O poeta Antero de Quental nasceu há 180 anos e, por isso, o AlegriaBreve aproveita para, mais uma vez, homenagear o genial poeta do século XIX, a quem alguns amigos, igualmente geniais, o achavam santo, o santo
Antero.
O ilustre
historiador Oliveira Martins escreveu: «Este homem, fundamentalmente bom, se
tivesse vivido no século VI ou no século XÏII, seria um dos companheiros de S.
Bento ou de S. Francisco de Assis.»
Eça de Queirós, quando queria saber
notícias do poeta, interrogava-se geralmente deste modo: «E santo Antero,
como vai?».
Antero de
Quental nasceu em Ponta Delgada, em 18 de Abril de 1842, filho do combatente
liberal Fernando de Quental e de sua mulher Ana Guilhermina da Maia.
Estudou na Universidade de Coimbra, onde se licenciou em direito em 1864. Foi a
principal figura na célebre Questão Coimbrã, em que Antero e outros
poetas foram atacados por António Feliciano de Castilho (seu antigo professor),
por instigarem a revolução intelectual. Como resposta, Antero publicou os
opúsculos Bom Senso e Bom Gosto.
No ano da
Comuna de Paris (1871), em Lisboa, Antero de Quental organizou as
célebres Conferências do Casino, que marcaram o início da difusão
das ideias socialistas e anarquistas em Portugal. Coube-lhe a responsabilidade
de apresentar a 2ª Conferência, com o título Causas da Decadência dos
Povos Peninsulares, que teve lugar no dia 27 de Maio de 1871.
Influenciado
pelas ideias revolucionárias de Proudhon, Antero de Quental foi ainda um dos
principais impulsionadores do chamado grupo do Cenáculo, também
conhecido como Geração de 70, que reunia jovens escritores e
intelectuais de vanguarda.
Os sonetos
de Antero são considerados por muitos críticos dos melhores da Língua
portuguesa. A complexidade do seu espírito fez nascer uma poesia escrita com
generosidade e dúvidas angustiantes, com sangue e lágrimas.
Em Junho
de 1891, o poeta regressou a Ponta Delgada, onde veio a falecer no dia 11 de
Setembro de 1891, desalentado da vida, sem esperança, num banco de jardim,
junto ao Convento de Nossa Senhora da Esperança.
Neste mês, convido os meus amigos a solucionar este passatempo de palavras-cruzadas e, a final, encontrar o título (4 palavras nas horizontais) de um poema do poeta português Antero de Quental (1842 - 1891).
HORIZONTAIS: 1 – Fantasias [figurado]; Principal. 2 – Aula. 3 – Mais [antiquado]; Vara para tirar fruta das árvores; Sopro. 4 – Causas; Fale [coloquial]; Povo muçulmano da região do Darfur, no Sudão [Etnografia]. 5 – Exorbita; Calote. 6 – Soberano; Naquele lugar. 7 – Dinheiro [figurado]; Tira geralmente de couro que se prende à coleira para conduzir os cães. 8 – Auto-estima; Interjeição que exprime satisfação [Brasil]; Muitos [figurado]. 9 – Contracção de De+a; Obsta; Grito de alegria. 10 – Destino. 11 – Glorifiquei; Idade.
VERTICAIS: 1 – Rebentada; Espiga. 2 – Rude. 3 – Abreviatura de opus; Folga [figurado]; Passe. 4 – Graça [figurado]; Fecha parcialmente (as asas) para descer mais depressa [ave]; Muitos [figurado]. 5 – Bofetada [popular]; Unidade monetária da Serra Leoa. 6 – O messias aguardado, na tradição muçulmana [Religião]; Tio [linguagem infantil]. 7 – Mordazes [figurado]; Que não é discutido por pudor. 8 – Mulher solteira [coloquial]; Elemento de formação pospositivo, de origem latina, que ocorre sobretudo em verbos de sentido frequentativo; Valia. 9 – Símbolo de resistividade eléctrica [Física]; Mordam; Prefixo que exprime a ideia de privação. 10 – Ajuda. 11 – Velhaco; Unas.
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Aceito respostas
até dia 25 de Junho, inclusive, por mensagem particular no Facebook ou para o meu endereço electrónico,
boavida.joaquim@gmail.com. Em data posterior, apresentarei a solução,
assim como os nomes dos participantes.
Vemo-nos por aqui?