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domingo, 26 de julho de 2020

Devaneios cruzadísticos │Rubem Fonseca

"O Seminarista" é o título de uma obra do escritor brasileiro Rubem Fonseca (1925 - 2020), pedido com a resolução do passatempo referente ao mês de Julho de 2020.

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Recebi respostas de: Aleme; António Amaro; Antoques; Arjacasa; Bábita Marçal; Baby; Caba; Candy; Corsário; Dupla Algarvia (Anjerod e Mister Miguel); El-Danny; El-Nunes; Fernando Semana; Filomena Alves; Fumega; Gilda Marques; Homotaganus; Horácio; Jani; João Carlos Rodrigues; Joaquim Pombo; José Bento; José Bernardo; Julieta; Juse; Madobar; Mafirevi; Magno; Manuel Amaro; Manuel Carrancha; Manuel Ramos; Maria de Lourdes; My Lord; Neveiva; Olidino; O. K.; Paulo Freixinho; Par de Pares; Reduto Pindorama (Agagê, Joquimas e Samuca); Ricardo Campos; Rui Gazela; Russo; Salete Saraiva; Seven; Socrispim; Somar; Virgílio Atalaya e Zabeli.

Grato a todos.
Até ao próximo!

domingo, 12 de julho de 2020

Para a minha mãezinha que está no céu

Mãe
Não consigo adormecer
Já experimentei tudo. Até contar carneirinhos
Não consigo adormecer
Nem chorar
(Que maior tragédia poderá acontecer a um homem do que a de já não ser
capaz de chorar?)

Mãe
Sabias que o cordão umbilical pode funcionar
como uma corda num enforcamento?
— tenho aprendido coisas bem singulares neste
convívio com os deuses —
Um dia destes regressarei a Tebas para ser coroado
Reservei hoje mesmo um lugar num avião das Linhas Aéreas Gregas
Gostaria de brindar contigo com uma taça de orvalho
antes de partir

Mãe
Detesto coberturas de açúcar mesmo que levem limão
Isto é tão certo como o é tu não me compreenderes
Estava a sonhar que estava a sonhar e assim por aí adiante até ao infinito. Depois
acordei. E fui descendo vertiginosamente de sonho para sonho
Ainda não parei de acordar. E de sonhar

Mãe
Tenho uma surpresa para ti
um caramanchão para que te possas sentar todas as tardes a catar estrelas
na minha cabeça

Mãe
Abriu um concurso para preencher uma vaga de
ascensorista no Paraíso e eu concorri
Achas que tenho alguma hipótese de ser admitido?
— tenho a boca cheia de formigas —

Mãe
um dia hei-de subir contigo
degrau
a degrau
o arco-íris.

Jorge de Sousa Braga, in 'Antologia Poética'

quinta-feira, 9 de julho de 2020

Para o meu paizinho que está no céu

Bucólica

A vida é feita de nadas:
De grandes serras paradas
À espera de movimento;
De searas onduladas
Pelo vento;

De casas de moradia
Caídas e com sinais
De ninhos que outrora havia
Nos beirais;

De poeira;
De sombra de uma figueira;
De ver esta maravilha:
Meu Pai a erguer uma videira
Como uma mãe que faz a trança à filha.

Miguel Torga

quarta-feira, 1 de julho de 2020

Devaneios cruzadísticos │Rubem Fonseca

Rubem Fonseca - escritor brasileiro falecido no passado mês de Abril - foi contista, romancista, ensaísta, roteirista e «cineasta frustrado». Só precisou de publicar dois ou três livros para ser consagrado, pela crítica, como um dos mais originais prosadores brasileiros contemporâneos.

Carioca desde os oito anos, Rubem Fonseca nasceu em Juiz de Fora, a 11 de Maio de 1925. Era filho de portugueses transmontanos, emigrados para o Brasil. 

Leitor precoce, cedo descobriu o prazer de ler, devorando autores de romances de aventura e policiais de vária categoria: de Edgar Allan Poe a Júlio Verne. Era ainda adolescente quando se aproximou dos primeiros clássicos (de Homero a Dante) e dos primeiros modernos (de Dostoievski a Proust). Nunca deixou de ser um leitor voraz, sobretudo da literatura americana, a sua mais visível influência.

Por pouco não fez de tudo na vida. Foi escriturário, nadador, ajudante de mágico, revisor de jornal, comissário de polícia, até que se formou em Direito e se tornou professor da Escola Brasileira de Administração Pública da Fundação Getúlio Vargas e, por fim, executivo da Light do Rio de Janeiro.

Escritor publicamente exposto, só no início dos anos 60 quando as revistas "O Cruzeiro" e "Senhor" publicaram dois contos da sua autoria. Em 1963, a primeira colectânea de contos, "Os Prisioneiros", foi imediatamente reconhecida pela crítica como a obra mais criativa da literatura.

Pelo conjunto da sua obra recebeu, entre outros, o Prémio Camões, no ano de 2003.

É assim que, desta vez, convido os meus amigos a solucionar este problema de Palavras-Cruzadas e encontrar, no final, o título (2 palavras nas horizontais) de uma obra do escritor brasileiro Rubem Fonseca (1925 – 2020).


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HORIZONTAIS: 1 – Guarda; Maravilhosa. 2 – Falar em estilo afectado. 3 – Interjeição usada para interromper; Moço; Dura. 4 – Quer; Acordo; Elemento de formação de palavras que exprime a ideia de ar. 5 – Disserte; Parvo. 6 – Formigão. 7 – Convindes; Consigo. 8 – Ofertas; Nasci; Mana. 9 – Pertences; Ardente [figurado]; Abandonado. 10 – Lascivas. 11 – Censura; Albergue.

VERTICAIS: 1 – Gira; Pasma. 2 – Cunhas. 3 – Símbolo de neptúnio; Equipes; Muar. 4 – Conceder; Vede; Passes. 5 – Lavras; Dobra. 6 – Problemático. 7 – Valiam; Estafa. 8 – Sossego; Gritos de dor; Interjeição que imita o som produzido por pancada. 9 – Andar; Torres; Sim. 10 – Fingias. 11 – Confronta; Canoa estreita, de remos, leve e rápida, de uso nos desportos aquáticos.

Clique  Aqui para abrir e imprimir o PDF.


Aceito respostas até dia 25 de Julho, por mensagem particular no Facebook ou para o meu endereço electrónico, boavida.joaquim@gmail.com. Em data posterior, apresentarei a solução, assim como os nomes dos participantes. 

Vemo-nos por aqui?