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quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Devaneios cruzadísticos │Miguel Torga

Façamos uma rápida passagem pela Biografia de Torga, sobejamente conhecida, aliás. Miguel Torga nasceu em São Martinho de Anta, Trás-os-Montes, em 1907. De família humilde, não foi a vocação mas a necessidade que o levou ao Seminário. Mas os seus desacordos com Deus, cedo o mandaram para o Brasil, para trabalhar na roça de um tio. Como prémio, este pagou-lhe o curso de Medicina em Coimbra. E, aí, Miguel Torga exerceu durante largas largas décadas. Voltava, sempre que podia, à terra natal. Palmilhava a pé as serras, atendia gratuitamente os doentes da aldeia e é lá que quer ser sepultado em campa rasa. Considerado um dos maiores escritores de Portugal e do Mundo, foi várias vezes proposto ao NOBEL. 

Escreveu Torga algures: “Encontro-me aqui. Desde há muito que eu sei que sou usufrutuário de uma herança sagrada, que só merecerei se nunca me esquecer que São Martinho é o berço onde tenho de nascer a todas as horas.” .

Torga achava que nós devíamos honrar as nossas raízes. Ele dizia: “Eu sou do povo, sou pelo povo e não há forças que me apaguem do instinto a cepa donde provenho”. E isto parece fundamental para perceber Torga.

Torga escreveu poesia, teatro, conto, romance, mas qualquer que seja o género, algo permanece: uma autenticidade que recusava malabarismos verbais, para se concentrar no que é essencial na vida. 

Palavras de Miguel Torga: “Nasci tão chegado às origens que até na criação literária sou como as leiras da minha meninice. No fim de cada colheita pareço estéril, maninho, em restolho”. 

Nem para publicar os seus livros, ele aceitou submeter-se a regras de ninguém. Por isso, pagou do próprio bolso as edições. Acima de tudo, Torga permaneceu um camponês da aldeia: uns plantam árvores de fruto; ele semeia palavras.

Convido os meus amigos a resolver este problema de palavras cruzadas e encontrar, no final, o título de uma obra (3 palavras nas horizontais) deste enorme vulto da Língua Portuguesa, Miguel Torga (12/08/1907 - 17/01/1995).


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HORIZONTAIS: 1 – Aprovação; Brado. 2 – Espanca. 3 – Interjeição que exprime surpresa; Salva; Hássio [símbolo químico]. 4 – Casa; Bata; Borra. 5 – Dono; Muitos [figurado]. 6 – Capazes; Principiante. 7Conselho Económico e Social [sigla]; Alivio. 8 – Percebeu; Seguro; Significar. 9 – Decorria; Ordinário; Universidade do Porto [sigla]. 10 – Destino. 11 – Viração; Argolas.

VERTICAIS: 1 – Endeusa; Dobro. 2 – Tolice. 3 – Preposição que designa tempo; Inspirado por Deus; Divisa. 4 – Dificuldade; Possuis; Cerce. 5 – Planos; Virtudes. 6 – Porção de sangue coagulado; Livre. 7 – Descobri; Caçador de animais ferozes [figurado]. 8 – Sujeita; Feição [figurado]; Senhora [abreviatura]. 9 – Perigosa; Simples; Ataque. 10 – Boda. 11 – Mulher muito bela [figurado]; Imbecis.

Clique  Aqui  para abrir e imprimir o PDF.


Aceito respostas até dia 20 de Agosto, por mensagem particular no Facebook ou para o meu endereço electrónico, boavida.joaquim@gmail.com. Em data posterior, apresentarei a solução, assim como os nomes dos participantes.

Vemo-nos por aqui?

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