O AlegriaBreve homenageia o poeta Guerra Junqueiro neste ano em que se comemora o centésimo aniversário do seu desaparecimento. O Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) apresenta uma significativa coleção do poeta, que hoje faz parte do seu acervo.
Na cidade do Porto, podemos visitar, na Rua D. Hugo, a Fundação Guerra Junqueiro e a Casa Museu Guerra Junqueiro, que ficam uma à frente da outra, justamente nas traseiras da Sé do Porto, onde se encontra o restante acervo. Foi um grande colecionador de obras de arte, que podemos (como aconteceu comigo) admirar na Casa-Museu.
Guerra Junqueiro nasceu em Freixo de Espada à Cinta, em 15 de Setembro de 1850, no seio de uma família abastada, e
veio a morrer em Lisboa, em 7 de Julho de 1923.
Formou-se em Direito na Universidade de Coimbra e, ainda estudante, colaborou na "Folha", de João Penha, onde deixou poemas dispersos.
Foi deputado, eleito 3 vezes pelo Partido Progressista (1878-90), pertenceu ao Grupo do Cenáculo, aos Vencidos da Vida e ao movimento cesarista Vida Nova. Depois da crise do Ultimato (1890), aderiu ao ideal republicano e foi ministro de Portugal na Suíça (1911-14). Junqueiro apontou atormentadamente a uma pessoa - o rei D. Carlos - que conhecia mal, mas lhe passou a merecer um ódio espontâneo e teimoso. Foi considerado, por muitos, um dos instigadores do Regicídio. Sem dúvida, o poema “O Caçador Simão” é um verdadeiro incentivo ao regicídio.
Este poeta, que muitos acusaram de sarcasta gratuito, não se incomodou em rasgar, e para sempre, os seus melhores versos, se com isso pudesse fazer as pazes com a sua consciência. Amansou desse modo uma versão da "Pátria", que veio a ser publicada depois a sua morte (1925) e que quase nenhum valor poético apresenta. Mas quando lhe falaram de atentado estético contra um poema intocável, a que ele roubou centenas de versos (como nos conta Raul Brandão nas suas "Memórias"), Junqueiro, enfiado no seu barretinho de lã, roído de remorsos e escanzelado, limitou-se a exclamar indignado: «não posso aparecer no outro mundo como acusador!»
A seguir à sua morte foi muito criticado. Todavia, deve reconhecer-se que qualquer comentário a Junqueiro tem de observar atentamente o contexto histórico-político do período em que ele escreveu. Ultimamente, tem vindo a ser, com toda a justiça, redimido. Junqueiro foi um homem do seu tempo. Fez-se com a pele do seu tempo. Um nome grande da Língua Portuguesa.
Convido os meus amigos a solucionar este passatempo de Palavras-Cruzadas e encontrar, a final, o título (2 palavras nas horizontais) de uma obra do poeta português Guerra Junqueiro (1850-1923).
HORIZONTAIS: 1 – Respeites; Estragado. 2 – Aguentas; Carapuça. 3 – Consentimento; Frustrar [figurado]. 4 – Preposição que designa falta; Significar; Sufixo nominal, de origem grega, que exprime a ideia de caminho. 5 – Limitais; Aqueles. 6 – Brilho [figurado]; Abundância. 7 – Sufixo nominal, de origem latina, que tem sentido diminutivo, por vezes pejorativo; Puros. 8 – Escarneces; Feixe; Descanso. 9 – Estúpido; Flua. 10 – Pessoa sem importância [popular]; Ter. 11 – Causas; Solícito.
VERTICAIS: 1 – Pensão hereditária atribuída pelas autoridades portuguesas na Índia [História, plural]; Malandro. 2 – Alimento; Ameaçador. 3 – Abarracamento; Destino [popular]. 4 – Conta; Interjeição que exprime incitação; Defeito. 5 – Sucedes; Cintilas. 6 – Hábil; Muitos [figurado]. 7 – Vadio [popular]; Símbolo de germânio. 8 – Batelada; Graça [figurado]; Suavidade [figurado]. 9 – Grito; Crítica. 10 – Danado; Curas. 11 – Tarda; Nada.
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Aceito respostas
até dia 25 de Outubro, inclusive, por mensagem particular no Facebook ou para o meu endereço electrónico,
boavida.joaquim@gmail.com. Em data posterior, apresentarei a solução,
assim como os nomes dos participantes.
Vemo-nos por aqui?