António Paulouro nasceu no Fundão em 1915. Em 1946, com um grupo de amigos, criou o «Jornal do Fundão», o mais lido e respeitado semanário de província português. Em 1950 foi nomeado vice-presidente da Câmara Municipal do Fundão, mas, em 1958, bateu com a porta, por divergências profundas com o regime salazarista.
Por essa razão, o «Jornal do Fundão» foi alvo de vigilância apertada tendo sido proibida a sua publicação durante seis meses, em 1965.
António Paulouro esteve sempre ligado à cultura e aos livros. Em 1985, o Presidente da República condecorou-o com a Ordem da Liberdade.
Referiu, um dia, aquilo que bem pode ser a perfeita síntese da sua biografia: «Dizem que eu fiz um jornal, eu digo que foi o jornal que me fez a mim».
Referiu, um dia, aquilo que bem pode ser a perfeita síntese da sua biografia: «Dizem que eu fiz um jornal, eu digo que foi o jornal que me fez a mim».
António Paulouro morreu em 2002. A cidade do Fundão, através da CM, decidiu homenagear este ilustre fundanense, inaugurando, em 2010, um monumento em granito, em sua honra, na Praça Velha. A escultura é da autoria do escultor Francisco Simões.
Há duas semanas, passei pelo Fundão e de lá trouxe esta fotografia, que partilhei depois com o Professor Francisco Simões. Recebi dele, em resposta, esta bonita mensagem:
«Obrigado Joaquim Boavida,
Gosto muito dessa escultura, simbolicamente representa a mesa da
redacção, mas também a mesa do pão da fraternidade.
Por outro lado é o retrato de um grande e saudoso amigo.
Bem haja.
Francisco Simões»
Afinal, a escultura não mostra só o jornalista António Paulouro à mesa da redacção do seu jornal, como eu a vi e interpretei, mas também, e sobretudo, a mesa do pão da fraternidade! Muito bonito. Obrigado, Professor Francisco Simões.
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