Acabo de ler, ainda que tardiamente, Mau Tempo no Canal, de Vitorino Nemésio. É um romance publicado em 1949, sendo considerada uma das mais importantes narrativas da primeira metade do Século XX, em Portugal. A acção decorre nas ilhas do Faial, Terceira, Pico e na ilha de São Jorge entre 1917 e 1919 e retrata a sociedade açoriana, mais justamente, a sociedade estratificada da cidade da Horta, local onde decorre a intriga principal.
O livro começa com um namoro entre Margarida, filha de uma família aristocrática à beira da falência, e João Garcia, filho de Januário, pequenos burgueses com talento para o negócio mas escorraçados pelos primeiros, os Clark/Dulmo.
O pai de Margarida, Diogo, propõe-lhe que case com o tio Roberto, que virá de Londres e que, rico ainda, poderá salvar da desgraça os fidalgos arruinados seus parentes. Entretanto, Januário, pai de João, congemina vinganças contra os Clark Dulmo que tanto o despeitaram...
Mau Tempo no Canal conta, num ritmo lento, uma quantidade de histórias numa só, é uma trama que enreda uma série de sucedidos e cujo ponto de apoio mais evidente é a relação entre dois personagens (pouco apaixonante), entre duas famílias e entre dois estratos sociais.
Os afectos, as paixões e os amores surgem-nos inteiros, frescos, intensos. Entramos no coração de uma menina de boas famílias, dividida entre o amor original de um rapaz de família indesejada e o dever de alianças com famílias de bem. Neste livro, respira-se a maresia, sofremos a melancolia do mar, a sensação de lonjura, de liberdade e esperança: a sensação de ser ilhéu. Pode-se dizer, por isso, que estamos perante uma literatura regionalista.
No final, a Margarida acaba por fazer um casamento de acomodação, em face da fraqueza de João Garcia. O romance termina com Margarida, resignada, atirando o anel ao mar em sinal de renúncia.
O livro começa com um namoro entre Margarida, filha de uma família aristocrática à beira da falência, e João Garcia, filho de Januário, pequenos burgueses com talento para o negócio mas escorraçados pelos primeiros, os Clark/Dulmo.
O pai de Margarida, Diogo, propõe-lhe que case com o tio Roberto, que virá de Londres e que, rico ainda, poderá salvar da desgraça os fidalgos arruinados seus parentes. Entretanto, Januário, pai de João, congemina vinganças contra os Clark Dulmo que tanto o despeitaram...
Mau Tempo no Canal conta, num ritmo lento, uma quantidade de histórias numa só, é uma trama que enreda uma série de sucedidos e cujo ponto de apoio mais evidente é a relação entre dois personagens (pouco apaixonante), entre duas famílias e entre dois estratos sociais.
Os afectos, as paixões e os amores surgem-nos inteiros, frescos, intensos. Entramos no coração de uma menina de boas famílias, dividida entre o amor original de um rapaz de família indesejada e o dever de alianças com famílias de bem. Neste livro, respira-se a maresia, sofremos a melancolia do mar, a sensação de lonjura, de liberdade e esperança: a sensação de ser ilhéu. Pode-se dizer, por isso, que estamos perante uma literatura regionalista.
No final, a Margarida acaba por fazer um casamento de acomodação, em face da fraqueza de João Garcia. O romance termina com Margarida, resignada, atirando o anel ao mar em sinal de renúncia.
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