Assinala-se, hoje, o 157º aniversário do nascimento de Cesário Verde. O poeta nasceu no dia 25 de Fevereiro de 1855 em Lisboa, na Rua da Padaria, freguesia da Madalena. O pai, José Anastácio Verde, era comerciante e lavrador: além de se ocupar da sua loja de ferragens, na Rua dos Fanqueiros, dedicava-se também à lavoura numa quinta em Linda-a-Pastora, a cerca de dois quilómetros da capital, propriedade da família Verde desde 1797.
Cesário dividia-se entre a produção de poesias (publicadas em jornais) e as actividades de comerciante do pai, na loja de ferragens, na Rua dos Fanqueiros: escreve cartas para o estrangeiro, recebe caixeiros viajantes, pesa pregos e parafusos, monta e oleia fechaduras, experimenta ferramentas…
Cesário dividia-se entre a produção de poesias (publicadas em jornais) e as actividades de comerciante do pai, na loja de ferragens, na Rua dos Fanqueiros: escreve cartas para o estrangeiro, recebe caixeiros viajantes, pesa pregos e parafusos, monta e oleia fechaduras, experimenta ferramentas…
Casa de Ferragens, na Rua dos Fanqueiros, nºs 2 a 8 (hoje uma instituição bancária)
“De que me serve citar-me génio se resulto ajudante de guarda-livros? Quando Cesário Verde fez dizer ao médico que era, não o Sr. Verde empregado no comércio, mas o poeta Cesário Verde, usou de um daqueles verbalismos do orgulho inútil que suam o cheiro da vaidade. O que ele foi sempre, coitado, foi o Sr. Verde empregado no comércio. O poeta nasceu depois de ele morrer, porque foi depois de ele morrer que nasceu a apreciação do poeta”.
Bernardo Soares, Livro do Desassossego
É verdade, ninguém reparou na grandeza da poesia de Cesário. Andaram todos distraídos. Todos, menos um: Fernando Pessoa. Uma vez, pela pena de Bernardo Soares; outra, levou Álvaro de Campos a bradar:
- Ó Cesário Verde, ó Mestre!
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