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quinta-feira, 26 de março de 2020

Devaneios cruzadísticos │João Cabral de Melo Neto

"Pedra do Sono" é o título de uma obra do poeta brasileiro João Cabral de Melo Neto (1920-1999), pedido com a resolução do passatempo referente ao mês de Março de 2020. 


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Recebi respostas de: Aleme; António Amaro; Antoques; Arjacasa; Bábita Marçal; Baby; Caba; Candy; Corsário; Dupla Algarvia (Anjerod e Mister Miguel); El-Danny; El-Nunes; Elvira Silva; Fernando Semana; Filomena Alves; Fumega; Gilda Marques; Homotaganus; Horácio; Jani; João Carlos Rodrigues; Joaquim Pombo; José Bento; José Bernardo; Julieta; Juse; Madobar; Mafirevi; Magno; Manuel Amaro; Manuel Carrancha; Manuel Ramos; Maria de Lourdes; My Lord; Neveiva; Olidino; O. K.; Paulo Freixinho; Par de Pares; Reduto Pindorama (Agagê, Joquimas e Samuca); Ricardo Campos; Rui Gazela; Russo; Salete Saraiva; Seven; Socrispim; Somar; Virgílio Atalaya e Zabeli.
A todos agradeço.

Premiado: Ricardo Campos, Almada
Prémio Porto Editora

Até ao próximo!

segunda-feira, 2 de março de 2020

Primeira carta de amor de Pessoa faz 100 anos


O poeta português escreveu a sua primeira carta de amor há um século. No destinatário, um nome: Ofélia Queiroz - ou, nas suas palavras, "Ophelina". 

"Todas as cartas de amor são ridículas. Não seriam cartas de amor se não fossem ridículas". Quem o escreve é Álvaro Campos, o heterónimo do português Fernando Pessoa. E "se há amor", dizia, então "tem de ser". A primeira escrita pelo poeta foi a 1 de março de 1920, dirigida a "Ophelina", uma menina de 19 anos, Ofélia Queiroz, e celebrou ontem 100 anos de existência. 

Os restantes versos do documento são um tratado de lições em que o poeta lembra, afinal, o que é amar. 


Ophelinha 

Para me mostrar o seu desprezo, ou, pelo menos, a sua indiferença real, não era preciso o disfarce transparente de um discurso tão comprido, nem da série de «razões» tão pouco sinceras como convincentes, que me escreveu. Bastava dizer-mo. Assim, entendo da mesma maneira, mas dói-me mais. 

Se prefere a mim o rapaz que namora, e de quem naturalmente gosta muito, como lhe posso eu levar isso a mal? A Ophelinha pode preferir quem quiser: não tem obrigação - creio eu - de amar-me, nem, realmente necessidade (a não ser que queira divertir-se) de fingir que me ama. 

Quem ama verdadeiramente não escreve cartas que parecem requerimentos de advogado. O amor não estuda tanto as coisas, nem trata os outros como réus que é preciso «entalar». 

Porque não é franca para comigo? Que empenho tem em fazer sofrer quem não lhe fez mal - nem a si, nem a ninguém -, a quem tem por peso e dor bastante a própria vida isolada e triste, e não precisa de que lha venham acrescentar criando-lhe esperanças falsas, mostrando-lhe afeições fingidas, e isto sem que se perceba com que interesse, mesmo de divertimento, ou com que proveito, mesmo de troça. 

Reconheço que tudo isto é cómico, e que a parte mais cómica disto tudo sou eu. 

Eu-próprio acharia graça, se não a amasse tanto, e se tivesse tempo para pensar em outra coisa que não fosse no sofrimento que tem prazer cm causar-me sem que eu, a não ser por amá-la, o tenha merecido, e creio bem que amá-la não é razão bastante para o merecer. Enfim... 

Aí fica o «documento escrito» que me pede. Reconhece a minha assinatura o tabelião Eugénio Silva. 

1.3.1920 

Fernando Pessoa

domingo, 1 de março de 2020

Devaneios cruzadísticos │João Cabral de Melo Neto

O AlegriaBreve dedica o passatempo do mês ao poeta brasileiro João Cabral de Melo Neto, assinalando o 1º aniversário do seu nascimento. O poeta, que hoje evocamos, nasceu na cidade do Recife em 9 de Janeiro de 1920 e morreu no Rio de Janeiro no dia 9 de Outubro de 1999.

João Cabral de Melo Neto é considerado o construtor de uma nova poesia de linguagem sóbria e depurada, em ruptura com os lirismos românticos que marcaram a literatura no Brasil no início do século XX. Muito embora tenha participado no movimento do modernismo denominado “Geração de 45”, disse, numa entrevista, que foi um autor marginal, afastado de correntes e tradições literárias, dando, como exemplo, o poeta português Cesário Verde.

Tal como o poeta português, João Cabral de Melo Neto é um observador do quotidiano, que descreve o que vê, eliminando sentimentalismos e reduzindo os versos à sua estrutura essencial, “uma coisa que componho como um arquitecto constrói uma casa, como um carpinteiro compõe uma mesa», acrescentou ele nessa entrevista.

"Morte e Vida Severina" foi um livro modernista escrito entre 1954 e 1955 e é considerado pela crítica como a sua obra-prima. Os versos focalizam a vida de Severino, um migrante (retirante), com todos os sofrimentos e dificuldades enfrentados no quotidiano do sertão nordestino. Trata-se de um poema trágico dividido em 18 partes com forte cunho social. O poema chegou ao conhecimento do público (a mim, pelo menos) através da voz de Chico Buarque. Aqui, um excerto do poema com o título Funeral de um lavrador. Vale a pena ouvir e recordar.

Além de poeta, foi diplomata de carreira, tendo exercido funções consulares em Assunção, Barcelona e Dakar. Foi ele o primeiro brasileiro a receber, em 1990, o Prémio Camões.

Convido os meus amigos a solucionar o problema e encontrar, no final, o título de uma obra (3 palavras nas horizontais) deste poeta brasileiro - João Cabral de Melo Neto (1920 – 1999).
  

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HORIZONTAIS: 1 – Celebriza; Rebo. 2 – Busca; Pares. 3 – Fala; Lista; Singulares. 4 – Luto; Bendito; Como. 5 – Talhão; Bonito. 6 – Esgoto; Calça. 7 – Carta; Impulso. 8De+o [contracção]; Validas; Massa. 9 – Incha; Soberano; Remate. 10 – Arreganhos [regionalismo]; Repouso. 11 – Zonas; Pintas.

VERTICAIS: 1 – Ajuda; Honra. 2 – Rumos [figurado]; Impugnar. 3 – Amarra; Usa; Instante. 4 – Dura; Salientas; Convinha. 5 – Responsável; Obras. 6 – Pega; Levantes. 7 – Troça; Grito de alegria. 8 – Prefixo que exprime a ideia de separação; Sibilas; Único. 9 – Pagas; Suavidade [figurado]; Andar. 10 – Abundância [figurado, plural]; Adelgaça. 11 – Torres; Bocas [Moçambique].


A sortear: Prémio (livro) Porto Editora

Clique Aqui para abrir e imprimir o PDF.


Aceito respostas até dia 25 de Março, por mensagem particular no Facebook ou para o meu endereço electrónico, boavida.joaquim@gmail.com. Em data posterior, apresentarei a solução, assim como os nomes dos participantes. 

Vemo-nos por aqui?