Através de uma mão amiga, tive conhecimento da existência de uma carta inédita escrita por Herberto Hélder a Eugénio de Andrade em 2000. Ainda por cima, publicada no "meu" "Jornal do Fundão”, o jornal da minha terra. A carta é muito curiosa em dois aspectos: primeiro, é um elogio enorme à obra de Eugénio de Andrade; segundo, é uma saborosa análise pessoal à poesia do século XX, com nomes surpreendentes.
«Não há nenhum poeta português que possa ombrear consigo neste meio século», escreve Herberto Helder, acrescentando ainda «não existe em toda a sua obra um só verso que deva ser eliminado". É obra!
Esta admiração por Eugénio de Andrade, dito de uma forma tão assertiva, é realmente muito surpreendente, ainda por cima, vinda de quem vem. Vale a pena ler. Clique Aqui.
Duas pequenas notas: primeira, a carta que se conhece é manuscrita, pelo que o que aqui se apresenta é uma "tradução"; segunda, a ilustração mostrada acima é do escultor Francisco Simões.
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