Depois de evocar aqui, em Janeiro passado, o primeiro centenário do nascimento de Sophia de Mello de Breyner, o AlegriaBreve não pode deixar de lembrar que, neste ano de 2019, se celebra igualmente o primeiro centenário do nascimento de outro grande nome, o escritor Jorge de Sena.
Considerado hoje um dos grandes poetas de Língua portuguesa, nasceu em Lisboa a 2 de Novembro de 1919 e morreu em Santa Bárbara, na Califórnia, a 4 de Junho de 1978.
Poeta, crítico, ensaísta (Camões foi a sua maior obsessão), ficcionista, dramaturgo, tradutor e professor universitário, naturalizou-se brasileiro em 1963, durante o seu exílio no Brasil, que durou de 1959 a 1965, ano em que se mudou para os Estados Unidos, para fugir à ditadura militar entretanto instalada no Brasil.
Tal como o poeta ironizou: «Nascido em Portugal, de pais portugueses, / e pai de brasileiros no Brasil, / serei talvez norte-americano quando lá estiver. / Colecionarei nacionalidades como camisas se despem, / se usam e se deitam fora, com todo o respeito / necessário à roupa que se veste e que prestou serviço.»
Tal como o poeta ironizou: «Nascido em Portugal, de pais portugueses, / e pai de brasileiros no Brasil, / serei talvez norte-americano quando lá estiver. / Colecionarei nacionalidades como camisas se despem, / se usam e se deitam fora, com todo o respeito / necessário à roupa que se veste e que prestou serviço.»
Formou-se em engenharia civil, mas a sua inclinação natural para a literatura levou-o, durante o curso, a escrever poemas, artigos, ensaios e cartas, prática que, aliás, começou aos 16 anos.
Em 1940, publicou, sob o pseudónimo de Teles de Abreu, os seus primeiros poemas na revista Cadernos de Poesia, dirigida por Ruy Cinatti, Blanc de Portugal e Tomás Kim, e dois anos depois publicou o seu primeiro livro de poemas, "Perseguição", considerado, na altura, um livro revelador mas difícil.
Admirado ou rejeitado (como muitas vezes se sentiu e, com razão, assinalou), Jorge de Sena foi alguém não submisso a interesses políticos, literários ou meramente académicos, a levar em conta os muitos testemunhos de quem o conheceu de perto.
Como escreveu em Fevereiro de 1976, depois da sua breve e desiludida passagem por Portugal: «Não, não, não subscrevo, não assino / que a pouco e pouco tudo volte ao de antes, / como se golpes, contra-golpes, intentonas / (ou inventonas - armadilhas postas / da esquerda prá direita ou desta para aquela) / .... / Tiveram todos culpa no chegar-se a isto: / infantilmente doentes de esquerdismo / e como sempre lendo nas cartilhas / que escritas fedem doutras realidades ....»
O convite é, meus amigos, resolver este problema de palavras cruzadas e, no final, encontrar o título de uma obra (3 palavras nas horizontais) do escritor Jorge de Sena (1919-1978).
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HORIZONTAIS: 1 – Traidor; Cega. 2 – Apuro [figurado]; Firmas. 3 – Carrapato; Escudeiros. 4 – Causa; Salto brusco do cavalo para derrubar o cavaleiro; Cada uma das partes laterais e inferiores do nariz. 5 – Embate; Estreito; Indício. 6 – Ninharias. 7 – Preposição que designa fim; Vingança; Símbolo de actínio. 8 – Grito [Brasil]; Juntai; Pertencia. 9 – Bela; Aplicar. 10 – Remates; Chama. 11 – Alegria; Navios.
VERTICAIS: 1 – Créditos; Persistir. 2 – Adapta; Agressivo. 3 – Civilizada [figurado]; Sem juízo [figurado]. 4 – Canto; Procedei; Cada um dos painéis laterais dos trípticos. 5 – Simples; Altar cristão; Significas. 6 – Bofetões. 7 – Descobri; Mesmo; Itinerário Principal [sigla]. 8 – Anexe; Interjeição que exprime espanto; Peixe também chamado rato. 9 – Realce; Vivos. 10 – Invejosas; Aldrabo [popular]. 11 – Queimar; Rastos.
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Dicionário adoptado: http://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa-aao
Aceito respostas até dia 25 de Março, por mensagem particular no Facebook ou para o meu endereço electrónico, boavida.joaquim@gmail.com. Em data posterior, apresentarei a solução, assim como os nomes dos participantes.
Vemo-nos por aqui?
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