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sábado, 1 de setembro de 2018

Devaneios cruzadísticos │Guerra Junqueiro

Traçar em meia dúzia de linhas a vida e a obra do escritor e poeta Guerra Junqueiro seria tarefa tão ingrata e dificil como peregrinar, a pé, até Santiago de Compostela. Todavia, ousemos num esboço breve.

Junqueiro nasceu em Freixo de Espada à Cinta, em 15 de Setembro de 1850, no seio de uma família abastada, e veio a morrer em Lisboa, em 7 de Julho de 1923.

Guerra Junqueiro formou-se em direito na Universidade de Coimbra e, ainda estudante, colaborou na "Folha", de João Penha, onde deixou poemas dispersos. Na cidade do Porto, podemos visitar, na Rua D. Hugo, a Fundação Guerra Junqueiro e a Casa Museu Guerra Junqueiro, que ficam uma frente da outra, nas trazeiras da Sé do Porto. Foi um grande colecionador de obras de arte, que podemos (como aconteceu comigo) admirar na Casa-Museu.

Foi deputado, eleito 3 vezes pelo Partido Progressista (1878-90), pertenceu ao Grupo do Cenáculo, aos Vencidos da Vida e ao movimento cesarista Vida Nova. Depois da crise do Ultimato (1890), aderiu ao ideal republicano e foi ministro de Portugal na Suíça (1911-14). Junqueiro apontou atormentadamente a uma pessoa - o rei D. Carlos - que conhecia mal, mas lhe passou a merecer um ódio espontâneo e teimoso. Foi considerado, por muitos, um dos instigadores do Regicídio. Sem dúvida, o poema “O Caçador Simão” é um verdadeiro incentivo ao regicídio. 

Este poeta, que muitos acusaram de sarcasta gratuito, não se incomodou em rasgar, e para sempre, os seus melhores versos, se com isso pudesse fazer as pazes com a sua consciência. Amansou desse modo uma versão da "Pátria", que veio a ser publicada depois a sua morte (1925) e que quase nenhum valor poético apresenta. Mas quando lhe falaram de atentado estético contra um poema intocável, a que ele roubou centenas de versos (como nos conta Raul Brandão nas suas Memórias), Junqueiro, enfiado no seu barretinho de lã, roído de remorsos e escanzelado, limitou-se a exclamar indignado: «não posso aparecer no outro mundo como acusador!»

A seguir à sua morte foi muito criticado. Todavia, deve reconhecer-se que qualquer comentário a Junqueiro tem de observar atentamente o contexto histórico-político do período em que ele escreveu. Ultimamente, tem vindo a ser, com toda a justiça, redimido. Junqueiro foi um homem do seu tempo. Fez-se com a pele do seu tempo. 

Convido os meus amigos a resolver este problema de palavras cruzadas e, no final, encontrar o título de uma obra (4 palavras nas horizontais) da autoria deste escritor português, Guerra Junqueiro (15/09/1850 - 7/07/1923).


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HORIZONTAIS: 1 – Atarracado; Combate. 2 – Que demonstra afeição; Significar. 3 – Vão; Namora muito [Brasil]. 4 – Pareça; Tímido; Sopro. 5 – Avalia [figurado]. 6 – Númen; Bruxa. 7 – Ex-frade. 8 – Preposição que designa estado; Pátio; National Basketball Association [sigla]. 9 – Avulta; Seguro. 10 – Estreita; Constara. 11 – Grande vontade de comer [Angola]; Dias feriados em que se suspendem os trabalhos oficiais.

VERTICAIS: 1 – Respeitável; Fecundo. 2 – Enfado; Limite. 3 – Bebedeira [Brasil]; Graça [figurado]. 4 – Grito; Ratos. 5De + a [contracção]; Gritariam [popular]. 6 – Pessoa notável [figurado]; Electronic Data Interchange [sigla]. 7 – Elemento de formação de palavras que exprime a ideia de mar; Catedral. 8 – Mentiras; Andar. 9 – Costume; Afligi. 10 – Dinheiro [popular]; Que parece bom, mas não o é. 11 – Mentira [coloquial]; Guardas.

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Este problema respeita as regras gramaticais da acentuação gráfica.

Aceito respostas até dia 25 de Setembro, por mensagem particular no Facebook ou para o meu endereço electrónico, boavida.joaquim@gmail.com. Em data posterior, apresentarei a solução, assim como os nomes dos participantes. Vemo-nos por aqui?

Como nota final, quero deixar aqui um abraço para um especial amigo e confrade, o Magriço, por quem tenho enorme  e profunda admiração. Quero que saiba, meu querido Amigo, que estou consigo.

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