Parque dos Poetas, em Oeiras / Escultura de Francisco Simões
O AlegriaBreve reconhece, antes de mais, que estava em dívida para com Florbela Espanca, considerada por muitos uma das mais importantes poetisas portuguesas.
Florbela Espanca nasceu em Vila Viçosa, a 8 de Dezembro de 1894, sendo baptizada, com o nome de Flor Bela Lobo, a 20 de Junho do ano seguinte, como filha de Antónia da Conceição Lobo e de pai incógnito. Filha ilegítima, só postumamente foi reconhecida pelo pai, homem da burguesia.
É em Vila Viçosa que se desenrola a sua infância. Em Outubro de 1899, Florbela começa a frequentar o ensino pré-primário, passando a assinar Flor d'Alma da Conceição Espanca (algumas vezes, opta por Flor, e outras, por Bela). Em Novembro de 1903, aos sete anos de idade, Florbela escreve a sua primeira poesia de que há conhecimento, «A Vida e a Morte», mostrando uma admirável precocidade e anunciando, desde já, a opção por temas que, mais tarde, virá a abordar de forma mais complexa. Ainda no mesmo ano, Florbela começa a escrever uma poesia sem título, o seu primeiro soneto.
Viveu alheia às convulsões políticas que acompanharam os primeiros tempos da República, mas pertencia ao núcleo de mulheres que desafiava convenções. Foi das poucas a estudar Direito na Faculdade de Lisboa e, sempre que lhe apetecia, usava calças, indumentária exclusiva do sexo masculino.
Desgostos na vida teve muitos. No amor, três casamentos, dois divórcios e muitos enamoramentos falhados, promessas de felicidade que não se cumpriam. Depois, a morte inesperada e violenta do irmão (Apeles Espanca), os filhos que não teve. Terá sido uma vida de tormentos, inquieta curta vida que se fez “poesia viva”, no dizer de José Régio.
É justamente reconhecida como uma autora polifacetada: escreveu poesia, contos, um diário e epístolas; traduziu vários romances e colaborou ao longo da sua vida em revistas e jornais de diversa índole,
Porém, Florbela Espanca, antes de tudo, é poetisa. É à sua poesia, quase sempre em forma de soneto, que ela deve a fama e o reconhecimento.
Da sua obra constam dois livros de sonetos publicados ainda em vida da autora, "Livro de Mágoas" e "Livro de Soror Saudade", um publicado no ano da sua morte, "Charneca em Flor", e outros sonetos inéditos e de edição póstuma. O conjunto dos poemas referidos foi, em 1934, reunido e publicado, pela primeira vez, sob a forma de antologia e com o título de "Sonetos Completos".
Um dia Florbela encontrou-se consigo mesma e definiu-se assim: «Sou uma céptica que crê em tudo, uma desiludida cheia de ilusões, uma revoltada que aceita, sorridente, todo o mal da vida, uma indiferente a transbordar de ternura».
No ano de 1930, a 8 de Dezembro, dia do nascimento e do primeiro casamento, Florbela suicida-se.
Este mês, convido os meus amigos a resolver este problema e, no final, encontrar o título (2 palavras nas horizontais) de um poema da poetiza portuguesa Florbela Espanca (1894 – 1930).
HORIZONTAIS: 1 – Choque; Classe. 2 – Ajuda; Ocultes. 3 – Ninho; Corre. 4 – Estreita; Valer; Queixas. 5 – Peva. 6 – Iras. 7 – É erudito. 8 – Maneira [figurado]; Baixa; Tripulação. 9 – Publicas; Paraíso. 10 – Demorar; Devaneador. 11 – Perfumes; Simples.
VERTICAIS: 1 – Simpático [coloquial]; Serena. 2 – Estima; Meios. 3 – Conquista; Alegoria. 4 – Sufixo nominal, de origem grega, que exprime a ideia de filiação; Agarrai; Conta. 5 – Sujeito [Brasil]. 6 – Aparas. 7 – Bordo. 8 – Abundância; Defeito; Período incomensurável de tempo. 9 – Aliança; Idiota. 10 – Mudança constante; Barbeiro [popular]. 11 – Alas; Alies.
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