No ano que hoje começa, comemora-se o 1º centenário do nascimento do escritor Vergílio Ferreira, um dos maiores vultos da Literatura Portuguesa da segunda metade do século XX.
Vergílio Ferreira nasceu a 28 de Janeiro de 1916, em Melo, concelho de Gouveia, na região da Serra da Estrela. No próximo dia 28 farão exactamente 100 anos que o escritor nasceu.
«Entre uma infinidade de hipóteses de não teres nascido, saiu-te a sorte de teres nascido. Se te tivesse saído a "sorte grande", haveria gente que se admiraria de isso te ter acontecido. Tu mesmo dirias talvez que parecia um "sonho", que era inacreditáve1, que ainda não tinhas caído em ti do assombro», escreveu ele em “Pensar, 178”. O milagre da vida. «A vida. Tão pouco e tão tanto», escreveu em "Espaço do Invisível 5".
Em 1940, terminou em Coimbra a sua licenciatura em Filologia Clássica. Foi Professor toda a vida, até ao fim. Primeiro, no Liceu de Faro, depois, em Évora e, por último, no Liceu Passos Manuel em Lisboa.
A 1 de Março de 1996, a meio da tarde, morreu em Lisboa, no seu escritório, a escrever “Cartas a Sandra”, ele que um dia dissera: “Já prometi que entraria no Paraíso a escrever. E vou cumprir“. Está sepultado em Melo, sua terra natal, “virado para a serra”, como sempre desejou.
Deixou uma obra vasta que vai desde o Neo-Realismo até ao Existencialismo, género literário onde se sentiu mais à vontade.
Escreveu sobre a vida e a morte. A certeza da morte coloca-nos diante de nós mesmos e obriga-nos a fazer perguntas: Quem somos? Quem queremos ser enquanto estamos vivos?
Um dia, um jornalista, que foi seu aluno no Liceu Passos Manuel, perguntou-lhe:
« Professor, explique-me como é possível alguém, sobretudo se for jovem, gostar de um livro (referia-se a “Até ao Fim”) que fala basicamente da morte e que a aborda no âmbito da família, de uma forma muito profunda e, às vezes, até cruel?»
Vergílio Ferreira respondeu: «É exactamente pela mesma razão que um fósforo só se vê aceso contra um fundo de escuridão».
Vergílio Ferreira é o patrono do blogue “AlegriaBreve”, foi (e é) a sua fonte inspiradora. Seria muito injusto que, neste dia, no dia 1 de Janeiro de 2016, no ano em que se comemora o primeiro centenário do seu nascimento, não lhe fosse prestada esta humilde homenagem.
Deste modo, o desafio deste mês é resolver este passatempo de Palavras-Cruzadas e, no final, descobrir o título (quatro palavras, todas na horizontal) de um dos seus romances.
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HORIZONTAIS: 1 – Desperta; No qual. 2 – A totalidade de pessoas; Alternativa; Interjeição que exprime surpresa. 3 – Aquiesceste; Andar. 4 – Neste lugar; Nesse momento; Estrangulamento numa cavidade. 5 – Libertais. 6 – Aconteceu; Pequena argola. 7 – Prudente. 8 – Combinem; Érbio [s. q.]; Sopro. 9 – Tronco; Expirando. 10 – Dignidade militar entre os Turcos; Símbolo da resistividade eléctrica; Moeda de ouro de 20 francos. 11 – Área; Surgira.
VERTICAIS: 1 – Injuria; Idóneo. 2 – Cabeça [Brasil]; Alento [fig.]. 3 – Composição poética lírica de assunto elevado, própria para ser cantada; Pequeno barco de fundo chato, empregado na pesca do bacalhau; Prefixo que exprime a ideia de privação. 4 – Giro; A mesma coisa. 5 – Vede; Paixão. 6 – Contracção de a + os; Fora de moda [coloq.]; Grande quantidade de pessoas. 7 – Prestável; Elemento de formação de palavras que exprime a ideia de ar. 8 – Levante; Tornei a ler. 9 – Descalço; Devasta [fig.]; Simples. 10 – Antigo senhor feudal, no Japão, que dominava o governo; Somar. 11 – Vento de leste [pl.]; Furiosa.
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Aceito respostas até dia 20 de Janeiro, por mensagem particular no Facebook ou para o meu endereço electrónico, boavida.joaquim@gmail.com. Em data posterior, apresentarei a solução, assim como os nomes dos participantes.