Daniel Faria «é um dos nossos maiores poetas do século XX», escreveu o poeta e critico literário António Carlos Cortez, no "Jornal de Letras", de 3/10/2012.
No passado dia 9 do corrente mês, completaram-se 20 anos sobre a morte de Daniel Faria, pouco depois de festejar 28 de idade. “É o último poeta místico do século XX”, como alguém escreveu.
«... le sacré est la source de toute poésie» [o sagrado é a fonte de toda a poesia], anotou o prof. e ensaísta Pe Manuel Antunes, num trabalho dedicado a Vitorino Nemésio, onde se procurava relacionar a poesia e a ontologia, «duas superiores instâncias do humano dizer». Ao tempo, Vitorino Nemésio. Para o nosso tempo (tempo poético), Daniel Faria.
Como alguém bem observou, «a inovação da obra de Daniel Faria percebe-se na forma de o poeta encontrar palavras e uma forma poética: ele leu Herberto Hélder e Eugénio de Andrade, gostava de Sophia, vemos que há alguns apadrinhamentos, mas ele sai fora deles, tem estrutura poética e uma forma de dizer que é nova e profundamente rica, cheia de visão mística…”.
Sobretudo Sophia, que foi para ele o princípio da poesia. E quando chegou a vez de Sophia o ler, esta disse: "Versos que põem o mistério a ressoar em redor de nós." E quando lhe pediram um auto-retrato do poeta, escreveu que era "um rosto que há-de vir".
Daniel Faria nasceu em Baltar, freguesia portuguesa do concelho de Paredes, no dia 10 de Abril de 1971. Estudou Teologia na Universidade Católica, licenciando-se mais tarde em Estudos Portugueses na Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Após os estudos, optou pela vida monástica e ingressou no Mosteiro Beneditino de Singeverga, perto de Santo Tirso, onde iniciou o seu noviciado.
O poeta, Daniel Faria: o rapaz raro, morreu após um acidente doméstico em 1999, no dia 9 de Junho de 1999, pouco antes de terminar o noviciado, ainda no mosteiro de Singeverga.
Apesar de desaparecido aos 28 anos, é hoje considerado uma das últimas revelações sérias e reais da nossa poesia. A obra, em todo o caso, terá ficado a meio. Como Cesário, Sá-Carneiro ou Sebastião da Gama, cujas obras foram subitamente interrompidas, a morte pôs-se de permeio e tornou impossível perceber, na totalidade, os caminhos de uma poética que ainda tinha imenso para dar.
O AlegriaBreve, evocando a passagem dos 20 anos da sua morte, convida os seus amigos a decifrar este problema de palavras cruzadas e encontrar, no final, o título (2 palavras nas horizontais) de uma obra do poeta português Daniel Faria (1971 - 1999).
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HORIZONTAIS: 1 – Sopro; De+os [contracção]; Laço para caçar perdizes. 2 – Furtes [popular]; Critica. 3 – Aplicar; Prestígio. 4 – Núcleo dos Impostos sobre o Rendimento [sigla]; Andar; Cada uma das partes laterais e inferiores do nariz. 5 – Forçais. 6 – Elemento de formação de palavras que exprime a ideia de gás; Indivíduo de grande robustez física [figurado]. 7 – Claros. 8 – Pertencer; Natural; Timão do arado. 9 – Rebente (plantas); Pousio [regionalismo]. 10 – Impertinentes; Agradável. 11 – Apreciam; Anexa; Aquelas.
VERTICAIS: 1 – Frequenta assiduamente; Mina. 2 – Cascalho; Sofrem. 3 – Funda; Gira. 4 – Pagar; Elemento de formação de palavras que exprime a ideia de lodo; Acento. 5 – Símbolo de ósmio; Desumanos [figurado]. 6 – Resplendor; Como. 7 – Dê; Prefixo que exprime a ideia de separação. 8 – Estreita; Tem por costume [pouco usado]; Prefira. 9 – Larga; Momento. 10 – Culpa; Julga. 11 – Rasteira; Dificultas a comunicação de.
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Dicionário adoptado: http://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa-aao
Aceito respostas até dia 25 de Julho, por mensagem particular no Facebook ou para o meu endereço electrónico, boavida.joaquim@gmail.com. Em data posterior, apresentarei a solução, assim como os nomes dos participantes.
Vemo-nos por aqui?
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