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terça-feira, 2 de julho de 2024

Muito obrigado, Fausto

Muito obrigado, Fausto, pela importantíssima obra com que enriqueceu, e de sobremaneira, o património musical português!

QUANDO EU MORRER é um poema de Alexandre Dáskalos, que Fausto musicou.



Quando eu morrer
não me dêem rosas
mas ventos.
Quero as ânsias do mar
quero beber a espuma branca
duma onda a quebrar
e vogar.

Quando eu morrer
não me dêem rosas...

Ah, a rosa dos ventos
a correrem na ponta dos meus dedos
a correrem, a correrem sem parar.
Onda sobre onda infinita como o mar
como o mar inquieto
num jeito
de nunca mais parar.

Por isso eu quero o mar.
Morrer, ficar quieto,
não.
Oh, sentir sempre no peito
o tumulto do mundo
da vida e de mim.

E eu e o mundo.
E a vida. Oh mar,
o meu coração
fica para ti
para ter a ilusão
de nunca mais parar.

Quando eu morrer
não me dêem rosas...

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