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sábado, 1 de março de 2025

Devaneios cruzadísticos – Camilo Castelo Branco (revisitado)

Neste mês de Março, precisamente no dia 16, ocorre o 2º centenário do nascimento do escritor Camilo Castelo Branco, um dos maiores prosadores portugueses de todos os tempos. Nasceu em Lisboa no dia 16 de Março de 1825 e morreu em sua casa, em São Miguel de Seide, Vila Nova de Famalicão, em 1 de Junho de 1890.

Com uma vida muito atribulada, atormentada até, Camilo começou, a partir de 1865, a sofrer de graves problemas visuais, impedindo-o de ler e trabalhar capazmente, mergulhando-o cada vez mais nas trevas e num desespero suicidário. Ao longo dos anos, Camilo consultou os melhores especialistas em busca de uma cura, mas em vão. 

A 1 de Junho de 1890, o Dr. Magalhães Machado, um médico de reconhecidos méritos, visitou o escritor em Seide. Depois de lhe examinar os olhos condenados, o médico, com alguma diplomacia, recomendou-lhe o descanso numas termas. Quando Ana Plácido, a sua companheira, acompanhava o médico até à porta, eram três horas e um quarto da tarde, sentado na sua cadeira de balanço, desenganado e completamente desalentado, Camilo Castelo Branco atravessou a cabeça com um tiro e, assim, pôs termo à sua triste peregrinação pelo mundo.

Nos últimos tempos, Camilo já não escrevia, ditava apenas, Ana Plácido escrevia. Podemos ler as suas últimas palavras no terceto do soneto "Epílogo":

(...)
E eu, que tanto carpi os condenados,
Os cegos—os supremos desgraçados!—
Já lagrimas não tenho para mim
!


Camilo não acreditava em nada. Um homem pode viver sem companhia, às vezes pode viver quase sem pão, o que não pode viver é sem qualquer coisa em que acredite. Foi este o seu verdadeiro drama.

E, todavia, Camilo foi, sem dúvida nenhuma, um dos escritores mais prolíferos e marcantes da literatura portuguesa, deixando-nos uma vastíssima obra literária.

No dia 8 de Maio de 2015, visitei a Casa de Camilo (a residência do escritor nos últimos anos da sua vida) na companhia dos meus amigos dos livros, no final da leitura do livro que aqui é pedido com a resolução do problema deste mês.


Convido, assim, os meus amigos a solucionar este passatempo de palavras-cruzadas e, no final, encontrar o nome do tal livro (4 palavras nas horizontais), deste genial escritor português que foi Camilo Castelo Branco (16/3/1825 – 1/6/1890).


HORIZONTAIS: 1 – Aspecto; Interjeição indicativa de saudação [Brasil]. 2 – Princípio [figurado]. 3 – Descanso; Camarada. 4 – Passado; Toque; Suavidade [figurado]. 5 – Vestígio; Fim; Apenas. 6 – Embriaguez [popular]; Bagos. 7 – Símbolo de prata; Voraz; Sufixo nominal, de origem latina, que exprime a ideia de semelhança. 8 – Contracção de de+um; Liga; Indigna. 9 – Cortinas; Desapareces [Angola]. 10 – Grosseira [coloquial, depreciativo]. 11 – Bocadinho [popular]; Pessoa extremamente bondosa [figurado].

VERTICAIS: 1 – Finta [Angola]; Sucede. 2 – Iluda [regionalismo]. 3 – Singular [figurado]; Pessoa teimosa [figurado]. 4 – Sulco; Pois; Espírito [figurado]. 5 – Custosa; Símbolo de bóhrio. 6 – Trabalhe de noite; Disparo. 7 – Prefixo que exprime a ideia de intensidade; Cria. 8 – Aquele que pertence a um dos grupos que constituem os Ciganos; Pessoa estranha [figurado]; Grita. 9 – Erguem; atractivo. 10 – Então. 11 – Maço [Brasil]; Fatigado

Clique Aqui para abrir e imprimir o PDF com o passatempo.

Produções AlegriaBreve http://alegriabreve47.blogspot.pt/ 

O problema não segue, ainda, o novo Acordo Ortográfico


Aceito respostas até dia 25 de Março, inclusive, por mensagem particular no Facebook ou para o meu endereço electrónico, boavida.joaquim@gmail.com. Em data posterior, apresentarei a solução, assim como os nomes dos participantes. 

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