O Clube de Leitura da Casa Roque Gameiro, na Amadora, do qual me orgulho fazer parte, vai assinalar, no dia 10 de Abril, os 50 anos do romance “O delfim”, de José Cardoso Pires (1925-1998), publicado em 1968.
Achamo-nos, assim, perante a oportunidade única para (re)ler” O Delfim”, obra com uma grande força mítica que, segundo palavras do próprio autor, «o que está em causa é a agonia dum Portugal tradicionalista, incapaz de se moldar aos valores contemporâneos...Um Portugal híbrido. De camponeses-operários como eu lhe chamo no romance, e o romance não será outra coisa senão o fim das mitologias do poder rural».
Considerado um dos melhores livros da literatura portuguesa do século vinte, “O Delfim” situa a acção na Gafeira, uma terra imaginária a centena e meia de quilómetros de Lisboa, onde ocorrem duas mortes misteriosas que suscitam a curiosidade a um escritor amigo da família com mais poder na terra.
José Cardoso Pires nasceu a 2 de Outubro de 1925 numa aldeia da Beira Baixa, no Portugal profundo. Fugiu para o Sul, definindo aquela Beira interior como uma Sicília abandonada, deserto de pedras e pedintes. Foi comissionista de drogaria, apontador de cais, praticante de piloto sem curso, agente de vendas, correspondente de inglês, intérprete de uma companhia de aviação, copyright de publicidade, editor, jornalista, cronista, professor universitário, foi sempre o que quis ser.
Em 1980, comprou uma casa na Costa de Caparica, de secretária encostada à janela, para escrever de frente para o mar sem barreiras, sem fronteiras, ao contrário da lagoa de "O Delfim". Sobreviveu à PIDE e evitou por duas vezes a morte: um grave acidente de automóvel em 1994 e um avc em 1995.
Recebeu prémios e distinções, escreveu ainda contos e peças de teatro. Morreu em 1998, levando alguma tristeza por o público não ter entendido "Alexandra Alpha", o preferido dos seus livros.
Desta vez, convido os meus amigos a resolver este problema de Palavras Cruzadas e, no final, encontrar o nome (2 palavras nas horizontais) da personagem principal do romance "O Delfim".
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HORIZONTAIS: 1 – Acha; Caves. 2 – Rural. 3 – Outra coisa [antiquado]; Jeitoso; Taxa Referencial [sigla]. 4 – Modo [figurado]; Fila; Sulque. 5 – Barrela; Entusiasmo. 6 – Vitória [figurado]; Valente. 7 – Caminho; Soldados. 8 – Segui; Bruto; Elemento de formação de palavras que exprime a ideia de via. 9 – Contracção de em + a; Rumor; Sopro. 10 – Regular. 11 – Pessoa vagarosa [figurado]; Amareleço.
VERTICAIS: 1 – Orlas; Quadro. 2 – Tasca. 3 – Andar; Norma; Ministério da Saúde [sigla]. 4 – Natural; Desejo; Virtude. 5 – Queimada; Final. 6 – Devasta [figurado]; Denuncia. 7 – Combate; Cruel. 8 – Vão; Elemento de formação de palavras que exprime a ideia de amor; Elemento de formação de palavras que exprime a ideia de asno. 9 – Agora; Escondo; Conjunção que liga duas ou mais palavras, orações ou frases, com a ideia de alternativa. 10 – Presa. 11 – Claro; Paramento.
Dicionário adoptado: http://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa-aao
Aceito respostas até dia 20 de Abril, por mensagem particular no Facebook ou para o meu endereço electrónico, boavida.joaquim@gmail.com. Em data posterior, apresentarei a solução, assim como os nomes dos participantes.
Vemo-nos por aqui?
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