«[…] Eu devia este livro a essa Amazónia longínqua e enigmática, pela muito que fez sofrer os primeiros anos da minha adolescência e pela coragem que me deu para o resto da vida. E devia-o, sobretudo, aos anónimos desbravadores, gente humilde que me antecedeu ou acompanhou na brenha, gente sem crónica definitiva, que à extracção da borracha entrega a sua fome, a sua liberdade e a sua existência. […]»
in “A Selva”, de Ferreira de Castro, 8ª edição (prefácio do autor), da “Guimarães & Cª Editores”, Lisboa 1943
Hoje, já ninguém lê Ferreira de Castro. É um autor injustamente esquecido… e, todavia, um dos melhores escritores portugueses do Séc. XX, considerado, por muitos, um precursor do romance social, do Neo-Realismo português.
Convém não esquecer que Ferreira de Castro foi o escritor português mais traduzido no mundo em meados do século XX.
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