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segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Devaneios cruzadísticos │Gil Vicente

Gil Vicente (1465 ? - 1536) é considerado o primeiro grande dramaturgo português. É considerado o pai do teatro português, ou mesmo, segundo alguns estudiosos, do teatro ibérico, já que também escreveu em castelhano.

E todavia, na vida do dramaturgo, poucas são as certezas que a balizam: ignora-se a data, mesmo aproximada, em que veio ao mundo. O ano de 1465, que geralmente se aceita como o do seu nascimento, é uma data convencional, o termo médio entre dois anos extremos (1460 e 1470). Do mesmo modo, não se sabe onde nasceu (onze ou doze lugares disputam a honra de o terem visto nascer) e também não se sabe onde e como morreu. 

O primeiro trabalho conhecido, comummente designado por "Monólogo do Vaqueiro", data de 1502. A esposa do Rei D. Manuel I, Dona Maria de Castela, aguardava o nascimento do príncipe D. João, futuro D. João III. D. Leonor, viúva de João II, foi buscar o jovem Gil Vicente e encarregou-o de escrever uma peça para ser ali representada. Teve grande êxito na corte para a qual passou a escrever, sempre sob a protecção da rainha viúva D. Leonor.

Em Évora, foi representada a sua última obra, a "Floresta de Enganos". Há quem queira ver, nesta derradeira manifestação do seu talento, uma espécie de alegação em causa própria, contra a perseguição que lhe foi movida por causa do "Jubileu de Amores". Esta peça (cujo origianal desapareceu) foi representada em Antuérpia, em 1531. Era uma crítica cruel à venda de indulgências e foi apresentada perante o cardeal ali presente em representação do Papa. Na apresentação do auto, que teve várias peripécias, aparece um “palhaço” com vestimenta de cardeal a vender bulas. O poeta parece que terá então caído no desagrado régio, expulso da corte e, mais tarde, sentenciado com 2 anos de prisão. Um silêncio total sobre a sua morte. 

Pelo meio, deixou-nos uma obra notável com cerca de 40 autos, reunida por seus filhos Paula e Luís, ao fim de quase trinta anos sobre a morte, na famosa edição de 1562, a qual, todavia, parece estar longe de se apresentar completa e e logicamente ordenada.

Neste primeiro mês do ano de 2018, convido os meus amigos a resolver este passatempo de palavras-cruzadas e, no final, encontrar o título (4 palavras nas horizontais) de uma obra de Gil Vicente.


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HORIZONTAIS: 1 – Assobio; Acto solene. 2 – Mexo [antiquado]; Rocem. 3 – Discurso; Doce. 4 – Naquele lugar; Contracção de + os; Únicos. 5 – Atordoo; Apenas. 6 – Elemento de formação de palavras que exprime a ideia de agulha; Sujeita. 7 – Além; Elemento de formação de palavras que exprime a ideia de homem. 8 – Timão do arado; Trama [figurado]; República Democrática Alemã [sigla antiga]. 9 – Canto [figurado]; Monarcas. 10 – Sedutores; Sovas [popular]. 11 – Dito de viva voz; Guardara.

VERTICAIS: 1 – Rouba; Sobressalto. 2 – Aspira; Demitir [figurado]. 3 – Meta [figurado]; Aversão [popular]. 4 – Alça; Vazia; Dia. 5 – Lado do navio de onde vem o vento; Sedativos. 6 – Espanque; Homem solteiro [coloquial]. 7 – Sobrevivera; Para aqui. 8 – Porcelana antiga de cor amarela e de origem chinesa; Elemento de formação de palavras que exprime a ideia de ouvido; Lista. 9 – Modas; Estima. 10 – Esticados; Detestar. 11 – Folhosos; Suco vegetal concreto.

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Aceito respostas até dia 20 de Janeiro, por mensagem particular no Facebook ou para o meu endereço electrónico, boavida.joaquim@gmail.com. Em data posterior, apresentarei a solução, assim como os nomes dos participantes.

Vemo-nos por aqui?

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