"De tarde" é o título de um poema de Cesário Verde (faz hoje anos que nasceu o poeta - 25/2/1855), pedido com a resolução do passatempo referente ao mês de Fevereiro de 2020.
Houve uma coisa simplesmente bela,
E que, sem ter história nem grandezas,
Em todo o caso dava uma aguarela.
Foi quando tu, descendo do burrico,
Foste colher, sem imposturas tolas,
A um granzoal azul de grão-de-bico
Um ramalhete rubro de papoulas.
Pouco depois, em cima duns penhascos,
Nós acampamos, inda o Sol se via;
E houve talhadas de melão, damascos,
E pão-de-ló molhado em malvasia
Mas, todo púrpuro a sair da renda
Dos teus dois seios como duas rolas,
Era o supremo encanto da merenda
O ramalhete rubro das papoulas!
O poema "De tarde" (também conhecido por o "pic-nic das burguesas") realça, de sobremaneira, as qualidades pictórias da poesia de Cesário Verde. David Mourão-Ferreira disse de Cesário que ele era um «pintor nascido poeta». O poema é, comummente, associado ao quadro ao quadro “Le déjeuner sur l herbre”, de Édouard Manet.
E a solução completa do problema deste mês é a seguinte:
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Recebi respostas de: Aleme; António Amaro; Antoques; Arjacasa; Bábita Marçal; Baby; Caba; Candy; Corsário; Dupla Algarvia (Anjerod e Mister Miguel); El-Danny; El-Nunes; Elvira Silva; Fernando Semana; Fumega; Gilda Marques; Homotaganus; Horácio; Jani; João Carlos Rodrigues; Joaquim Pombo; José Bento; José Bernardo; Julieta; Juse; Madobar; Mafirevi; Magno; Manuel Amaro; Manuel Carrancha; Manuel Ramos; Maria de Lourdes; My Lord; Neveiva; Olidino; O. K.; Paulo Freixinho; Reduto Pindorama (Agagê, Joquimas e Samuca); Ricardo Campos; Rui Gazela; Russo; Salete Saraiva; Seven; Socrispim; Somar; Virgílio Atalaya e Zabeli.
A todos agradeço.
Premiado: Madobar, Ponte de Lima
Prémio Porto Editora
Até ao próximo!
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