Neste mês de Março, precisamente no dia 16, ocorre o 2º centenário do nascimento do escritor Camilo Castelo Branco, um dos maiores prosadores portugueses de todos os tempos. Nasceu em Lisboa no dia 16 de Março de 1825 e morreu em sua casa, em São Miguel de Seide, Vila Nova de Famalicão, em 1 de Junho de 1890.
Com uma vida muito atribulada, atormentada até, Camilo começou, a partir de 1865, a sofrer de graves problemas visuais, impedindo-o de ler e trabalhar capazmente, mergulhando-o cada vez mais nas trevas e num desespero suicidário. Ao longo dos anos, Camilo consultou os melhores especialistas em busca de uma cura, mas em vão.
A 1 de Junho de 1890, o Dr. Magalhães Machado, um médico de reconhecidos méritos, visitou o escritor em Seide. Depois de lhe examinar os olhos condenados, o médico, com alguma diplomacia, recomendou-lhe o descanso numas termas. Quando Ana Plácido, a sua companheira, acompanhava o médico até à porta, eram três horas e um quarto da tarde, sentado na sua cadeira de balanço, desenganado e completamente desalentado, Camilo Castelo Branco atravessou a cabeça com um tiro e, assim, pôs termo à sua triste peregrinação pelo mundo.
Nos últimos tempos, Camilo já não escrevia, ditava apenas, Ana Plácido escrevia. Podemos ler as suas últimas palavras no terceto do soneto "Epílogo":
(...)
E eu, que tanto carpi os condenados,
Os cegos—os supremos desgraçados!—
Já lagrimas não tenho para mim!
Nos últimos tempos, Camilo já não escrevia, ditava apenas, Ana Plácido escrevia. Podemos ler as suas últimas palavras no terceto do soneto "Epílogo":
(...)
E eu, que tanto carpi os condenados,
Os cegos—os supremos desgraçados!—
Já lagrimas não tenho para mim!
Camilo não acreditava em nada. Um homem pode viver sem companhia, às vezes pode viver quase sem pão, o que não pode viver é sem qualquer coisa em que acredite. Foi este o seu verdadeiro drama.
E, todavia, Camilo foi, sem dúvida nenhuma, um dos escritores mais prolíferos e marcantes da literatura portuguesa, deixando-nos uma vastíssima obra literária.
E, todavia, Camilo foi, sem dúvida nenhuma, um dos escritores mais prolíferos e marcantes da literatura portuguesa, deixando-nos uma vastíssima obra literária.
No dia 8 de Maio de 2015, visitei a Casa de Camilo (a residência do escritor nos últimos anos da sua vida) na companhia dos meus amigos dos livros, no final da leitura do livro que aqui é pedido com a resolução do problema deste mês.
Convido, assim, os meus amigos a solucionar este passatempo de palavras-cruzadas e, no final, encontrar o nome do tal livro (4 palavras nas horizontais), deste genial escritor português que foi Camilo Castelo Branco (16/3/1825 – 1/6/1890).
HORIZONTAIS: 1 – Aspecto; Interjeição indicativa de saudação [Brasil]. 2 – Princípio [figurado]. 3 – Descanso; Camarada. 4 – Passado; Toque; Suavidade [figurado]. 5 – Vestígio; Fim; Apenas. 6 – Embriaguez [popular]; Bagos. 7 – Símbolo de prata; Voraz; Sufixo nominal, de origem latina, que exprime a ideia de semelhança. 8 – Contracção de de+um; Liga; Indigna. 9 – Cortinas; Desapareces [Angola]. 10 – Grosseira [coloquial, depreciativo]. 11 – Bocadinho [popular]; Pessoa extremamente bondosa [figurado].
VERTICAIS: 1 – Finta [Angola]; Sucede. 2 – Iluda [regionalismo]. 3 – Singular [figurado]; Pessoa teimosa [figurado]. 4 – Sulco; Pois; Espírito [figurado]. 5 – Custosa; Símbolo de bóhrio. 6 – Trabalhe de noite; Disparo. 7 – Prefixo que exprime a ideia de intensidade; Cria. 8 – Aquele que pertence a um dos grupos que constituem os Ciganos; Pessoa estranha [figurado]; Grita. 9 – Erguem; atractivo. 10 – Então. 11 – Maço [Brasil]; Fatigado
Dicionário adoptado: https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa-aao
Produções AlegriaBreve http://alegriabreve47.blogspot.pt/
O problema não segue, ainda, o novo Acordo Ortográfico
Aceito respostas até dia 25 de Março, inclusive, por mensagem particular no Facebook ou para o meu endereço electrónico, boavida.joaquim@gmail.com. Em data posterior, apresentarei a solução, assim como os nomes dos participantes.