obra do poeta português Herberto Helder (1930 – 2015).

HORIZONTAIS: 1 – Descrédito; Caricias. 2 – Sobrecarrega; Derrube. 3 – Toldados; Unir. 4 – Aqueles; Alas; Sufixo nominal, de origem latina, que exprime a ideia de conjunto. 5 – Porcelana antiga de cor amarela e de origem chinesa; Estreitos. 6 – Resplendor [figurado]. 7 – Poli [figurado]; Seguro. 8 – Cerce; Torra [Cabo Verde]; Preposição que designa lugar. 9 – Acorda; Juventude [figurado]. 10 – Curva; Arrogante. 11 – Embarcação usada na pesca do atum; Ferida.

VERTICAIS: 1 – Giro; Interjeição indicativa de saudação [Brasil]. 2 – Desregra; Ponta da verga dos navios. 3 – Natureza; Esconde [figurado]. 4 – Terreno lavrado mas não semeado; Pau-ferro. 5 – Hoje [Guiné-Bissau]; Mana; Prefixo que exprime a ideia de movimento. 6 – Indolente [regionalismo]. 7 – Dura; Malícia [figurado]; Interjeição que exprime dúvida. 8 – Levante; Excelente [coloquial]. 9 – Patife [regionalismo]; Elemento de formação de palavras que exprime a ideia de compra. 10 – Apreciado; Simples. 11 – Aquoso; Água potável [Angola].


Clique Aqui  para abrir e imprimir o PDF.



Aceito respostas até dia 25 de Novembro, inclusive, por mensagem particular no Facebook ou para o meu endereço electrónico, boavida.joaquim@gmail.com. Em data posterior, apresentarei a solução, assim como os nomes dos participantes. 

Vemo-nos por aqui?

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