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quinta-feira, 7 de junho de 2012

De médico e louco....



Machado de Assis, em O Alienista (1882), pretende, sobretudo, chamar a atenção para a mentalidade científica que marcou o Séc. XIX. É uma abordagem satírica e irónica da necessidade de justificar os excessos da ciência como uma condição para os avanços no futuro.




A narrativa de Machado de Assis conduz-nos, de forma hábil, por caminhos em que é muito difícil ao leitor distinguir a linha que separa a razão da loucura, do que é certo do que não é, do que é verdade ou não, de que quem está isento ou não.

É, ainda, uma sátira ao poder. Tanto a razão como a loucura são usados pelo poder, dependendo do interesse. E como o poder é, quase sempre, pouco duradouro, sobretudo quando é alcançado através de manobras demagógicas. E, pior ainda, quando esse poder cai nas mãos de mentecaptos, como o caso do barbeiro do conto, que pouca coisa entende para além da navalha e da barba…

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